CUT-SE

Servidores públicos de Sergipe querem respostas sobre o rombo de R$ 200 milhões no Ipesaúde e não aceitam que mais uma vez seja retirado do seu salário o dinheiro para pagar esta conta. Por isso, na manhã da quarta-feira, dia 14 de junho, a luta unificada amanheceu na porta do Palácio do Governo de Sergipe.

A revolta das trabalhadoras e trabalhadores ocorre porque o Governo de Sergipe propôs, através do Projeto de Lei 220/2023, e a maioria dos deputados estaduais de Sergipe aprovaram o aumento da contribuição ao Ipesaúde e a redução do atendimento médico para os servidores e dependentes.

Fato curioso é que logo após a aprovação do PL 220 na Alese, vários sindicatos receberam propostas para firmar convênios com planos de saúde e servidores passaram a receber telefonemas de planos de saúde da rede privada para fazer a adesão.

Sindicalistas criticam Mitidieri por ter família proprietária de plano de saúde e agir politicamente pela destruição do Ipesaúde, o que favorece planos de saúde privados – CUT

“Quero saber quem passou o número do nosso telefone para essas empresas privadas nos ligarem. É evidente que o objetivo do Governo de Sergipe é destruir o Ipesaúde de vez e empurrar os 116 mil servidores e dependentes usuários do Ipesaúde para dar lucro à iniciativa privada”, destacou Roberto Silva, presidente da CUT/SE.

Com o aumento do valor pago e a redução dos serviços médicos ofertados, a tendência é que os servidores saiam do Ipesaúde, o que pode quebrar de vez o plano de assistência aos servidores do estado de Sergipe.

Durante a manifestação, professoras aposentadas fizeram um apelo para que nenhum servidor saia do Ipesaúde, mas continuem filiadas ao plano de servidores públicos de Sergipe e fortaleçam a luta contra a destruição do Ipesaude.

O presidente da CUT, Roberto Silva, reforçou a necessidade de união e fortalecimento do Ipesaúde. 

“Nós, servidores públicos, contribuímos com o Estado com o nosso trabalho. O Estado de Sergipe em contrapartida precisa assegurar a saúde dos servidores e de seus familiares. O nosso Ipesaúde é um plano que presta assistência ao servidor e seus familiares por isso não pode ser comparado nem seguir a mesma lógica de qualquer outro plano de saúde da rede privada. Se existe déficit, o Estado tem que custear a assistência médica do servidor. E queremos saber exatamente: que deficit foi este? Como e por quem ele foi criado? E por que o Governo ao invés de resolver este problema prefere destruir o Ipesaude?”, questionou Roberto Silva presidente da CUT/SE.

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Para distrair jornalistas e radialistas de Sergipe, o presidente do Ipesaúde marcou uma Coletiva de Imprensa no mesmo dia e horário do protesto, apesar de não ter nenhuma informação relevante para divulgar. No entanto, o ato desta quarta-feira, dia 14 de junho é apenas o primeiro da agenda de luta aprovada pelos sindicatos de servidores públicos filiados à CUT e à CTB.

No próximo dia 22 de junho haverá outra manifestação contra a destruição do Ipesaude e contra a redução salarial dos servidores do Estado. Sindicatos vão organizar uma audiência pública na Alese para tratar do tema do Rombo no Ipesaúde, com data a definir. No dia 5 de julho está programado o Abraço ao prédio do Ipes.

Além disso, a CUT e a CTB lançaram um abaixo conclamando servidores públicos a apoiarem a luta de ambas centrais sindicais pela investigação do MPE (Ministério Público Estadual), do MPT (Ministério Público do Trabalho), do TCE (Tribunal de Contas do Estado de Sergipe) e da Defensoria Pública referente à origem e à responsabilidade do rombo de R$ 200 milhões no Ipesaúde para que todos os servidores possam saber quem gerou o rombo no Ipesaúde e de que forma ele foi gerado.