FNP

Integrantes da Comissão de Vacinas da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) se reuniram neste sábado, 27, para preparar o debate sobre a instituição do consórcio de municípios para a compra dos imunizantes. Atualmente, no mundo, há 10 vacinas aprovadas e mais de 230 em fase de testes. Com apoio de todos os participantes, a entidade vai pactuar, com governantes das médias e grandes cidades, o início e cronograma da construção do consórcio, nesta segunda-feira, 1º de março.

Comissão de Vacinação da entidade se reuniu neste sábado para preparar o encontro de segunda-feira, 1º, com prefeitos de médias e grandes cidades

Na opinião do presidente da FNP, Jonas Donizette, o que hoje é uma pandemia pode virar uma endemia. “O coronavírus é uma realidade e pode ser que tenhamos que vacinar a população com alguma frequência. Então, a constituição desse consórcio não é tardia. Estamos liderando essa ação pensando não só na urgência, mas também no futuro”, falou.

Por enquanto, a expectativa é a formação de um grupo de trabalho, com representantes de cidades que já estão em tratativas para a compra de vacinas. Essa ação correria em paralelo a constituição do consórcio, que deve acontecer ainda em março. Além de vacinas, o consórcio também vai ser desenhado para a compra de equipamentos, medicamentos e insumos.

“A gente acredita que essa medida está envolta em uma credibilidade muito grande e facilite negociações que estão dificultadas devido aos movimentos diplomáticos não tão assertivos do governo federal”, comentou o secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre.

A avaliação é de que não há interesse de competição com Ministério da Saúde e governos estaduais. O objetivo é agregar esforços e, conforme afirmou o prefeito de Aracaju/SE, Edvaldo Nogueira, “falar uma única voz”, sem “confusão federativa”.

Também participaram da reunião e apoiaram a iniciativa os prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro; Salvador/BA, Bruno Reis; Manaus/AM, David Almeida; Porto Alegre/RS, Sebastião Melo; Ribeirão Preto/SP, Duarte Nogueira; Petrolina/PE, Miguel Coelho; e o secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento de Curitiba/PR, Vitor Puppi, representando o prefeito Rafael Greca.


EM TEMPO: Há mais de um mês, o deputado estadual Gilmar Carvalho disse ao governador Belivaldo Chagas (PSD) que era necessário, urgentemente, comprar vacinas, pedir autorização para tal ao Supremo Tribunal Federal, e não seguir integralmente o Plano Nacional de Imunizações, que nem se sabe se existe (ministro do STF cobrou detalhes do plano ao ministro Pazuello), fazendo adequações. Em São Paulo, onde o absurdo manteve idosos aguardando por vacina por mais de 9 horas, o Estado programa vacinar pessoas na faixa dos 70 e poucos anos de idade. O Rio de Janeiro anuncia vacinação para idosos com 79 anos a partir desta segunda-feira. Em Sergipe, apenas na terça-feira que vem, Estado e municípios vacinarão idosos de 80 a 89 anos de idade. Em Sergipe, o governo trabalha muito no combate à Covid-19, mas continua equivocado.