UFS

A partir do próximo semestre letivo, 2024.1, que inicia em 6 de maio, os horários de aulas serão alterados nos campi da Universidade Federal de Sergipe (UFS), exceto em Lagarto e Nossa Senhora da Glória. A alteração foi aprovada pelo Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Conepe) em sua última reunião.

Com a mudança, as aulas do turno da manhã ocorrerão entre 7h30 e 12h30; à tarde, das 13h30 às 18h30. Para o turno da noite, foi aprovada a alteração das 19h15 e 22h30, contudo, uma nova proposta da Reitoria será encaminhada ao Conepe propondo a redução para 22h15.

Turno da noite está sujeito a ajuste para término às 22h15. Proposta deverá ser apreciada na próxima reunião do Conepe|UFS

“Quando fomos inserir no sistema a proposta das 22h15, identificamos quase 900 estudantes em disciplinas práticas que seriam prejudicados, pois tinham aula no sistema até às 23h. Havia a possibilidade de choques entre os horários de turmas do tipo ‘atividades de orientação coletiva’ e turmas com disciplinas convencionais. Contudo, após ajustes junto ao STI, será possível que o horário volte ao que havia sido idealizado no âmbito do GT criado pela Reitoria”, explica o professor Dilton Maynard, pró-reitor de Graduação.

Principais mudanças

Ainda de acordo com o pró-reitor, os principais benefícios pensados com a alteração estão relacionados à regularização do calendário acadêmico, 15 semanas de atividades e a criação de intervalos entre os turnos.

“O que pretendemos é sincronizar as nossas atividades do ensino de graduação ao ano civil, com previsão de regularização para 2025. Um segundo ponto é que projetamos períodos que terão em média 15 semanas de atividades, podendo haver, caso necessário, uma folga de dias para reposição com maior tranquilidade. Um outro aspecto que a gente considera fundamental é o estabelecimento, a partir de uma reestruturação dos horários, de intervalos entre os turnos, o que nós acreditamos que tornará a vida do aluno um pouco mais confortável”, informou.

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“Esse intervalo é muito importante principalmente para aquele aluno que trabalha e precisa fazer uma refeição antes de iniciar as atividades. Também no que diz respeito aos horários é importante observar que as nossas aulas passam a ter início pela manhã, não mais às 7h, mas às 7h30. Nós também acreditamos que, para uma parte dos professores e também dos alunos, será mais tranquilo chegar à universidade, considerando sobretudo o trânsito na Grande Aracaju”, destaca o pró-reitor.

Hora-trabalho + hora-aula

Ele acredita que as mudanças trazem também um aspecto que merece atenção, que é a adoção do conceito de hora-trabalho, agregado ao conceito de hora-aula, fomentando mudanças pedagógicas importantes para a graduação.

“Hora-aula é um tempo, dentro das nossas atividades de 45 minutos, em que a aula ocorre com a administração do docente. A hora-aula de 45 minutos é a exposição efetiva. Isso pode se dar no laboratório, em uma sala de aula, pode se dar em uma atividade de campo, mas essa hora-aula é complementada com 15 minutos, que nós chamamos de hora-trabalho. Esses 15 minutos são compostos de atividades que o docente indicará no início do curso, para que os alunos possam realizar em casa ou em outro ambiente que ele indique. É importante deixar claro que não estamos falando de atividades que o aluno escolherá por conta própria, mas de atividades que são indicadas pelo docente para que o aluno as realize. Essa hora-trabalho entra também na carga horária total de atividades do docente e do curso”, explica.

“A hora-trabalho, essa fração de 15 minutos que passa a compor as aulas, pode ser desenvolvida com leituras programadas, levantamento bibliográfico, pesquisa documental, resenhas, são atividades que o estudante realizará a partir de indicação do docente, dentro de um planejamento discriminado no SIGAA. Isso a partir do período 2024.1, que inicia em maio de 2024”, conclui Dilton.

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Construção da proposta

Todas essas alterações foram instituídas a partir de um Grupo de Trabalho instituído pelo Gabinete do Reitor e destinado a desenvolver a proposta de regularização dos calendários acadêmicos.

“O Grupo de Trabalho teve a participação da Adufs, Sintufs, DCE e diretores dos centros dos campi que operam com o calendário semestral, além de STI e equipe técnica da Prograd. Todos os envolvidos foram representados, a proposta foi aprovada por unanimidade. Esse novo horário vale para os campi que operam com horário semestral. Lagarto e Glória não são atingidos pela mudança”, lembra Dilton.

“O conjunto de transformações que a minuta propõe é positivo. É uma comunidade diversa, ampla, tivemos muito cuidado ao pensar em um modelo que não viesse a prejudicar alunos e nem professores”, complementa.