IBGE

O IBGE realizou o Censo Demográfico seguindo rigorosamente recomendações, parâmetros e protocolos para Censos de População, definidos pela Divisão de Estatística das Nações Unidas e de acordo com os Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais.

Destacamos que, neste Censo, o IBGE introduziu inúmeras inovações tecnológicas e metodológicas com ênfase em ferramentas de cobertura, acompanhamento e controle da qualidade da operação.

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por meio dos Dispositivos Móveis de Coleta (DMC) com acesso à Internet, o acompanhamento do trabalho de campo ocorreu praticamente em tempo real. Durante a coleta foi realizada com sucesso a captura das coordenadas de GPS dos endereços visitados, bem como dos trajetos utilizados pelos recenseadores no percurso dos setores censitários. Este avanço permitiu o monitoramento contínuo da operação e garantiu maior controle da cobertura.

O Censo contou ainda com arrojado sistema automático de supervisão que previa a verificação em campo de uma amostra de endereços selecionados. O objetivo principal dessa supervisão foi assegurar a cobertura da operação, a correta classificação dos domicílios (em ocupados ou não ocupados), além da qualidade do preenchimento dos questionários.

A coleta dos dados com transmissão e processamento em tempo praticamente real propiciou o controle preciso da cobertura e a melhor análise das informações, através de instrumentos de Dashboard e de um moderno serviço de geoinformação, denominado Plataforma Geográfica Interativa (PGI).

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Através da PGI, o IBGE confrontou as coordenadas dos endereços captadas pelos recenseadores com as coordenadas de bases de dados de outras instituições, também permitindo o controle da cobertura do território, com imediatas identificação e correção de eventuais imprecisões nos trabalhos de campo.

Alinhado às boas práticas internacionais de transparência e de comprometimento com a qualidade dos dados, faltando menos de dois meses para a divulgação dos resultados do Censo, o IBGE reuniu em sua sede, no Rio de Janeiro, um grupo de demógrafos, estatísticos e geógrafos de reconhecidas credibilidade e excelência.

Esses especialistas participaram de uma oficina de apresentação e avaliação dos resultados do Censo. Após três dias de discussões, e mais de um mês dedicados à análise dos dados, os profissionais se comprometeram a entregar um parecer acerca dos esforços técnicos, práticos e metodológicos empenhados pelo IBGE desde o início da coleta censitária, bem como sobre a confiabilidade dos dados. O documento, a ser publicado em breve, terá a chancela do Fundo de População das Nações Unidas, que também participou do evento.

Ainda alinhado aos compromissos de boas práticas da produção estatística, o IBGE realizou a Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE) simultaneamente à coleta do Censo. Seu principal objetivo é fornecer mais recursos para a avaliação da cobertura e da qualidade da coleta através de uma amostra de setores censitários. A PPE também será divulgada em breve.

A despeito de dificuldades e percalços — administrados com transparência inédita, permitindo, inclusive, que os problemas fossem enxergados também de forma inédita –, o IBGE, do alto de sua reputação, está entregando à sociedade um Censo com qualidade e confiabilidade indiscutíveis. Sem dúvida, trata-se do Censo mais tecnológico e com maior monitoramento e análise em tempo real da História dos Censos, realizados há 150 anos no Brasil.

Direção do IBGE
3 de julho de 2023