NE Notícias

No dia 08 de outubro, o NE Notícias publicou uma matéria exclusiva mostrando que o presidente da Deso, Carlos Mello, mandou para a Agência Reguladora de Sergipe (AGRESE) uma documentação incompleta referente ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) deflagrado pela Agrese, objetivando atrair investimentos privados para a companhia de saneamento. 

Mesmo o fato tornando-se público, até o momento, 23 dias após a matéria do NE Notícias, Carlos Melo não complementou as informações requeridas pela Agência, o que torna inviável dar prosseguimento ao PMI. 

Deso (arquivo)

Vale lembrar que no dia 2 de setembro, o próprio governador Belivaldo Chagas se reuniu na Agrese com representantes de oito empresas interessadas na elaboração dos estudos de viabilidade nos serviços públicos de fornecimento de água e esgotamento sanitário nos municípios operados pela Deso, dando sua palavra de interesse na parceria. 

O NE Notícias apurou que a demora pode inviabilizar o PMI, que prevê um investimento de até R$ 2 bilhões na companhia e em obras de ampliação dos serviços de fornecimento de água e esgotamento sanitário. 

Entre os dados requeridos pela Agrese e que não foram encaminhados por Carlos Melo, estão informações comerciais, financeiras e de infraestrutura. Sem esses números, o Governo fica inviável de dar continuidade ao PMI, uma vez que as empresas deverão ter acesso às informações para realizar a modelagem jurídica, técnica e um estudo de viabilidade com uma completa análise da situação do saneamento básico do estado. 

Jorge Henrique / ASN

O presidente da DESO não esconde que não tem interesse em atrair investimentos privados. No dia da reunião com os empresários, ele fez questão de não conceder entrevistas aos veículos de imprensa que cobriram o encontro. 

A parceria privada proposta por Belivaldo Chagas para a DESO serve para conseguir investimentos, aporte de recursos 100% privados no Estado, sem que o próprio Governo perca o controle das operações de saneamento da companhia estadual. No entanto, a postura do presidente da DESO demonstra que esse não é o interesse da companhia.