NE Notícias

Alvos da Operação Ragnarok, deflagrada pela Polícia Federal, foram presos e já estão em liberdade.

São eles: Luiz Henrique Ramos, Paulo de Tarso e a dona da Hempcare, Cristiana Prestes.

Os delegados não pediram a prorrogação da prisão.

Arquivo

1 – em depoimento à Polícia Civil da Bahia, Cristiana Peres, da Hempcare, disse que as tratativas foram acompanhadas pelo Governo da Bahia. Ora, e o Governo de Sergipe, que também adiantou recursos, não participou?

2 – Cristiana, segundo a imprensa de Natal e Salvador, disse à polícia da Bahia que REPASSOU a intermediador (ou intermediadores) R$ 12,4 milhões para fazer a ponte entre ela e o Consórcio Nordeste.

Informa Bahia Noticias: A empresária afirmou que emitiu uma nota como tendo sido prestado um serviço de “consultoria”, apesar de afirmar que sabia que não seria esse o serviço.

O Governo de Sergipe não fez acompanhamento? NE Notícias está apenas perguntando.

O jornal Tribuna do Norte, de Natal (RN), informa que “ela (Cristiana) emitiu notas fiscais para comprovar os pagamentos”.

Ainda de acordo com o jornal, Cristiana, à polícia, afirmou que quase R$ 10 milhões foram destinados a ela e seu sócio pela tratativa com o Consórcio“.

Segundo o jornal potiguar, Cristiana informou que equipamentos (respiradores) chineses poderiam ser trocados por brasileiros, SEM QUE ISSO FOSSE FORMALIZADO EM CONTRATO.

Tribuna do Norte: “(… ) o depoimento de Cristiana revela que acordos foram embutidos no valor dos aparelhos, SEM QUE TENHAM SIDO ESPECIFICADOS NO PACTO FECHADOS ENTRE OS ESTADOS E O CONSÓRCIO NORDESTE.

Tribuna do Norte: Pelo que a empresária falou, R$ 22,4 MILHÕES FORAM DESTINADOS A LUCRO E COMISSÕES PELA TRANSAÇÃO PARA COMPRA DOS RESPIRADORES PARA QUE OS ESTADOS DO NORDESTE, incluindo Sergipe, COMBATESSEM A PANDEMIA, o que representa 45% dos valores públicos empenhados, ou seja, metade do que os Estados pagaram antecipadamente.

Chineses não entregaram os respiradores

Como os chineses, que receberam antecipadamente, segundo Cristiana, recursos antecipados pelo Consórcio, ou seja, pelos 9 Estados do Nordeste, incluindo Sergipe, foi feito repasse de R$ 24 milhões para que a empresa brasileira Biogeonergy entregasse 480 respiradores. O projeto dos respiradores brasileiros não foi certificado pela Anvisa.

É necessário esclarecer que participar de consórcio, e aqui estamos tratando de dinheiro público, NÃO PODE NEM DEVE ocorrer como se estivesse passando cheque em branco para seus gestores.

NE Notícias tem plena convicção de que, no caso de Sergipe (sem nenhuma acusação aos gestores dos demais Estados), o governo é conduzido por gente honrada, mas é necessário que esclarecimentos sejam dados à população.

Ao repassar os recursos, não é admissível que o governo sergipano tenha repassado sua autonomia para o Consórcio.

Os 9 Estados do Nordeste, incluindo Sergipe, pagaram R$ 48,7 milhões pela compra de 300 respiradores, que nunca foram entregues.

Essa de que Sergipe recebeu, ou está recebendo, de volta o dinheiro pago antecipadamente, não tira do Estado responsabilidade pelo que ocorreu.

NE Notícias tem plena convicção de que dinheiro sujo, de propina, não passou por Sergipe, mas a administração não comporta omissão nem muito menos confiança exagerada.

Investigação

O Superior Tribunal de Justiça determinou investigação à Polícia Federal.

Irregularidades e improbidade administrativa

O Ministério Público Federal instaurou na última terça-feira inquérito para investigar irregularidades e improbidade administrativa. As investigações são feitas em parceria com a Polícia Federal.