Seguindo o posicionamento da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, nesta quinta-feira (4), a condenação do prefeito, do vice e de um vereador do município de Serranópolis do Iguaçu (PR) que tiveram os mandatos cassados por compra de votos nas eleições de 2016. A decisão confirma o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR), que também aplicou multa aos políticos. Por maioria de votos, os ministros negaram o Recurso Especial Eleitoral 45.502, apresentado pelas defesas de Luiz Carlos Ferri, Diogo Achtenberg e Vinícius Fracaro, respectivamente, prefeito, vice-prefeito e vereador. Os réus alimentavam a expectativa de reverter a cassação, uma vez que estão marcadas para o próximo domingo (7) as eleições suplementares para prefeito e vice. Com o efeito da decisão do TSE o pleito foi mantido.

Roberto Jayme / TSE (arquivo)

Prevaleceu o entendimento do relator, ministro Og Fernandes, que concluiu pela licitude das provas apreciadas em primeira e segunda instâncias, inclusive aquelas obtidas em vídeos gravados na casa de eleitores e no gabinete do prefeito Luiz Carlos Ferri, e por meio de prints de conversas via WhatsApp. “Para os feitos relativos ao pleito de 2016, deve ser admitida como regra a licitude da gravação ambiental realizada por um dos interlocutores, sem o consentimento dos demais, e sem autorização judicial, em ambiente público ou privado, avaliando-se com cautela, caso a caso, a prova obtida mediante gravações ambientais, de modo a ampliar os meios de apuração de ilícitos eleitorais que afetem a lisura e a legitimidade das eleições”, afirmou Og Fernandes.

Em parecer enviado ao TSE, o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, destaca que a tese defendida pelo MP Eleitoral segue a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que admite o uso gravação ambiental feita por um dos interlocutores em ambiente público ou privado como meio de obtenção de provas, ainda que sem prévia autorização judicial. 

No entendimento do vice-PGE, não se pode alegar direito à privacidade e à vida privada para dar proteção ao comportamento delitivo. Além do mais, segundo argumenta, uma conversa dentro de uma residência não se confunde com a interceptação telefônica clandestina nem com a inviolabilidade domiciliar. “Não se pode admitir a existência de um princípio jurídico absoluto e, tampouco, que a tutela da intimidade e da vida privada sirva ao propósito de salvaguardar práticas ilícitas da efetivação das imposições legais em prejuízo dos princípios do Estado de Direito, da legalidade e da segurança pública”, afirmou o vice-PGE em parecer enviado à Corte eleitoral.

Decisão – Além do relator, votaram pela rejeição do recurso, os ministros Luís Roberto Barroso, Jorge Mussi, Edson Fachin e Rosa Weber. Foram vencidos os ministros Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira de Carvalho.

Íntegra do parecer 

Mindandi / Freepik

Segundo levantamento da Instituto Paraná Pesquisas, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem aprovação de 64% do eleitorado paranaense, 9. Já os eleitores do Estado que desaprovam a administração de Bolsonaro é de 30,5% e outros 5,5% não souberam ou não quiseram opinar.

Ainda de acordo com a pesquisa, 12,3% dos entrevistados consideram a gestão do presidente ótima, e 33,5% boa. Outros 29,5% avaliaram a gestão como regular, 9,6% como ruim e 12,6% péssima.

O Paraná Pesquisas ouviu 2.508 entrevistados entre os dias 31 de março e 5 de abril e tem margem de erro de 2%. O grau de confiança do levantamento é de 95%.

Deputados sergipanos

O portal do Estadão publica levantamento com a posição de deputados federas sobre a Reforma da Previdência.

Veja, segundo o Estadão, a posição dos representantes de Sergipe na Câmara:

Laércio Oliveira (PP): a favor

Valdevan Noventa (PSC) – não foi localizado

Fábio Mitidieri (PSD): não quis responder

João Daniel (PT): contra

Fábio Reis (MDB): não quis responder

Não aparece a posição dos deputados federais Gustinho Ribeiro (PP), Bosco Costa (PR) e Fábio Henrique (PDT).

O deputado estadual Gilmar Carvalho (PSC) e o vereador de Aracaju, Elber Batalha (PSB), fizeram uma denúncia nesta terça, 9, no Cidade Alerta Sergipe sobre um pacote de projetos que serão colocados em pauta amanhã na Câmara de Vereadores de Aracaju, para votação em três etapas, que podem prejudicar diretamente a população com o aumento de impostos.

Elber Batalha – César de Oliveira / CMA

De acordo com o vereador Elber Batalha, um dos projetos envolve o pedido de empréstimo de R$ 19.800.000,00 para modernização da máquina pública. “Mais uma vez, o prefeito Edvaldo Nogueira tenta ludibriar a sociedade dizendo que eram bondades. No primeiro projeto, ele pede autorização da Câmara para contrair um empréstimo de quase R$ 20 milhões com a justifica de modernização da máquina fiscal, ou seja, ele está pedindo para cobrar mais imposto. Além disso, ele pede quatro anos de carência nesse empréstimo, o que endividará o município de Aracaju”, informou o vereador.

