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De acordo com o TCU, os militares utilizaram verbas destinadas ao combate à pandemia para adquirir picanha.

A CNN Brasil (vídeo abaixo) relata que esses recursos eram destinados para garantir a alimentação adequada das tropas que terião sido designadas para atuar no enfrentamento à Covid-19.

O relatório do TCU revela que os militares gastaram R$ 703,4 mil na compra de carne nobre, como picanha e filé mignon, além de salgadinhos de coquetel, sorvetes e refrigerantes.

TCU / Divulgação

Auditores reforçam que, embora as normas internas do Exército permitam a aquisição de cortes bovinos nobres, as compras realizadas durante a pandemia foram consideradas contrárias aos princípios de razoabilidade e interesse público.

Conforme consta no documento, os auditores identificaram que a quantia de R$ 255.931,77 foi gasta em salgados, sorvetes e refrigerantes.

“Entende-se que violou tais princípios a utilização de recursos tão caros à sociedade, oriundos de endividamentos da União que agravaram ainda mais a crise econômica e social vivenciada pelo Brasil, para a aquisição de artigos de luxo”.

TCU

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Metade dos gastos com alimentos adquiridos pelo Exército foram destinados para quartéis que não abrigavam tropas.

“Se confirmado, afastaria o argumento de maior gasto calórico por desgaste físico em operações militares para justificar as aquisições dos gêneros alimentícios questionados”.

TCU

Assista à reportagem da CNN Brasil:

CNN Brasil | YouTube

Nota do Exército sobre o relatório do TCU

O Exército Brasileiro pauta sua atuação pelo respeito à legalidade, lisura e transparência na gestão de bens e recursos públicos, bem como pela colaboração com as demais instituições de Estado.

A Força tem envidado todos os esforços para atender plenamente às demandas e orientações recebidas do TCU e vem trabalhando, por meio de seu Sistema de Controle Interno, para promover a transparência e apurações de eventuais impropriedades na aplicação dos recursos públicos.

No caso em questão, cabe destacar que os recursos enviados pelo Ministério da Saúde foram destinados ao ressarcimento dos gastos efetuados antecipadamente na logística de apoio ao combate da COVID-19, portanto necessários à reposição dos estoques, bem como para a manutenção da vida vegetativa das unidades militares.