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A coleta de informações, manipulação e assassinatos têm sido atribuídos aos serviços de espionagem russos, e países latino-americanos são considerados peças-chave para o êxito dessas atividades.

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Informa O Estadão:

São através dos passaportes destes países, obtidos com facilidade e vistos como “simpáticos” no mundo, que os russos se camuflam em uma “vida comum”, onde casam, têm filhos, um emprego simples, à espera da oportunidade de servir ao Kremlin. O método, considerado ilegal, mas amplamente utilizado por diversos países, acontece em paralelo a outras formas de coletar informações, como espionagem cibernética e o trabalho realizado por diplomatas.

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William Courtney, ex-assessor especial do governo Bill Clinton para assuntos da Rússia e membro do centro de estudos americano Rand Corporation, afirmou que a ameaça representada pela espionagem russa atualmente pode ser maior do que durante a Guerra Fria.

Segundo Angelo Segrillo, historiador e professor da USP, a prática de espionagem tem sido utilizada por diversos países ao longo da história, aproveitando-se de brechas na burocracia para obter cidadania nas nações da América Latina, bem como da pluralidade da sociedade desses países, que contam com grandes comunidades de imigrantes, e da simpatia que tais países desfrutam no exterior. Segrillo também afirmou que, ao chegar nos Estados Unidos com um passaporte russo, há muito mais desconfiança do que se chegasse com um passaporte brasileiro.