O Plenário do Senado aprovou neste sábado (2) o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020), que prestará auxílio financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios para combate à pandemia da covid-19. O valor inclui repasses diretos e suspensão de dívidas. Foram 79 votos favoráveis e um voto contrário. O tema segue para a Câmara dos Deputados.

O programa vai direcionar R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais, sendo R$ 10 bilhões exclusivamente para ações de saúde e assistência social (R$ 7 bi para os estados e R$ 3 bi para os municípios) e R$ 50 bilhões para uso livre (R$ 30 bi para os estados e R$ 20 bi para os municípios). Além disso, o Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$ 154,6 milhões, em função de não participar do rateio entre os municípios. Esse valor também será remetido em quatro parcelas.

Além dos repasses, os estados e municípios serão beneficiados com a liberação de R$ 49 bilhões através da suspensão e renegociação de dívidas com a União e com bancos públicos e de outros R$ 10,6 bilhões pela renegociação de empréstimos com organismos internacionais, que têm aval da União. Os municípios serão beneficiados, ainda, com a suspensão do pagamento de dívidas previdenciárias que venceriam até o final do ano. Essa medida foi acrescentada ao texto durante a votação, por meio de emenda, e deverá representar um alívio de R$ 5,6 bilhões nas contas das prefeituras. Municípios que tenham regimes próprios de previdência para os seus servidores ficarão dispensados de pagar a contribuição patronal, desde que isso seja autorizado por lei municipal específica.

O auxílio foi aprovado na forma de um texto apresentado pelo relator, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e que substitui a proposta original enviada pela Câmara (PLP 149/2019). Dessa forma, o Senado, como autor do projeto de lei (PLP 39/2020), terá a palavra final sobre o assunto — ou seja, caso os deputados promovam mudanças, elas terão que ser confirmadas pelos senadores.

Distribuição

A fórmula para repartir os recursos entre os entes federativos foi uma das grandes alterações promovidas por Davi Alcolumbre no seu texto substitutivo. A versão da Câmara usava como critério a queda de arrecadação dos impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

Em nota técnica publicada no último dia 24, a Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) observou que essa regra levaria a um impacto fiscal de maior risco para a União, além de criar incentivo para um relaxamento de controles fiscais por parte dos estados e municípios. Além disso, Davi esclareceu que o critério antigo trazia problemas de operacionalização e fiscalização e tenderia a favorecer os estados e municípios mais ricos.

Dos R$ 60 bilhões de auxílio direto aprovados neste sábado, R$ 50 bilhões poderão ser usados livremente. Essa fatia será dividida em R$ 30 bilhões para os estados e o Distrito Federal e R$ 20 bilhões para os municípios. Originalmente essa divisão era de metade para cada grupo de entes federativos, mas o Plenário reivindicou um aporte maior para os estados, o que foi acatado por Davi, presidente do Senado, que assumiu a relatoria e as negociações do texto junto à Câmara e ao governo federal.

O rateio por estado será feito em função da arrecadação do ICMS, da população, da cota no Fundo de Participação dos Estados e da contrapartida paga pela União pelas isenções fiscais relativas à exportação. Já o rateio entre os municípios será calculado dividindo os recursos por estado (excluindo o DF) usando os mesmos critérios para, então dividir o valor estadual entre os municípios de acordo com a população de cada um.

Um dispositivo acrescentado ao projeto durante a votação determina que estados e municípios deverão privilegiar micro e pequenas empresas nas compras de produtos e serviços com os recursos liberados pelo projeto.

Por sua vez, os R$ 7 bilhões destinados aos estados para saúde e assistência serão divididos de acordo com a população de cada um (critério com peso de 60%) e com a taxa de incidência da covid-19 (peso de 40%), apurada no dia 5 de cada mês. Os R$ 3 bilhões enviados para os municípios para esse mesmo fim serão distribuídos de acordo com o tamanho da população.

