O Ministério Público de Sergipe intimou o secretário de Saúde de Lagarto, Marlysson Magalhães, primo do deputado Gustinho Ribeiro, após denúncias envolvendo o caótico sistema público de saúde oferecido pela gestão da prefeita Hilda Ribeiro. O MP deseja averiguar o cumprimento da Lei Municipal Nº 967/2021, que estabelece que o não atendimento ou a recusa no fornecimento de medicamentos pela rede pública de Saúde do Município de Lagarto devem ser devidamente justificados ao cidadão por escrito.
Ana Lícia Menezes / PMA
“Requisitamos informações sobre o cumprimento efetivo do teor da Lei 967/2021 e solicitamos que sejam tomadas as devidas providências legais dentro da sua esfera de atribuição, com esclarecimentos e comprovações necessárias“.
destaca trecho do documento
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A atuação do MP está gerando repercussão em Lagarto, visto que os problemas relacionados à falta de atendimento e de medicamentos são recorrentes e não são solucionados pela atual administração municipal.
Inclusive, um aliado do casal Gustinho e Hilda, conhecido como Beiju, dirigiu palavras ásperas a um cidadão por este se queixar da dificuldade em obter medicamentos no município. “Respeite-se, tenha vergonha na sua cara, sem dinheiro para remédios, é?”, proferiu. Ouça:
Áudio do aliado de Gustinho e Hilda
Agora, é necessário aguardar o Ministério Público de Sergipe a partir da investigação dos problemas urgentes em Lagarto, pois a população é a mais afetada, não recebendo os serviços de saúde de forma adequada.
Tijoi Barreto Evangelista, filho do ex-deputado Adelson Barreto (PL), foi nomeado, por meio de decisão do governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), para cargo em comissão na Casa Civil.
Tijoi Barreto Evangelista
Após decreto do governador, sua nomeação [símbolo CCE-01] foi publicada no Diário Oficial do Estado do último dia 4 de outubro.
A vice-presidente da Comissão, Camila Rodrigues, foi até a Delegacia Plantonista para garantir as prerrogativas da advogada, bem como a ampla defesa e o devido processo legal. A advogada foi ouvida e liberada em seguida pela autoridade policial.
A OAB/SE seguirá acompanhando o inquérito policial, garantindo assim que as prerrogativas da advogada sejam sempre preservadas.
As inscrições para o concurso público do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE) – Atividade Notarial e de Registro – se encerram nesta quinta-feira, 5 de outubro, às 16h, no endereço eletrônico da Fundação Getúlio Vargas.
Startup Stock Photos / Pexels
Para os candidatos que ainda não realizaram o pagamento da taxa de inscrição, o prazo se encerra amanhã, dia 6 de outubro, sob pena de não participação no certame. A impressão ou reimpressão do Guia de Recolhimento Administrativa poderá ser feita até as 16h da sexta-feira, 6. O cronograma completo do concurso e o link para inscrição estão disponíveis aqui.
O edital prevê para ingresso, por provimento e/ou remoção, na Atividade Notarial e de Registro do Estado de Sergipe, 22 (vinte e duas) serventias vagas, sendo 13 (treze) das delegações destinadas aos candidatos inscritos nas modalidades de ingresso por provimento e que atendam aos requisitos legais previstos nos arts. 14 e 15, § 2º, da Lei nº 8.935/1994, e 09 (nove) das delegações destinadas aos candidatos inscritos na modalidade de ingresso por remoção, que já exerçam a titularidade de serviço de registro e/ou de notas neste Estado e que atendam ao requisito legal previsto no art. 17 da Lei nº 8.935/1994.
A Delegacia de Turismo (Detur) detalhou as investigações que resultaram na identificação, indiciamento e prisão de transexuais por extorsão, associação criminosa e roubo. Três estão presas e outras três ainda continuam foragidas. Com o pretexto de fazerem programas sexuais, elas chantageavam as vítimas para obter vantagens financeiras. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 5.
De acordo com a delegada Luciana Pereira, da Detur, as investigações tiveram início há cerca de seis meses. “No decorrer das investigações, sentimos um aumento de boletins de ocorrência em casos desse tipo especialmente em períodos de festividade. Foi uma investigação delicada e que durou um certo tempo por conta do tipo de crime e por conta das pessoas envolvidas, tanto as investigadas, quanto das vítimas”, relatou.
