MP de Goiás

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), com apoio da Polícia Militar de Goiás, do Cyber Gaeco do Ministério Público de São Paulo e dos Gaecos dos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio de Janeiro, deflagrou hoje (28/11) a Operação Penalidade Máxima III com a finalidade de cumprir 10 mandados de busca e apreensão em 8 municípios de 5 estados visando a apurar a prática de condutas ilícitas que podem configurar organização criminosa para fraudar resultados de partidas de futebol (crimes previstos na Lei nº 12.850/13 e nos arts. 198 e 199 da Lei Geral do Esporte).

Cumprimento de diligência em Goiânia – MPGO

Estão em investigação possíveis fraudes nos resultados das seguintes partidas:

  1. Flamengo x Avaí, pela Série A de 2022;
  2. Náutico x Sampaio Corrêa, pela Serie B de 2022;
  3. Náutico x Criciúma, pela Série B de 2022;
  4. Goiânia x Aparecidense pelo Campeonato Goiano de 2023;
  5. Goiás x Goiânia, pelo Campeonato Goiano de 2023;
  6. Nacional x Auto Esporte, pelo Campeonato Paraibano de 2023;
  7. Sousa x Auto Esporte, pelo Campeonato Paraibano de 2023.

As partidas dos campeonatos nacionais são referentes ao segundo turno. As dos estaduais ocorreram em janeiro e fevereiro.

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Os mandados, expedidos pelo juízo da 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores, estão sendo cumpridos nos municípios de Goiânia (GO), Bataguassu (MS), Campina Grande (PB), Nilópolis (RJ), Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e Votuporanga (SP).

A operação de hoje é desdobramento das Operações Penalidade Máxima I e II, deflagradas em fevereiro e abril de 2023, respectivamente, e que resultaram, até o momento, no oferecimento de 3 denúncias recebidas pelo Poder Judiciário, com 32 pessoas acusadas de crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.

O MPGO investiga condutas em que grupo criminoso visava aliciar jogadores profissionais com oferta de valores financeiros elevados para realização de eventos como punição com cartão amarelo, vermelho, cometimento de pênalti ou placar parcial na partida, o que viabilizava aos seus integrantes obter lucros em sites de apostas esportivas.

Texto e foto: Gaeco / Edição: Ascom MPGO