Victor Farias, Época

Parlamentares que fizeram processos seletivos para seus gabinetes, prometendo escolhas baseadas em critérios de mérito, contrataram, em alguns casos, pessoas com quem já tinham relações políticas antes do processo. Anunciada como uma medida de transparência, a seleção por meio de currículos foi badalada por vários deputados e senadores no período entre o fim da eleição e o começo do mandato. A coluna, entretanto, identificou alguns casos em que a seleção não se baseou apenas no mérito.

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Dentre dez políticos que fizeram processos seletivos, e cujas contratações foram analisadas pela coluna, quatro — Vinicius Poit (Novo-SP), Alessandro Vieira (PPS-SE), Felipe Rigoni (PSB-ES) e Adriana Ventura (Novo-SP) — escolheram pessoas com quem já tinham alguma relação anterior.

Alessandro Vieira, que tem 23 assessores e escolheu 17 deles por processo seletivo, também fez contratações com relações prévias — seis no total. Duas delas foram candidatas a deputada federal pela Rede, antigo partido do senador, e pelo PPS, mas não conseguiram as vagas. Vieira contratou também quatro ex-funcionários do ex-senador Cristovam Buarque, seu correligionário.

De acordo com a assessoria de imprensa do senador, os servidores escolhidos participaram de processo seletivo e se mostraram qualificados para as posições que hoje ocupam.

Publicado na Época