O Tribunal de Justiça de Sergipe – por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude –, o Ministério Público de Sergipe – por meio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos da Infância e Adolescência –, a Defensoria Pública do Estado de Sergipe – por meio do Núcleo da Criança e do Adolescente – e a Polícia Civil – por meio do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis – DAGV – lançaram nesta quarta-feira, 05, a Campanha “Proteger é dever de todos”. O intuito é conscientizar a população para denunciar a violência contra crianças e adolescentes, através dos canais Disque 100 Direitos Humanos Nacional e Disque 181 Denúncia Polícia Civil.

A Campanha traz como identidade visual a utilização de emojis (ou emoticons) que são representações gráficas usadas para transmitir uma ideia, emoção ou sentimento. Esses símbolos são muito populares em comunicações on-line, como nas redes sociais e aplicativos de comunicação instantânea, a exemplo do WhatsApp. O intuito é utilizar uma linguagem que seja compreendida por todos, especialmente pelo público infantojuvenil, para que ele seja protagonista da Campanha e também denuncie.

“Precisamos somar esforços para promover a veiculação dos canais de denúncia, favorecendo a divulgação dos meios de notificação e criando uma linguagem facilmente acessível. A criança e o adolescente precisam ter lugar de fala e os mecanismos de fomento ao combate e à erradicação da violência infantojuvenil precisam ser facilmente acessados e efetivamente priorizados pelo Estado. Por isso, e para dar maior visibilidade, após reunião de iniciativa da Corregedoria do Tribunal de Justiça, pensamos na concepção e lançamento conjunto dessa Campanha com instituições parceiras e que efetivamente estão comprometidas com a causa da infância e juventude. A ideia convergiu perfeitamente com a proposta também apresentada pelo Ministério Público, através da Dra. Talita, e daí partimos para reunir todos os atores”, destacou a Juíza Coordenadora da Infância e Juventude do TJSE, Iracy Mangueira.

Segundo a Promotora de Justiça e Diretora do CAOp dos Direitos da Infância e da Adolescência do MPSE, Talita Cunegundes Fernandes da Silva, a violência contra crianças e adolescentes no Brasil é um grave problema social e cultural, e precisa ser enfrentado por todos. “O Poder Público e a sociedade civil têm o dever de zelar pela vida e integridade das pessoas em desenvolvimento. Os atos de agressão deixam graves sequelas emocionais e físicas que se arrastam pela vida adulta da vítima. A pandemia aumentou os casos de violência no ambiente doméstico e as medidas de restrição determinaram o distanciamento social de crianças e adolescentes do ambiente escolar e da convivência comunitária, ficando a vítima mais tempo com o agressor em ambiente doméstico e até virtual. A violência pode ser prevenida. O Ministério Público do Estado de Sergipe continua trabalhando e recebendo as denúncias enviadas pelo Disque 100, que são encaminhadas com prioridade aos Promotores de Justiça da Infância e Juventude. Com nossas ações individuais poderemos interromper o ciclo de agressões físicas, psicológicas e institucionais, promover medidas contra o agressor e salvar vidas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social. Proteger é dever de todos”, ressaltou.

Para a Subcorregedora e Diretora do Núcleo da Criança e do Adolescente da Defensoria Pública, Andreza Tavares Almeida Rolim, é preciso orientar a criança e o adolescente para que saibam diferenciar situações afetuosas de situações abusivas e violentas. “Como destinatários de uma violência tão agressiva, seja ela física, psicológica ou sexual, eles precisam conhecer para combater. Impedir que a violência aconteça ou se prolongue no tempo é dever de todos nós. A família, a sociedade e o poder público precisam estar unidos no combate a esse mal que assola nosso estado, nosso país. A denúncia é a melhor forma de estancar essa violência e de salvar vidas. Denuncie!”, completou.

“Essa Campanha é essencial e oportuna, porque reforça a importância da denúncia para que a polícia e demais órgãos de proteção possam atuar e coibir a prática de violência contra crianças e adolescentes. Neste cenário de pandemia, o fato de as crianças estarem mais em casa, com a família, não significa necessariamente que estejam protegidas da violência, isso porque a maioria das agressões e abusos acontece no âmbito doméstico. A Polícia Civil do Estado de Sergipe vem atuando de forma célere e eficaz no combate a esses crimes e continua trabalhando presencialmente durante a pandemia”, reforçou a Diretora do DAGV, Mariana Diniz.

