Raquel Passos, UNIT

Nos últimos meses, a agência federal que investe na pós-graduação e pesquisa no país, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES –, vem anunciando novas diretrizes de gestão de bolsas consideradas ociosas. O presidente da CAPES, professor doutor Anderson Ribeiro Correia, esteve em Aracaju nesta sexta-feira, 6, para ministrar palestra no Colóquio Educação sem Fronteiras à convite da Universidade Tiradentes. Com o tema ‘Pós-graduação, Educação básica e Formação de Professores – Oportunidades e Sinergias’, o gestor da CAPES apresentou dados que justificam o contingenciamento anunciado.

Professor doutor Anderson Ribeiro Correia

“Estamos fazendo um ajuste e aqueles programas que não alcançaram boa produtividade, não estão sendo renovados. Mas isso representa apenas 6% das bolsas de Pós-Graduação do País. Ou seja, os outros 94% que estão com produtividade estão sendo renovados”, explicou professor doutor Anderson Correia. Segundo ele, se a situação econômica do país evoluir, não haverá mais cortes e os que foram feitos, podem até ser revistos. “Vamos acompanhar o desenrolar dos acontecimentos, pois se tivermos bons resultados políticos no Congresso e novas reformas, conseguiremos, eventualmente, rever essas medidas e retornar ao que era antes”, afirmou o presidente da CAPES.

O reitor da Universidade Tiradentes, professor Jouberto Uchôa de Mendonça, acredita na união de esforços entre as duas únicas universidades de Sergipe para continuar contribuindo com a ciência no Estado. “Não existiria Unit se não existisse a UFS; eu mesmo sou fruto dela. Então é muito gratificante saber que os indicadores da CAPES são positivos para Sergipe justamente por conta dos esforços que realizamos de forma conjunta”, contou.

Para o reitor da Universidade Federal de Sergipe, professor Ângelo Roberto Antoniolli, é um prazer compartilhar, historicamente, produção do conhecimento com a Universidade Tiradentes. “Muitos pesquisadores das duas instituições se unem em prol do conhecimento há anos. É por isso que os indicadores de Sergipe, na pesquisa, vão bem e têm ganhado destaque nacional. Unit e UFS são parcerias na construção de um Sergipe melhor, pois são as universidades responsáveis por este desenvolvimento. O Estado precisa da Educação”, avaliou. 

Segundo o presidente da CAPES, a pesquisa coloca a indústria nacional em um patamar internacional. “Além disso, coloca o desenvolvimento do país como prioridade e o permite alcançar o desenvolvimento de primeiro mundo. Só a ciência, a educação de qualidade e a transformação disso em tecnologia que conseguirão fazer o país crescer”, disse.

Contingenciamento

Como os seis Programas de Pós-Graduação da Unit são considerados excelentes – quatro possuem nota 5 e dois são nota 4 – , a IES particular não sofreu contingenciamento. “A Universidade Tiradentes tem crescido bastante, tem criado institutos de pesquisas, tem trabalhado com patentes, com empresas privadas, com cooperação internacional e muito nos orgulha conhecer esse patrimônio brasileiro”, afirmou o presidente da CAPES.