Outro projeto diz respeito a forma de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e, diferente do que vem sendo dito pelo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, não beneficiará a população. “No segundo projeto ele diz que está perdoando o IPTU de pessoas devedoras, mas, na verdade, o que ele faz é o contrário. Ele não mandou a lei de isenção no ano passado para a Câmara. Para cobrir o rombo deixado, prejudicando várias pessoas, manda uma lei perdoando, só que o perdão é menor que a isenção. Até então, eram isentos de IPTU pessoas que ganhavam até 2 salários-mínimos. Agora ele agrega a essa regra que, se seu imóvel é avaliado em mais de R$ 160 mil, você perde a isenção, mesmo provando que só ganha dois salários-mínimos”, relatou.

O deputado estadual Gilmar Carvalho questionou ao vereador sobre a possibilidade de prejuízo à população com relação a aprovação dessa alteração na cobrança do imposto. Elber confirmou que a maior parte da população que possui imóvel em Aracaju corre o risco de perder a isenção, tendo em vista que as casas, facilmente, serão avaliadas em R$ 160 mil.

Gilmar Carvalho – Jadilson Simões / Alese

O vereador registrou ainda que há um terceiro projeto que acabará com a isenção do pagamento do IPTU por parte de servidores municipais. Segundo Elber, todos os servidores que possuem apenas um imóvel e trabalham tanto na Câmara como na Prefeitura são isentos do pagamento, mas o projeto encaminhado aos vereadores acrescenta outros requisitos como possuir apenas um vínculo empregatício.

Clautenis José dos Santos – Arquivo pessoal

O governador Belivaldo Chagas (PSD) determinou à Secretaria de Segurança Pública “rigor” nas investigações sobre a morte do designer de interiores Clautenis José dos Santos.

Clautenis foi morto durante operação policial na noite da última segunda-feira, 8.

Em sua conta no Twitter, Belivaldo deixa claro que exige rigor nas investigações:

Apoio as ações das nossas polícias, militar e civil, no combate à criminalidade, mas quero deixar claro para toda sociedade que prezo pela Justiça e não compactuarei com nenhum tipo de erro, caso ocorra.

A Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju repudia a maneira como alguns veículos de comunicação têm divulgado uma nota sobre um suposto impasse com a cessão do servidor Dr Almir Santana para o Governo do Estado. A nota em questão foi produzida em junho do ano passado, e está sendo utilizada completamente fora de contexto, com o simples intuito de tentar difamar a imagem do município.

O próprio Dr. Almir afirmou esta manhã, em entrevista na Fan FM, lamentar que esta situação tenha sido colocada em evidência por pessoas que usaram de má fé para com a imagem dele e da Prefeitura de Aracaju.

“Divulgar o que não existe? Eu fico triste, eu lamento que algumas pessoas façam isso”.

Afirmou Dr. Almir durante o esclarecimento

Por fim, a SMS reforça o respeito pelo trabalho desenvolvido por Dr. Almir em Sergipe, sobretudo no âmbito das Infecções Sexualmente Transmissíveis, e relembra que é obrigação de qualquer comunicador profissional apurar todos os fatos antes de publicá-los.

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), nesta terça-feira, 9, visitou o Hospital Cirurgia, com a missão de esclarecer dúvidas dos trabalhadores acerca do não cumprimento da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) pela parte do hospital, mesmo com uma ação judicial feita pelo Sintasa. Na ocasião, houve reunião com a gestão do hospital e ficou acertado que os funcionários receberão o piso salarial corretamente.

Sintasa / Divulgação

No mês passado, a ação judicial relativa ao descumprimento do hospital foi acatada pela justiça. Diante disto, os representantes do Cirurgia convidaram a diretoria do sindicato para dialogar sobre a ação. No final da reunião, o Sintasa acatou a proposta da gestão na qual garante, a partir deste mês, o cumprimento da convenção. Contudo, o pagamento do retroativo referente a 1° de junho de 2016 terá que passar por cálculos mais detalhados. Após esta etapa, o Sintasa será convidado novamente para debater sobre os valores e impactos da convenção.

O presidente do Sintasa, Augusto Couto, aprovou o avanço da negociação entre o sindicato e hospital. “O Sintasa viu com bons olhos a proposta do hospital. A gente veio com a intenção de mostrar para os trabalhadores como estava o andamento da ação judicial, mas com o resultado da reunião com a direção, conseguimos avisar aos funcionários sobre a atualização no salário. Agora, vamos esperar a situação referente ao retroativo. Temos que analisar isto também. Afinal, é um direito deles”, disse Couto, que foi acompanhado pelos diretores José Cícero e Maria Edite.