Legislação

O artigo nº 227 da Constituição Federal estabelece que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao lazer e à profissionalização, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

O Estatuto da Criança e do Adolescente também assegura no artigo 18 que “é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.

A Lei 13.010/2014 destaca que “a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los”.

Violência na pandemia

A maior parte da violência praticada contra crianças e adolescentes ocorre dentro da própria residência. Em razão da pandemia houve um aumento nos números de casos, tendo em vista que a vítima permanece mais tempo isolada em seu lar com o agressor.

O fechamento das escolas e de muitos espaços de convívio social, a sobrecarga de trabalho dos pais e as dificuldades econômicas enfrentadas (desemprego, declínio da renda, entre outros) são fatores que contribuem para exposição de crianças e jovens à violência.

Estatisticamente, as denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Brasil caíram 12% durante os meses da pandemia em 2020, em comparação ao mesmo período do ano de 2019. Segundo dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, foram registradas 26.416 denúncias pelo canal “Disque 100”, entre março e junho de 2020, contra 29.965 no mesmo período de 2019.

Na atual crise sanitária que o país enfrenta, os números obtidos pelos órgãos de controle mostram uma redução nas denúncias ocorridas nesse período, que pode ter como uma das justificativas a subnotificação possivelmente ocasionada pelo não funcionamento das escolas e creches, pois os educadores e cuidadores são grandes atores das denúncias.

Tipos de violência

Embora a violência física contra crianças e adolescentes seja a mais comum ou conhecida, ela não é a única. O público infantojuvenil pode ser alvo de outros tipos de violência: psicológica – agressões verbais, ameaças, humilhações, desvalorização, estigmatização, desqualificação, rejeição e isolamento, ocasionando sofrimento psíquico; e sexual – abuso ou exploração de crianças e adolescentes, com a intenção ou não de obter vantagem financeira.

Além disso, também se caracterizam como violência: negligência e abandono; pornografia infantil; tortura; trabalho infantil; tráfico de crianças e adolescentes; aliciamento sexual de menores; bullying cyberbullying.

Como denunciar

Fique alerta e escute a criança, preste atenção aos detalhes, observe mudanças de comportamento, não se omita. Se você testemunhar, souber ou suspeitar de alguma criança ou adolescente vítima de negligência, violência, exploração ou abuso, denuncie! É anônima e gratuita. A sua denúncia pode salvar a vida de uma criança ou de um adolescente!

Disque 100 – Disque Direitos Humanos Nacional – funciona 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização, de acordo com a competência e as atribuições específicas, priorizando o Conselho Tutelar.

Além do número de telefone, é possível fazer a denúncia por meio dos seguintes canais:

• envio de mensagem para o e-mail disquedireitoshumanos@sdh.gov.br

• crimes na internet através do portal www.disque100.gov.br

• Ouvidoria online www.humanizaredes.gov.br/ouvidoria-online/

• ligação internacional +55 61 3212.8400

Disque 181 – Denúncia Polícia Civil – funciona com uma central de atendimento unificada, formada por profissionais treinados e capacitados que trabalham em regime de 24 horas para atender à população. Toda denúncia registrada é encaminhada para uma equipe de analistas composta por um integrante da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

A Covid-19 matou, nesta quarta-feira, o comunicador e treinador de futebol Ribeiro Neto.

Estava internado em um um hospital localizado em Aracaju.

É mais uma enorme perda, a perda de um grande homem e profissional.

francisco ribeiro neto
Ribeiro Neto

NOTA DE PESAR DA ACDS

A Associação dos Cronistas Desportivos de Sergipe (ACDS) manifesta profundo pesar pelo falecimento do cronista esportivo Porfirio Ribeiro Neto, 70 anos.

Natural de Itabuna-BA, Ribeiro Neto mudou-se ainda na infância para o Rio de Janeiro, onde iniciou a vida esportiva como jogador na divisão de base do Vasco e, em seguida, do Flamengo.

Como treinador, marcou época no futebol sergipano, em especial com os títulos estaduais de 1983 (Confiança), 1991 (Sergipe) e 2007 (América).

No rádio esportivo, ele se destacou como comentarista das equipes esportivas das rádios Jornal e Aperipê. Ribeiro também era cantor e compositor. 

Respeitosamente, a ACDS decreta luto oficial, presta solidariedade à família enlutada e se coloca à disposição.

