O colunista Carlos Madeiro, em artigo publicado neste sábado (16) no portal UOL, recapitula o caso que culminou na prisão da cirurgiã Daniele Barreto, apontada pela polícia como a mandante do assassinato de seu marido, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Junior, de 42 anos.
O crime ocorreu em 18 de outubro, em Aracaju, e inicialmente foi tratado como uma possível execução relacionada à atuação profissional da vítima. Novas evidências, entretanto, mudaram o rumo das investigações.
Polo branco
Imagens de câmeras de segurança foram cruciais para desvendar o caso. Elas mostram um veículo Polo branco estacionado em frente ao condomínio de Lael, aguardando o momento exato em que ele e o filho, Guilherme Rodrigues, 20 anos, saem para comprar açaí a pedido de Daniele.
Neste momento, o carro segue as vítimas e, no trajeto, orienta dois homens em uma moto, resultando no assassinato de Lael ao retornar para casa, no bairro Jardins. Guilherme também foi baleado, mas sobreviveu a emboscada.
Segundo a delegada Juliana Alcoforado, “os veículos envolvidos na ação já estavam circulando pelas imediações, e somente pararam junto ao portão de entrada e saída de veículos do prédio no exato instante em que o advogado tomava o elevador para pegar o veículo”. O sincronismo levantou suspeitas, sugerindo que o autor intelectual do crime sabia detalhes da rotina da vítima.
Sepultamento
O comportamento de Daniele chamou atenção da polícia e de familiares. Rosane Rodrigues, irmã de Lael, relatou que Daniele não compareceu ao sepultamento do marido e, em vez disso, foi ao cabeleireiro no mesmo dia. Rosane ainda afirmou que a viúva mandou limpar sofás e cadeiras da casa para eliminar vestígios do marido.
A delegada também revelou que a relação do casal estava estremecida, com suspeitas de um caso extraconjugal envolvendo Daniele, o que teria motivado uma discussão entre eles na véspera do crime.
Presos
As investigações apontam que Daniele contou com o auxílio de uma amiga e da secretária para contratar os pistoleiros. O caso foi classificado pela polícia como crime passional. Todos os envolvidos, incluindo a cirurgiã, encontram-se presos, à disposição da Justiça.
Este espaço permanece aberto para manifestações das partes interessadas sobre o assunto.
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