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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar à médica Daniele Barreto, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o advogado José Lael de Souza Rodrigues Júnior, ocorrido em outubro de 2024. No mesmo ataque, o filho da vítima também foi baleado, mas sobreviveu.

José Lael e Daniele Barreto
José Lael e Daniele Barreto – Redes sociais|Reprodução

Segundo o advogado de defesa Claudio Dalledone Júnior, a decisão judicial também estabelece outras medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico em juízo e proibição de contato com outros acusados no processo.

Daniele estava presa desde novembro do ano passado e havia sido transferida para o Presídio Feminino em Nossa Senhora do Socorro em 10 de janeiro deste ano. Além dela, outros seis suspeitos de envolvimento no crime permanecem detidos.

Em entrevista concedida ao Jornal da Fan na manhã desta quinta-feira (15), o advogado de Daniele fez declarações contundentes sobre o caso, afirmando que “Lael foi o artífice do seu próprio extermínio” e garantindo que comprovará que sua cliente não foi a mandante do crime.

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A defesa argumentou ao STF que a acusada era vítima de violência doméstica, apresentando provas que indicariam um histórico de agressões. “Ela tinha seu ir e vir cerceado, apanhava, era estrangulada”, relatou o advogado.

O advogado da família da vítima, Guilherme Maluf, informou que ainda vai se inteirar dos fatos e posteriormente se pronunciará sobre a decisão que concedeu a prisão domiciliar.

Dinâmica do crime

José Leal foi morto em uma emboscada a tiros no dia 18 de outubro de 2024, em Aracaju, enquanto voltava para casa no bairro Jardins. Ele havia saído para comprar açaí a pedido da esposa. Durante o trajeto, o advogado e o filho foram seguidos por um veículo Polo branco, que coordenava dois homens em uma motocicleta.

As investigações indicaram que os criminosos aguardavam o momento exato para agir, utilizando informações privilegiadas sobre a rotina da vítima.

Câmeras de segurança foram determinantes para desvendar o caso. As imagens mostram o carro estacionado em frente ao condomínio de José Leal, monitorando sua saída. Segundo a delegada Juliana Alcoforado [veja mais abaixo], os veículos envolvidos já circulavam pela área antes do crime e agiram com precisão no instante em que o advogado pegava o elevador para sair com o carro.

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No ataque, seu filho também foi atingido, mas sobreviveu. A motivação do crime, segundo as investigações, estaria relacionada a desconfianças envolvendo Daniele Barreto, além de questões financeiras em torno de um possível divórcio.

O caso ganhou ampla repercussão nacional, destacando o uso de imagens de segurança como prova central na apuração do crime.

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