VELÓRIO

O velório de Ribeiro foi liberado pelos médicos, já que ele não estava mais com Covid-19, mas com sequelas da doença. O velório acontece na sede da Osaf, no Centro de Aracaju e o sepultamento está marcado para o final da tarde no Cemitério Santa Isabel, também na capital.

FSF lamenta morte do técnico Ribeiro Neto

É com profundo pesar que a Federação Sergipana de Futebol (FSF) recebeu, na manhã desta quarta-feira (05/05), a notícia do falecimentos do técnico de futebol e cronista esportivo, Ribeiro Neto de 70 anos. Ribeiro estava internado no hospital Renascença e faleceu após complicações provocadas pela Covid-19.

A entidade informa que decretou três dias de luto. Natural de Itabuna na Bahia, Ribeiro Neto se destacou no futebol sergipano como técnico. Ele trabalhou no Confiança, Sergipe, Itabaiana, River Plate e América de Propriá. No rádio esportivo, ele se destacou como comentarista das equipes esportivas das rádios Jornal e Aperipê. Ribeiro residia há 45 anos em Sergipe e também era cantor e compositor.

O presidente da FSF, Milton Dantas e todos os funcionários da entidade lamentam a morte do desportista e se solidarizam com todos os familiares e amigos.

cpi covid pandemia senado 4 mai 2021
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia – Marcos Oliveira/Agência Senado

Na CPI da Covid, no Senado Federal, requerimento pede apuração sobre o pagamento de servidores de todos os Estados do Brasil.

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), autor do requerimento, quer saber se recursos federais, com destinação específica para o combate à Covid-19, foram utilizados para o pagamento de servidores nos Estados.

Sergipe está na lista dos possíveis Estados investigados.

coronavirus
Ilustração criada pelo CDC revela a estrutura morfológica do coronavírus – Alissa Eckert, Dan Higgins / CDC

A Covid-19 matou quatro pessoas de uma mesma família.

No município de Boquim, nos últimos 30 dias, morreram quatro pessoas de uma mesma família vítimas do novo coronavírus.

A 4ª vítima morreu nesta quarta-feira, 5.

Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em abril podem sacar, a partir de hoje (5) a primeira parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro havia sido depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 13 de abril.

Os recursos também poderão ser transferidos para uma conta corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro podia ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.

Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.

auxilio emergencial
Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.

Neste ano, a nova rodada de pagamentos, durante quatro meses, prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.ebcebc

Regras

Pelas regras estabelecidas, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial.

Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.

Nesta quarta-feira, 5, o deputado federal Valdevan Noventa (PL) concedeu entrevista à rádio Jornal FM (91,3).

Na entrevista, o deputado confirmou sua pretensão de disputar vaga para o Senado nas eleições de 2022.

Valdevan disse que tem o compromisso de “mais de 25 prefeitos” de apoio `sua pretensão.

Continua aumentando número de óbitos por Covid-19 em Sergipe.

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Cerca de 20 mil testes foram realizados nas zonas urbanas e rurais de 15 municípios sergipanos – Josafá Neto/Rádio UFS

O site “Metrópoles” informa nesta quarta-feira, 5:

O pico da segunda onda já ficou para trás em 23 estados e no Distrito Federal. A análise é baseada na média móvel de mortes por Covid-19. Apesar de diferenças nas curvas entre cada Unidade da Federação, todas eles têm em comum uma queda recente e sustentada no indicador.

Depois do AM, a quantidade de óbitos disparou em todo o Brasil, e a média móvel de mortes superou o pico da primeira onda em todos os estados, com exceção do Pará, de Pernambuco e de Sergipe. Nesses dois últimos, entretanto, o indicador ainda está em crescimento.

Mais de 500 mil unidades de medicamentos de Intubação Orotraqueal (IOT) já estão sendo distribuídos para 14 estados e Distrito Federal pelo Ministério da Saúde. A maior parte dos lotes com os chamados “kit intubação” foram doados ao Brasil pelo Governo da Espanha e irá apoiar os esforços nacionais no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Sergipe recebe 12.900 doses da vacina.

É de 1,03 a taxa de transmissão do novo coronavírus em Sergipe. Ou seja, cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 103.

O recomendável é que o índice esteja abaixo de 1.

O levantamento foi feito por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC), do Rio de Janeiro, e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo.

Os ouros Estados com taxa superior a 1 são: Maranhão (1,11), Rio de Janeiro (1,08), Pernambuco (1,05) e Roraima (1,02).