Davi Alcolumbre explicou que usou a taxa de incidência como critério para estimular a aplicação de um maior número de testes, o que é essencial para definir estratégias de combate à pandemia, e também porque ela serve para avaliar a capacidade do sistema de saúde local de acolher pacientes da covid-19. Já a distribuição de acordo com a população visa privilegiar os entes que poderão ter maior número absoluto de infectados e doentes. Davi observou que não adotou o mesmo critério para divisão entre os municípios porque é mais difícil medir a incidência em nível municipal e para não estimular ações que possam contribuir para espalhar mais rapidamente a covid-19, como a liberação de quarentenas.

Dívidas

A suspensão de dívidas abrangerá os pagamentos programados para todo o ano de 2020. Os valores não pagos serão incorporados ao saldo devedor apenas em 1º de janeiro de 2022, atualizados, mas sem juros, multas ou inclusão no cadastro de inadimplentes. A partir daí, o valor das parcelas que tiveram o pagamento suspenso será diluído nas parcelas seguintes.

Os valores pagos durante o período de suspensão serão atualizados e somados aos encargos de adimplência para abaterem o saldo da dívida a partir de janeiro de 2021. As parcelas anteriores a março de 2020 não pagas em razão de liminar da Justiça também poderão ser incluídas no programa. Também nesse caso não caberão juros e multa por inadimplência.

Em outra frente, o substitutivo permite a reestruturação das dívidas internas e externas dos entes federativos, incluindo a suspensão do pagamento das parcelas de 2020, desde que mantidas as condições originais do contrato. Nesse caso, não é necessário o aval da União para a repactuação e as garantias eventualmente oferecidas permanecem as mesmas.

Para acelerar o processo de renegociação, a proposta define que caberá às instituições financeiras verificar o cumprimento dos limites e condições dos aditivos aos contratos. Já a União fica proibida de executar garantias e contra garantias em caso de inadimplência nesses contratos, desde que a renegociação tenha sido inviabilizada por culpa da instituição credora.

Histórico

O PLP 149/2019 foi apresentado pelo governo à Câmara em junho para ajudar estados e municípios em situação financeira difícil a recuperarem o equilíbrio fiscal. Apelidado de “Plano Mansueto” (nome de seu idealizador, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida), o texto previa o refinanciamento de dívidas com a União e novos empréstimos, além de aumentar as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000) para que as contas públicas dos entes federativos permanecessem equilibradas a médio e longo prazos.

Com o agravamento da pandemia da covid-19, e como o projeto já estava pronto para ser votado pela Câmara, os deputados usaram o texto para propor um programa de socorro aos entes da Federação. O ponto central era a compensação por perdas de arrecadação causadas pela queda na atividade econômica. Aprovado em abril, o novo PLP 149/2019 foi enviado ao Senado.

O projeto da Câmara, no entanto, desagradou a área econômica do governo federal por obrigar a União a compensar toda a perda de arrecadação com o ICMS e o ISS de abril a setembro de 2020, sem contrapartidas ou valor fixo.

O governo fez então uma contraproposta. Em audiência pública no Senado, na última quinta-feira (30), o ministro da Economia, Paulo Guedes, explicou que a União se propunha a desembolsar cerca de R$ 120 bilhões para ajudar estados e municípios, por meio de auxílio direto, suspensão do pagamento de dívidas e reforço ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Como contrapartida, os entes adotariam medidas de controle dos gastos públicos.

O tema já era tratado, no Senado, pelo PLP 39/2020, do senador Antonio Anastasia (PSD-MG), e, assim, os dois projetos passaram a tramitar em conjunto, cumprindo requerimento dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Esperidião Amin (PP-SC). Numa medida rara, a relatoria dos projetos foi entregue ao presidente Davi Alcolumbre, que fez a opção por dar preferência ao PLP 39/2020 para que o Senado pudesse tomar a frente nas negociações entre o Congresso e o Executivo. O parecer aprovado levou ao arquivamento do PLP 149/2020, que integrava o Plano Mais Brasil do governo federal. 

lourdes maria silveira
Lourdes Maria Silveira / Arquivo pessoal

Na tarde da última sexta-feira, na Praia do Mosqueiro, quando tomava banho de sol, a estudante de Arquitetura Lourdes Maria Silveira, 19 anos, foi atropelada por elemento ainda não identificado pela polícia.