SSP|Divulgação
Segundo a delegada Giselle Martins, a investigação foi iniciada em meados do mês de abril. “Recebemos uma vítima narrando que após o término de um programa, chegaram outras transexuais que começaram a extorqui-la. Temos os registros de 11 vítimas, mas acreditamos que o número é maior. Eram quantias significativas que eram retiradas das contas das vítimas”, complementou.
Luciana Pereira também destacou que, além dos boletins de ocorrência, houve pedidos de ajuda por parte das profissionais do sexo. “No sentido de que esse tipo de crime, tanto assaltos, quanto extorsões, acabam afugentando e amedrontando clientes. Então a gente recebeu um grande apelo por parte de outros profissionais do sexo que pediam que a gente tentasse resolver essa questão”, acrescentou.
SSP|Divulgação
Durante o período, foi possível identificar seis pessoas envolvidas. “Quando então representamos pelas prisões, as quais foram deferidas pela Justiça. Três já foram cumpridas e três estão pendentes de cumprimento. Estamos contando com apoio da população para que denuncie e nos ajude a localizar. A intenção não é impossibilitar o trabalho, mas sim que não haja crimes”, ressaltou Luciana Pereira.
Casos e modo de atuação
Em alguns dos casos, a investigação identificou que era feito o programa e, após, elas alegavam que precisavam de carona. “Nesse momento, geralmente era uma ou duas mulheres, e, posteriormente, chegavam mais três ou quatro mulheres trans. Elas constrangem as vítimas e muitas vezes as ameaçavam e agiam com violência mediante uso de faca para que fossem feitas transferências Pix ou pagamentos em maquinetas que as investigadas já portavam”, revelou a delegada Luciana Pereira.
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O modo de atuação das investigadas também envolvia a gravação em vídeo de programas. “Elas filmavam e as outras começavam a pegar cartões e contas, obrigando que a vítima digitasse a senha, fizesse transferências bancárias ou ainda passassem os cartões em maquinetas que elas tinham em mão”, acrescentou a delegada Giselle Martins, integrante da Delegacia de Turismo (Detur).
Nome da Operação
A operação foi denominada Themis em alusão à deusa grega que está de olhos fechados e representa a Justiça. “A investigação não visou nenhum detalhe específico, nenhuma característica nem da vítima, nem das investigadas. Sabemos que existe uma questão muito delicada com relação a gênero, mas a nossa intenção é relacionada aos crimes, dar uma resposta à questão tipificada no código penal”, pontuou Luciana Pereira.
SSP|Divulgação
Denúncias
A Polícia Civil solicita que eventuais vítimas procurem a delegacia para registrar boletim de ocorrência. Informações e denúncias que também possam subsidiar as investigações e robustecer o inquérito policial, além de levar à localização das investigadas foragidas, podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.
Na edição desta quinta-feira, Rapidinhas de NE traz os ‘causos’ do PT no interior do estado, candidatura em Glória e, apontando a câmera para a capital sergipana, temos o isolamento do prefeito em seu fim de mandato.
No espaço de comentários abaixo, colabore com a sua opinião sobre as notas de hoje.
Twitter / reprodução
Edvaldo não quer
O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), não quer candidatura à sua sucessão em Aracaju.
Ainda assim, tem preferência por Luís Roberto, que dirigiu a Emsurb, e Waneska Barboza, da Saúde.
O prefeito vai tocar o barco até depois do Carnaval de 2024, para só depois anunciar.
Ele sabe que ninguém do governo quer saber de sua candidatura.
Edvaldo isolado
A falta de vereadores de Aracaju na solenidade em que o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), reassumiu o mandato, foi uma demonstração deles de que o alcaide, politicamente, está isolado.
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Glória
Em Nossa Senhora da Glória, a prefeita Luana Oliveira (PSD) será candidata à reeleição e o seu vice será Júnior Gazeta.
Vaneide, a atual vice, não será mantida na chapa.
Deixou o PT
O ex-prefeito do município de Rosário do Catete, Laércio Passos, deixou o PT.
Pode ir para o PSD.
PT em Estância
O PT definirá no próximo dia 14 a candidatura à Prefeitura de Estância.
Devia esperar um pouco mais.
A advogada de Sergipe, presa no presídio de São Cristóvão (Copemcan), anteontem, por entregar telefones celulares a preso é Carol Menezes.
SEJUC
Nós temos imagens e há muita gente calada.
