Agência Fiocruz de Notícias

O Boletim InfoGripe apresenta panorama nacional com manutenção do sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas), com ampliação da quantidade de estados com sinal de queda de casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 7, que compreende o período de 13 a 19 de fevereiro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 21 de fevereiro.

O documento aponta que em 22 das 27 unidades da federação há sinal de queda na tendência de longo prazo e sinal de estabilidade ou queda na tendência de curto prazo. Exceto, Tocantins que apresenta sinal de crescimento nas últimas três semanas, contrastando com o sinal no período mais longo. Acre e Piauí apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), e duas delas, Roraima e Tocantins, apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas três semanas).

A Covid-19 continua predominando entre os casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios. Nas últimas quatro semanas, a prevalência entre os casos positivos foi de 0,9% Influenza A, 0,1% Influenza B, 1,7% vírus sincicial respiratório, e 90,8% Sars-CoV-2 (Covid-19), com o restante associado a outros vírus. Entre esses casos com identificação laboratorial, os que evoluíram para óbito tiveram prevalência de 97% para o Sars-CoV-2 nas últimas quatro semanas, avalia o Boletim InfoGripe.

Polina Tankilevitch / Pexels

Capitais

Nas capitais apenas três das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Boa Vista (RR), Cuiabá (MT) e Teresina (PI). Em outras três observa-se sinal de crescimento apenas para a tendência de curto prazo (últimas três semanas): Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES). Em 17 delas observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo: Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), plano piloto de Brasília e arredores (DF), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES). Dessas, apenas Rio de Janeiro e Vitória apresentam sinal de crescimento na tendência de curto prazo. Todas as demais apresentam sinal de queda ou de estabilização nas últimas três semanas.

Macrorregiões de saúde

Em apenas seis dos 27 estados observa-se ao menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento nas tendências de longo ou curto prazo: Acre, Pará, Roraima e Tocantins no Norte, Piauí no Nordeste, Rio Grande do Sul no Sul. Em relação às estimativas de nível de casos de SRAG para as macrorregiões de saúde, observa-se apenas duas em nível pré-epidêmico, quatro em nível epidêmico, 74 em nível alto, 34 em nível muito alto e quatro em nível extremamente alto.