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Médicos e pesquisadores ouvidos pelo Globo disseram que perderam a esperança na possibilidade de diálogo com o Ministério da Saúde.

Afirmam não ver perspectiva de melhora no combate à Covid neste governo.

Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus Marcio – Foto: James / Semcom

Na revista médica “The Lancet“, publicou artigo o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, que coordena pesquisa nacional sobre prevalência da Covid-19. Segundo ele, se o Brasil tivesse tido um desempenho apenas “mediano” no combate ao vírus, mais de 150 mil vidas teriam sido salvas:

“A população brasileira representa 2,7% da população mundia. Se o Brasil tivesse tido 2,7% das mortes globais de Covid-19, 56.311 pessoas teriam morrido.

Contudo, em 21 de janeiro, 212.893 pessoas já tinham morrido de Covid-19 no Brasil. Em outras palavras, 156.582 vidas foram perdidas no país por subdesempenho.”

O pesquisador teve verba federal para seu projeto retirada em agosto e o nome vetado por Bolsonaro para ser reitor.

A sanitarista Ligia Bahia, da Fiocruz, defende o Impeachment do presidente:

“A ideia da ruptura, num país tão sofrido quanto o nosso, causa sofrimento.

Mas neste momento a gente não tem outra alternativa a não ser a ruptura institucional. Nós, profissionais de saúde, estamos batalhando pelo impeachment.”