Ela foi levada para uma Delegacia de Polícia.
Informações exclusivas obtidas pelo G1 a partir de dados do governo federal revelam que a região compreendendo Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe enfrenta o menor volume de chuvas registrado desde 1980.
Defesa Civil/Arquivo
Este cenário alarmante é particularmente grave em Sergipe, que está atualmente enfrentando a pior seca dos últimos 40 anos. Os dados que evidenciam essa situação foram fornecidos pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao governo federal.
Esta condição climática crítica, atribuída a um El Niño atípico e ao aquecimento global, tende a agravar-se ainda mais, uma vez que o período de estiagem, que deveria encerrar em novembro, está previsto para se prolongar até janeiro.
Os municípios afetados por essa severa seca enfrentam desafios significativos, com consequências graves para a população e o meio ambiente da região.
O Tribunal de Justiça Desportiva de Sergipe (TJD/SE) realizou na noite da última terça-feira (03/10), julgamento para analisar três processos envolvendo jogadores e membros das comissões técnicas e clubes que estão disputando o Campeonato Sergipano da Série A2 de 2023.
O julgamento foi comandado pelo presidente da 1ª Comissão Disciplinar, Dr. Dalmo de Figueiredo Bezerra. O pleno também contou com as presenças dos seguintes membros do Tribunal: Dra. Mariana Dantas Diniz, Dr. Daniel da Silva Barreto, Dr. Marlisson de Carvalho Gregório e Dr. Walter César V. Santos Filho. Além das participações dos secretários da entidade, Ruy Carlos de Oliveira e Jéssica Mirelly Silveira Silva.
FSF Sergipe
Acompanhe as pautas e os resultados dos casos julgados pela 1ª Comissão Disciplinar do TJD/SE:
PROCESSO Nº 056/2023 – RELATOR – Dra. MARIANA DANTAS DINIZ
JOGO: Sociedade Esportiva Flamengo X Barra Futebol Clube, realizado no dia 06 de setembro de 2023, válido pelo Campeonato Sergipano de Futebol, Profissional Série A2 – Edição 2023.
DECISÃO: Por unanimidade, a Comissão Disciplinar entendeu pela improcedência da denúncia em relação à infração tipificada no art. 214 do CBJD. Em relação à infração descrita no art. 191 do CBJD, por maioria foi aplicada a multa no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais).
Atuou na defesa do Clube o Dr. Heitor Santana.
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PROCESSO Nº 057/2023 – RELATOR – Dr. DANIEL DA SILVA BARRETO
JOGO: Associação Esportiva Força Jovem Aquidab X Ãmadense Esporte Clube, realizado no dia 24 de setembro de 2023, válido pelo Campeonato Sergipano de Futebol, Profissional Série A2 – Edição 2023.
DECISÃO: Por unanimidade, a Associação Esportiva Força Jovem de Aquidabã foi condenada à pena de perda de pontos para a equipe adversária, conforme o Regulamento da Competição, e mais multa no valor de R$ 600,00 (Seiscentos Reais), com base no art. 203 do CBJD. Em relação à infração prevista no art. 191 do CBJD o Clube foi absolvido.
PROCESSO Nº 058/2023 – RELATOR – Dra. DRYIELLE DE JESUS SANTOS (Substituída pelo Dr. Marlisson de Carvalho Gregório)
JOGO: Associação Boquinhense de Desportos X Olímpico Esporte Clube, realizado no dia 25 de setembro de 2023, válido pelo Campeonato Sergipano de Futebol Profissional, Série A2 – Edição 2023.
DENUNCIADOS: Igor Santos Cruz (Técnico) Associação Boquinhense de Desportos, art. 243-F, §1º c/c 258-B do CBJD. Associação Boquinhense de Desportos (Profis.), art. 206 do CBJD.
DECISÃO: Por unanimidade, foi aplicada ao Técnico Igor Santos Cruz a suspensão em 01 partida que foi convertida em advertência, pela infração prevista no art. 258-B do CBJD, e suspensão em 05 partidas e multa no valor de R$ 300,00 (Trezentos Reais) pela infração prevista no art. 243-F, §1º do CBJD. A Associação Boquinhense de Desportos foi condenada à pena de multa no valor de R$ 1.800,00 (Mil e Oitocentos Reais), de acordo com o art. 206 do CBJD.
