O edifício-sede do Supremo Tribunal Federal, patrimônio histórico dos brasileiros e da humanidade, foi severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas. Lamentavelmente, o mesmo ocorreu no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. As sedes dos três poderes foram vilipendiadas.

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O Brasil viveu neste domingo – 8 de janeiro de 2023 – uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia.

Desde que o ato foi anunciado, mantive contato com as autoridades de segurança pública, do Ministério da Justiça e do Governo do Distrito Federal. Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros da Corte, que acompanharam os episódios com imensa preocupação.

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O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído.

A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito.

Ministra Rosa Weber,
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

TV Globo ⏐ Reprodução

O ministro do STF e presidente do TSE Alexandre de Moraes postou há pouco no twitter:

Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos. O Judiciário não faltará ao Brasil!

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Perfil oficial no Twitter ⏐ Reprodução

Informa o jornalista Lauro Jardim, de O GloboAnielle Franco seria empossada ministra da Igualdade Racial numa cerimônia marcada para as 16h de segunda-feira no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Mas o evento acaba de ser cancelado e não tem data para acontecer. A razão da mudança de planos, claro, foi o terrorismo que varreu Brasília neste domingo (incluindo o próprio Planalto).

Em resposta aos ataques antidemocráticos praticados em Brasília por bolonaristas extremistas neste domingo (8/1), a Advocacia-Geral da União protocolou no Supremo Tribunal Federal um pedido de diversas medidas judiciais, entre elas a prisão do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que está nos Estados Unidos e teve sua exoneração anunciada neste domingo.

Torres está na mira por causa de sua postura em relação às movimentações golpistas que culminaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, após hordas de manifestantes romperem bloqueio da Polícia Militar do DF na Esplanada dos Ministérios.

Anderson Torres foi ministro de Bolsonaro e era secretário de Segurança do DF – Elaine Menke/Câmara dos Deputados

A atuação levou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a anunciar a exoneração de Torres do cargo. E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto de intervenção federal na segurança pública do DF, para tentar conter os atos golpistas.

Ao STF, a AGU pediu a prisão em flagrante de todos os envolvidos nos atos criminosos, inclusive o secretário de Segurança Pública do DF. Requereu também a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país e a dissolução de ocupações nas imediações de quartéis e outras unidades militares.

A AGU alega na petição que os ataques contaram com “manifesta passividade e indício de colaboração ilegal de agentes públicos”.

O documento ainda tem pedido de apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos. Ao longo do final de semana, foi noticiada a chegada de cerca de 80 ônibus repletos de bolsonaristas a Brasília.

Por fim, a AGU também acionou o Supremo para obrigar que as redes sociais suspendam a monetização de perfis e transmissões de usuários que possam promover, de algum modo, atos de invasão e depredação de prédios públicos.

Clique aqui para ler a petição da AGU

O procurador-geral da República, Augusto Aras, monitora e acompanha com preocupação os atos de vandalismo a edifícios públicos que ocorrem em Brasília neste domingo (8).

Aras mantém contato permanente com as autoridades e tem adotado as iniciativas que competem à instituição para impedir a sequência de atos de violência.

https://twitter.com/ALendaDePassos/status/1612174805138132992?s=20&t=8yqcySnZjJYv9ULNSFLT4g
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Entre as providências tomadas no dia de hoje, o procurador-geral requisitou à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) a imediata abertura de procedimento investigatório criminal visando a responsabilização dos envolvidos e colocou a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea) da PGR à disposição do órgão a fim de preservar gravações e postagens que possam levar à identificação dos infratores.

Além disso, Augusto Aras manteve contato com o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Georges Seigneur, para que atue no controle externo da atividade policial no DF.

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O Fórum Nacional de Governadores ofereceu o envio de policiais para ajudar na recuperação da segurança na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. A entidade fez uma reunião de emergência na tarde de hoje (8), após extremistas invadirem as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para pedir a anulação das últimas eleições presidenciais.

O encontro reuniu tanto governadores como secretários estaduais de Segurança Pública. O Fórum Nacional de Governadores também emitiu uma nota de repúdio aos atos antidemocráticos na área central de Brasília.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Leia a nota da entidade:

“O Fórum Nacional de Governadores externa sua absoluta repulsa ao testemunhar os gravíssimos e inaceitáveis episódios registrados hoje no Distrito Federal, os quais revelam a invasão da Praça dos Três Poderes, seguida da ilegal vandalização das dependências do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal por manifestantes golpistas, irresignados com o resultado das eleições legitimamente encerradas no País, e publica a presente nota de apoio à democracia, condenando quaisquer atitudes violentas e posturas irresponsáveis que ponham em risco a integridade do estado democrático de direito.