Quando tomava banho de sol, deitada, em frente a um condomínio, a estudante foi atropelada por uma Ranger, preta, que circulava à beira-mar.

O veículo passou por cima de parte de seu corpo. O elemento fugiu do local sem ser identificado.

A estudante é filha do empresário César Silveira, da Construtora União Engenharia.

Foi socorrida pelo delegado de polícia Washington Okada, que publicou em rede social que ela “fraturou o fêmur, ombros, sofreu lesões nos braços, teve embolia e quase morreu”.

Lourdes Maria está internada em um hospital privado em Aracaju, depois de ter sofrido cirurgia.

O crime será investigado pela Delegacia de Delitos de Trânsito.

coronavirus covid 19
Reuters

A Secretaria de Estado da Saúde atualizou o boletim epidemiológico do novo coronavírus (Covid-19) neste sábado, 2, que aponta um aumento de 84 casos em Sergipe. Com isso, o Estado passa a ter 601 casos confirmados. O óbito de uma senhora de 89 anos, residente em Aracaju, que estava em investigação, foi descartado.

Quatro municípios registraram os primeiros casos: Arauá, com uma mulher de 37 anos; Campo do Brito, uma mulher de 40 anos, ambas profissionais de Saúde; Divina Pastora, com um homem de 29 anos; e Santa Luzia do Itanhi, com uma idosa de 85 anos.

Foram processados 2.832 testes e 2.231 foram negativados. Estão internados 48 pacientes, sendo 21 em leitos de UTI (12 na rede privada e nove na rede pública) e 27 em leitos clínicos (oito na rede privada e 19 na rede pública). Foram curadas 54 pessoas. São 14 óbitos por Covid-19 em Sergipe.

Mais detalhes sobre o novo boletim epidemiológico do Covid-19 acesse sergipecontraocoronavirus.net.br

jair bolsonaro
Antonio Cruz / Agência Brasil

Juíza do Tribunal Regional Federal da 3ª Região liberou o presidente Jair Bolsonaro de apresentar os exames que fez da Covid-19.

O presidente havia sido condenado em ação movida pelo jornal O Estado de São Paulo.

O presidente não está liberado de apresentar os exames.

Na manhã deste sábado (02), com o intuito de intensificar as ações de fiscalização e conscientização relacionadas ao combate da Covid-19 em Sergipe, a Polícia Militar ao lado de equipes da Secretaria Municipal da Defesa Social e Cidadania (Semdec), por meio da Defesa Civil Municipal e Procon Aracaju, averiguaram o funcionamento de estabelecimentos comerciais no Centro da capital. A partir da operação, foram fechadas lojas que não estão autorizadas a estarem abertas e verificado o cumprimento das normas de distanciamento social e higiene daquelas que possuem permissão para funcionar. 

Também neste sábado, em uma ação conjunta entre policiais da 1ª CIPM e a Vigilância Sanitária de São Cristóvão, foram fechados, no município, alguns estabelecimentos que não cumpriam com as medidas sanitárias impostas pelos decretos estadual e municipal. 

Desde o feriado desta sexta-feira (1º), a PM realiza ações para esclarecer à população sobre às medidas de segurança para evitar o contágio e disseminação do novo coronavírus e para o cumprimento das normas determinadas em decreto governamental. Foram utilizados bloqueios policiais para informar motoristas e passageiros sobre o uso obrigatório das máscaras de proteção dentro e fora dos veículos.

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SSP Sergipe

Equipes, ainda, ficaram responsáveis pelo patrulhamento das ruas na capital e no interior com a finalidade de orientar a sociedade para não realizar aglomerações, confraternizações, ou qualquer tipo de festa ou evento.

Além dos chamados referentes a estabelecimentos comerciais abertos irregularmente, a PM continua atendendo várias ocorrências relacionadas com perturbação de sossego. No período da pandemia, já foram quase 10 mil ocorrências direcionadas para o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) em decorrência de som alto, muitas vezes com aglomeração de pessoas. 

Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, parte da população ainda não entendeu a gravidade do momento. “Muitos insistem em praticar aglomerações e manter estabelecimentos que não podem ser abertos de acordo com o decreto governamental”, disse o coronel.