Em assembleia unificada realizada na tarde da terça, dia 04, os professores e professoras da rede estadual e das 74 redes municipais (os docentes de Aracaju são filiados ao Sindipema) decidiram entrar em greve contra as aulas presenciais, em defesa da vida, por testagem dos estudantes e por condições sanitária nas escolas.

Com isso não vão iniciar as aulas presenciais previstas para o dia 10 de maio para o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, no caso da rede estadual, e na situação das redes municipais de quaisquer turmas, pois o decreto liberou os prefeitos e prefeitas a escolherem as modalidades a serem iniciadas. O sindicato espera que os gestores municipais não iniciem as aulas presenciais, continuem com as aulas remotas e garantam as condições necessárias para que elas sejam ministradas pelos educadores e acessadas pelos estudantes.

O sindicato também realizará um ato, no dia 10 de maio a partir das 8h, em frente a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura. Com relação as aulas remotas elas continuarão sendo ministradas.

Os professores e professoras também autorizaram o sindicato a impetrar ação judicial para impedir o início das aulas presenciais. A assessoria jurídica do SINTESE já está preparando os procedimentos para dar entrada na ação.

O sindicato também exige a participação no comitê científico para entender os motivos que levaram o comitê a decidir pelo retorno quando temos 98% de ocupação (nas redes pública e privada) dos leitos de UTI.

reuniao sintese greve 4 mai 2021
Divulgação

“Até o momento, não nos foi apresentada nenhuma justificativa científica que corrobore o retorno das aulas presenciais, quando vivemos o momento mais difícil da pandemia, com ocupação máxima de leitos de UTI, sem perspectiva de quando os trabalhadores da Educação (professores e funcionários) serão vacinados, sem testagem em massa dos estudantes e sem condições sanitárias e até mesmo de pessoal nas escolas. A decisão da assembleia é uma defesa da vida e não somente a dos professores e professoras, mas dos trabalhadores das escolas, dos estudantes e de suas famílias”, afirma a presidenta do SINTESE, Ivonete Cruz.

A fala da dirigente é corroborada pela Resolução nº 2 de 10/12/2020 do Conselho Nacional de Educação – CNE que aponta as diretrizes para o retorno seguro das aulas presenciais (confira a resolução AQUI).

“O que mais queremos é retornar às escolas que trabalhamos para ministrarmos nossas aulas, mas não podemos deixar de lado que para isso acontecer são necessárias que diversas medidas de segurança sejam tomadas e essas ações não são pontuais, devem ser contínuas, devem fazer parte de uma política séria, queremos que todos e todas sejam protegidos e não fiquem expostos, aulas podem ser recuperadas, vidas não”, explica o vice-presidente do SINTESE, Roberto Silva dos Santos.

Dados do Censo Escolar apontam que em 2020 foram matriculados aproximadamente 44 mil estudantes no 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, isso sem contar os trabalhadores da Educação e as famílias, estamos falando de dezenas de milhares de pessoas que de forma deliberada seriam expostas ao vírus.

Propaganda enganosa

Os professores e professoras das escolas estaduais também denunciaram a propaganda enganosa do governo do Estado que afirma ter distribuído acesso à internet para professores e estudantes. Essa não é a realidade da maioria das escolas. Há relatos de que os estudantes sequer têm aparelhos celulares e, com isso, não teriam condições de baixar o aplicativo e ter acesso às aulas.

O Estado e os municípios não proporcionaram aos docentes, as condições de trabalho para ministrar aulas. As despesas aumentaram (com compra de equipamentos, conta de energia elétrica, entre outros) e não houve sequer uma compensação financeira. Desde o ano passado que o sindicato busca com a Seduc e com prefeituras um auxílio financeiro para minimizar os custos e até o momento não houve resposta de nenhum dos gestores.

Na última audiência com a Seduc ocorrida no dia 03 de maio, o secretário Josué Passos somente ouviu, mais uma vez, qual era a pauta mas, não houve debate ou discussão por parte dos demais representantes da Seduc, só disse que responderia por ofício (até o encerramento da assembleia o documento não tinha chegado ao sindicato).

Outro aspecto abordado na assembleia pelos professores e professoras é que a falta de condições de trabalho e o aumento exponencial do mesmo em decorrência das aulas remotas têm causado um aumento no adoecimento dos docentes.

“Exige-se demais dos professores, mas condições? ZERO! Só cobranças a todo momento! Mas não se pensa em algo realmente eficiente e que ajude o professor e as famílias dos nossos alunos” afirma a professora Cristiane Silvina.