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“Renovação na política não passa por trocar o nome das coisas nem o rostinho no poder, mas por uma mudança de práticas.” A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) é a autora dessa frase. Ela foi proferida em uma entrevista a VEJA, publicada na edição 2.029, de 10 de abril de 2019, que marcou os 100 primeiros dias do governo de Jair Bolsonaro.

A deputada, que enfrentara havia poucos dias o então ministro da Educação, Ricardo Vélez, em uma sessão na Câmara, emergia como um dos principais expoentes da “nova política”. Sua bandeira pela educação trouxe atenção à sua atuação.

Arquivo pessoal / Reprodução

No entanto, nada mais de velho na política do que a contratação de parentes ou amigos. Tabata não fugiu dessa armadilha. Durante a sua campanha, com dinheiro do fundo partidário, pagou 23 mil reais ao namorado, o colombiano Daniel Alejandro Martínez, que conheceu na prestigiada Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Procurada pela reportagem, a parlamentar se esquivou.

VEJA tentou contato por meio de seu celular, de sua assessoria, bateu em seus gabinetes em Brasília e São Paulo e foi até sua casa, na Zona Sul da capital paulista, sem sucesso.

A única resposta veio em uma nota protocolar, enviada pela equipe de comunicação, semelhante às várias enviadas por outros políticos envolvidos em escândalos recentes. “A campanha da Tabata Amaral cumpriu as leis eleitorais na contratação de seus serviços e pessoas. Todas as informações são públicas e estão no portal do TSE.”

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