Rodovias estaduais

Na capital e interior do estado, o Batalhão de Polícia Rodoviário Estadual (BPRv) executa uma operação na malha viária estadual em seus mais de 3.000 km. Na operação, são empregados 20 policiais militares diariamente, que realizam operações de blitz em pontos estratégicos pré-determinados pelo Comando do Policiamento Militar do Interior (CPMI), nos locais de maior fluxo. 

Mais um paciente saiu vitorioso na luta contra o Covid-19 no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Paulo Roberto Nascimento, de 45 anos, recebeu alta médica na manhã deste sábado, 2, após 29 dias de internamento.

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Paulo Roberto Nascimento, 45 anos

Ele foi admitido na ala 500, que é específica para pacientes Covid-19, vindo do Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro. 

O paciente já chegou no Huse positivo para a doença. Ele deixou o hospital acompanhado dos profissionais que comemoram bastante a  sua recuperação.

“Depois de 29 dias internado, é com muito orgulho que nossa equipe comemora mais uma vitória. Paulo permaneceu todo esse tempo porque estava acompanhado pela cirurgia torácica e concluindo antibióticos”, explicou a gerente do internamento clínico do Huse, Lorena Guimarães.
Desde de que foi registrado o primeiro caso, já foram curados em Sergipe 48 pacientes com Covid-19.

O presidente Jair Bolsonaro lidera disputa para as eleições de 2022, mas maioria reprova sua gestão.

Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, para a revista Veja, mostra que quase 60% dos entrevistados reprovam sua gestão.

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Lukas / Pexels

Veja induzida:

Bolsonaro: 27%

Sergio Moro: 27,1%

Fernando Haddad: 14,1%

Ciro Gomes: 10,2%

Luciano Huck: 6%

João Amoêdo: 4,0%

João Doria: 3,7%

Guilherme Boulos: 1,2%

Wilson Witzel: 1,0%

Não sabe: 5,4%

Não sabe: 9,2%

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 29 de abril

Veja cenário com Lula:

Bolsonaro: 26,3%

Lula: 23,1%

Sergio Moro: 17,5%

Ciro Gomes: 8,7%

João Amêdo: 4%

JoÑao Doria: 3,7%

Marina: 2,3%

Wilson Witzel: 1,2%

Guilherme Boulos: 0,7%

Não sabem: 4,7%

Nenhum: 8,2%

Gestão de Bolsonaro:

Aprovam: 44%

Reprovam: 51,7%

Ótima ou boa: 31,8%

Ruim ou péssima: 39,4%

Regular: 27,3%

policia federal curitiba
Marcello Casal JR. / Agencia Brasil

O ex-ministro da justiça e Segurança Pública Sergio Moro está sendo aguardado para depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

O prédio é o mesmo em que o então juiz Sergio Moro manteve preso Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República.

O depoimento será acompanhado por três procuradores da República.

policia civil
SSP Sergipe

Um Policial Civil da Detur – Delegacia do Turismo – testou positivo para a Covid-19, em Aracaju.

Atua no plantão da Delegacia de Turismo, na Orla da Atalaia.

O policial, que fez o comunicado aos superiores, passa bem.

Neste sábado, 2, policiais militares do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) prenderam um homem suspeito de agredir a companheira e apreenderam uma arma de fogo em condomínio do Bairro Garcia, Zona Sul da capital. Segundo a vítima, o homem atirou  dentro do apartamento.

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Arma de fogo apreendida com o empresário / PM – SE

Na madrugada,  uma equipe do BPTur, com o apoio da Força Tática, foi informada via Ciosp que um homem armado agrediu uma mulher em um apartamento localizado no Bairro Garcia.

Assim que chegaram ao local, a vítima informou que o esposo havia jogado uma garrafa de cerveja nela, quebrado vários objetos e efetuados disparos de arma de fogo dentro da residência.

Em um quarto, os policiais encontraram o homem, de 48 anos, deitado no chão com um ferimento no pé e em posse de uma pistola calibre .40, três carregadores e 29 munições.

Diante dos fatos, os envolvidos e os materiais apreendidos foram encaminhados à Departamento de Atendimento a Grupo Vulneráveis