As governadoras e os governadores brasileiros, colocando-se à disposição para o envio de forças militares estaduais destinadas a apoiar a situação de normalidade nacional, exigem a apuração das origens dessa movimentação absurda e a adoção de medidas enérgicas contra os extremistas e aqueles que permitiram, por negligência ou conveniência, tal situação, bem como a subsequente penalização de seus responsáveis.”

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Um grupo de manifestantes bolsonaristas invadiu na tarde deste domingo (8/1) o prédio do Supremo Tribunal Federal e promoveu um quebra-quebra na sede da principal corte da Justiça brasileira. O plenário do STF foi destruído pelos golpistas, que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022 e pedem um golpe militar no Brasil.

Minutos antes da invasão ao Supremo, os golpistas haviam invadido e depredado também o Congresso Nacional, após romper barreiras de proteção instaladas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Formado por centenas de pessoas, o grupo entoava palavras de ordem e carregava cartazes pedindo o golpe militar.

Depois da invasão ao Congresso, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. A Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes golpistas, que revidaram com rojões.

Houve também invasão ao Palácio do Planalto, o local de trabalho do presidente da República. Vídeos feitos pelos próprios invasores mostram os vários danos causados por eles. Alguns golpistas conseguiram chegar até mesmo ao andar em que fica o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Força Nacional
Horas antes da invasão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, havia autorizado o emprego da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na capital federal, entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Praça dos Três Poderes. Segundo a pasta, a medida foi adotada “em razão das manifestações políticas no centro da capital federal”.

O objetivo era garantir a ordem pública e os patrimônios públicos e privados, “em caráter episódico e planejado, nos dias 7, 8 e 9 deste mês de janeiro”, em meio à chegada de alguns ônibus com manifestantes contrários ao resultado das eleições. 

A invasão dos golpistas às sedes dos Três Poderes da República foi precedida por um final de semana de grande movimentação de manifestantes em direção a Brasília. Veículos de informação noticiaram a chegada de cerca de 80 ônibus, em momento em que os acampamentos em frente aos prédios militares começaram a serem desmontados. Com informações da Agência Brasil.

Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, durante o lançamento do Programa Nacional de Apoio à Aquisição de Habitação para Profissionais da Segurança Pública 13.set.2021 — Wilson Dias/Agência Brasil

Informa O Povo, do Ceará → O governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, na tarde deste domingo, 8. Torres foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu governo. A medida ocorre após extremistas invadirem o Supremo Tribunal Federal, Congresso e Planalto.

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Jean-Manuel Nédra, que pertence ao Aiglon du Lamentin, foi detido no aeroporto de Roissy-Charles-de-Gaulle, em Paris, ao ser flagrado, com a namorada, carregando cerca de 100kg de cocaína na bagagem. A informação foi publicada pelo diário L’Equipe, no último dia 6.

Segundo o jornal, o atleta tinha 50,7kg da droga em sua mala. Já a mulher que estava com Jean-Manuel carregava outros 53kg de cocaína. O casal havia realizado uma viagem a Martinica, no Caribe, mas foram detidos ao chegarem ao país.

Nédra foi preso de maneira preventiva. Por outro lado, a namorada do atleta acabou sendo liberada sob vigilância judicial. O Aiglon du Lamentin emitiu um comunicado oficial a respeito das investigações.

“Sejamos mais fortes do que nunca e unidos para continuar o nosso trabalho de educação através do desporto, para lutar contra este flagelo, para proteger e alertar os nossos jovens para os riscos, consequências e abusos deste ambiente”.

Informa O Estadão → Manifestantes invadiram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde deste domingo, 8, em um ato que pediu intervenção das Forças Armadas e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro também se dirigiram ao Palácio do Planalto e invadiram o prédio, depredando tudo por onde passam.

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Os envolvidos em atos de vandalismo ultrapassaram barreiras policiais, arrancaram alambrados e não se intimidaram com as bombas de gás que foi usada pelo patrulhamento que estava na área. 

No Congresso, os manifestantes que pregam a ruptura constitucional subiram a rampa e entraram pelo salão negro. Outra parte do grupo de invasores seguiu para o Supremo. Vídeos mostram o momento em que o plenário da Corte foi ocupado e começou a ser depredado.

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