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Em desdobramento da Operação Fênix, deflagrada em Sergipe, um investigado por diversos crimes envolvendo roubo de carga, tráfico de drogas e falsidade ideológica foi preso após passar por procedimentos estéticos para mudar a aparência física do rosto em São Paulo. A prisão foi possível após troca de informações entre a Divisão de Inteligência (Dipol) de Sergipe e a Polícia Civil de São Paulo. A ação policial, que aconteceu em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, foi divulgada nesta quarta-feira, 10.

Cope|Polícia Civil

De acordo com a delegada Mayra Moinhos [vídeo ao final do texto], diretora da Dipol, a prisão do investigado Eduardo Miranda é decorrente da Operação Fênix, que aconteceu em 2018. “Iniciamos em 2016 a coleta de algumas identidades que tinha autenticidade duvidosa e chegamos ao investigado. Ele tinha sido preso transportando drogas com uma identidade falsa da Bahia. A prisão havia sido feita pela Polícia Federal”, detalhou.

Naquela época, ele estava preso no sistema penitenciário de Sergipe quando progrediu para o uso de tornozeleira eletrônica. Ele rompeu a tornozeleira e conseguiu tirar um novo documento de identidade em Sergipe, com um terceiro nome. Com as identidades, ele passou a se esquivar das polícias de Sergipe, Bahia e São Paulo”, complementou a delegada que atua como diretora da Dipol. 

Em 2021, a Dipol, junto ao Núcleo de Inteligência e Apoio à Atividade Policial, constatou de forma pericial que as identidades eram da mesma pessoa, ou seja do investigado. “E continuamos a troca de informações com as polícias Civil e Militar de São Paulo para que nos ajudasse com a prisão do investigado, pois sabíamos que ele é do estado de São Paulo”, acrescentou Mayra Moinhos.

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Já em 2024, com o trabalho do Deic de São Paulo, a prisão do investigado foi viabilizada, conforme explicou a diretora da Dipol. “É interessante destacar que, quando foi preso, ele se utilizava de uma técnica muito conhecida pelos criminosos procurados pela polícia, que é a alteração das características faciais. No entanto, as características básicas permanecem, e a papiloscopia demonstrou que se tratava do investigado”, revelou.

Crimes do investigado

Conforme Mayra Moinhos, o investigado veio foragido de São Paulo pelo crime de associação criminosa de roubo de carga. Ao migrar para a região Nordeste, ele se envolveu com o tráfico de drogas, sendo preso em Sergipe por tráfico de entorpecentes, quando apresentou documento falso emitido na Bahia. “Além de responder pelo crime originário em São Paulo, ele vai responder por tráfico e falsidade ideológica, detalhou.

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Fugitivo da Operação Fênix

Durante a investigação que resultou na Operação Fênix, todos os investigados que se utilizaram de documentos falsos e tiveram a real identidade reveladas foram indiciados. “Na época, nós não conseguimos identificar que ele era aquele investigado. Mas hoje nós sabemos que ele é a mesma pessoa, e essa informação será agregada ao processo”, destacou a delegada diretora da Dipol.

Embora esse investigado tenha sido efetivamente identificado e agora estando preso também no âmbito da Operação Fênix, as investigações prosseguem para chegar a outros envolvidos nos crimes apurados por Sergipe. “Agora, o preso em São Paulo permanecerá naquele estado, já que há processos contra ele também no estado da região Sudeste do país”, pontuou Mayra Moinhos.

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