Diga-se que a da Convenção Coletiva do Trabalho abrange todos os auxiliares e técnicos de enfermagem e demais categorias do nível médio e algumas categorias do nível superior que não tem sindicato próprio.

TCE / Arquivo

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), conselheiro Ulices Andrade, confirmou nesta terça-feira (9), ter recebido requerimento do conselheiro aposentado Flávio Conceição de Oliveira Neto, no qual o interessado pede a anulação da decisão proferida no Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que culminou com a sua aposentadoria compulsória, em abril de 2015.

O conselheiro-presidente remeteu o documento à Coordenadoria Jurídica da Corte para a sua devida análise técnica inicial.

O Ministério Público Federal em Sergipe, através da Procuradoria da República em Propriá, ingressou com sete ações civis públicas contra proprietários de diversos viveiros de camarão na região do Baixo São Francisco. As ações, de autoria do procurador da República Flávio Matias, foram ajuizadas após fiscalização da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) que detectou tanques de carcinicultura (criação de camarões) instalados no manguezal às margens do rio São Francisco. A prática é proibida na região por se tratar de área de preservação permanente (APP).

As ações pedem a demolição das estruturas dos viveiros irregulares, a recuperação das áreas degradadas pelos proprietários e a aplicação de multa em caso de descumprimento. Com os pedidos, a Justiça Federal decidiu, sob tutela de urgência (decisão judicial provisória tomada antes do julgamento do processo), pela interrupção imediata das atividades de cinco viveiros localizados nos municípios de Brejo Grande e Pacatuba. As ações restantes ainda aguardam decisão na 9ª Vara Federal.

Fapitec / Arquivo

Decisão

Nas cinco ações, a concessão de liminar se deu devido às tentativas frustradas de resolução através de acordos que visavam corrigir as irregularidades, já que nenhum dos empreendimentos possuía ou havia requerido licença ambiental para seu funcionamento, sendo que em área de manguezal a atividade de carcinicultura é expressamente proibida e não pode ser licenciada. Com a decisão da Justiça Federal, os proprietários dos cinco viveiros estão obrigados a interromper suas atividades, cuja multa em caso de descumprimento é de R$ 500 por dia.

Preservação dos manguezais

A prática da carcinicultura em regiões de manguezal é proibida pelo Código Florestal, que define os manguezais como áreas de preservação permanente, sendo as intervenções humanas admitidas nesses locais em situações excepcionais, nas quais não se inclui a prática de carcinicultura. A criação de camarões é uma atividade potencialmente poluente e que impõe diversos impactos, como o desmatamento e a interrupção do fluxo de marés, este que é essencial para a manutenção da fauna e da flora dessas regiões.

Confira aqui a ação e a liminar do processo de número 0800080-84.2019.4.05.8504.

As ações restantes podem ser acompanhadas pelo números: 

0800079-02.2019.4.05.8504; 0800064-33.2019.4.05.8504; 0800065-18.2019.4.05.8504; 0803376-51.2018.4.05.8504; 0803421-55.2018.4.05.8504; 0800094-68.2019.4.05.8504.

O Ministério Público Federal em Sergipe ingressou com ação civil pública contra o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e a União, com o objetivo de garantir que os alunos deficientes da instituição tenham acompanhamento de profissionais que auxiliem-os nas aulas e atividades letivas. Desde o início do semestre letivo, há dois meses, os estudantes estão sem o acompanhamento especial e impossibilitados de desempenhar seus estudos devidamente.

Intérprete de Libras – Eugênio Barreto / SEED

Na ação, de autoria da procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, Martha Carvalho, o MPF pede que o IFS disponibilize imediatamente os profissionais para acompanhamento dos estudantes, mesmo que sob caráter temporário, e que em 15 dias, o IFS e a União tomem todas as providências necessárias para efetiva contratação dos profissionais. São 22 profissionais, dentre intérpretes de Libras, psicopedagogos e transcritores do sistema Braile, distribuídos entre 6 dos 10 campi da instituição. 

A ação lembra ainda que existe cadastro de reserva para as funções, proveniente de Processo Seletivo Simplificado realizado em dezembro de 2018, e a União é citada para que garanta a verba necessária para a contratação desses profissionais. “A situação atual fere os direitos à educação e à acessibilidade, além de apresentar o risco de comprometer todo o semestre letivo dos estudantes com deficiência”, afirma a procuradora da República Martha Carvalho.

Outro pedido da ação é que o IFS e a União garantam, após a constatação definitiva das demandas dos alunos, a contratação de quantos profissionais sejam necessários para atender as necessidades dos estudantes. A ação pede também a aplicação de multa diária de no mínimo R$ 1 mil em caso de descumprimento dos pedidos, caso sejam acatados pela Justiça Federal.

Confira aqui a íntegra da ação.