Atuou na defesa dos denunciados o Dr. Heitor Santana
O Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto que viabiliza a compensação de R$ 27 bilhões da União aos estados e ao Distrito Federal pela perda de receita provocada pela redução do ICMS incidente sobre combustíveis, vigente de junho a dezembro de 2022 (PLP 136/2023). Foram 63 votos a favor e apenas 2 contrários, além de 2 abstenções. O projeto de lei complementar, aprovado mais cedo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e enviado ao Plenário com pedido de urgência, foi relatado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e segue agora para a sanção da Presidência da República.
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O texto prevê ainda transferências ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) para recuperar perdas de 2023 em relação a 2022. O projeto, de iniciativa do Poder Executivo, é resultado de um acordo entre o governo federal e os estados, após vários deles obterem liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) determinando o pagamento de compensações maiores que as previstas na Lei Complementar 194, de 2022 — que considerou os combustíveis, o gás natural, a energia elétrica, as comunicações e o transporte coletivo como bens e serviços essenciais, proibindo a aplicação de alíquotas superiores à alíquota padrão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (17% ou 18%). Esse acordo se refere somente às perdas do ICMS na venda de combustíveis.
Veneziano destacou o compromisso do governo federal com as contas dos municípios. Ele informou que rejeitou uma emenda apresentada pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) que pedia a retirada da gasolina do rol de produtos essenciais não sujeitos ao tratamento de produtos supérfluos em relação ao ICMS. O relator disse que uma alteração no texto obrigaria o projeto a retornar para a Câmara dos Deputados, inviabilizando a agilidade pretendida para a matéria. Para Veneziano, o PLP tem o mérito de atender os estados, o Distrito Federal e, em particular, os municípios, que têm sido impactados com quedas na arrecadação e nas transferências legais em virtude de medidas como a correção da tabela do Imposto de Renda.
— O projeto apresenta uma proposta bastante substancial visando a equilibrar as relações financeiras entre a União e os estados, além de garantir uma compensação justa e necessária para os entes federativos em face da redução de arrecadação do ICMS decorrente das alterações legais preconizadas por legislação anterior — afirmou o relator, ao defender o projeto em Plenário.
Acordo
A votação do projeto veio depois de um acordo costurado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele sugeriu a votação do texto-base nesta quarta, com votação dos dois destaques na semana que vem. Para Pacheco, o projeto é “uma importante entrega” aos municípios brasileiros. O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), manifestou concordância com o acordo, mas alertou para a urgência da votação da matéria. Outras lideranças também apoiaram o acordo proposto. As senadoras Zenaide Maia (PSD-MA) e Professora Dorinha Seabra (União-TO) defenderam a votação da matéria, por entenderem a necessidade urgente de os municípios equilibrarem suas contas.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que o projeto é meritório. Ele apontou, no entanto, que um “contrabando” foi incluído na Câmara dos Deputados para desobrigar a aplicação do piso de investimentos na área da saúde. Segundo o senador, não é possível um projeto de lei complementar alterar uma previsão constitucional. Ciro Nogueira havia apresentado um destaque para que esse item fosse retirado do texto final do projeto. Dentro das negociações, o destaque foi retirado. O senador Rogerio Marinho (PL-RN) também retirou um outro destaque, de autoria dele, para agilizar a votação da matéria. Com a retirada dos destaques, a votação foi concluída nesta quarta.
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Na visão do senador Otto Alencar (PSD-BA), a matéria vem a favor de estados e municípios, para permitir a recomposição das perdas do ICMS. A senadora Teresa Leitão (PT-PE) destacou a coerência interna do projeto e disse que cerca de 3,5 mil prefeitos estão em Brasília, esperando pela matéria. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) elogiou o entendimento em torno da proposta e o alcance das medidas de compensação.
— O projeto demonstra sensibilidade com os prefeitos do Brasil. Os valores vão refletir na economia dos municípios e, por tabela, na qualidade de vida do país — afirmou a senadora.
Para o senador Esperidião Amin (PP-SC), a matéria é uma espécie de “proposta irrecusável”, enquanto o senador Cleitinho (PL-MG) definiu o PLP como de “suma importância” para o equilíbrio das contas dos entes federados. Já a senadora Augusta Brito (PT-CE) elogiou o presidente Lula, por “entender a situação dos municípios”.
O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) também manifestou apoio à matéria. O senador Eduardo Girão (Novo-CE), no entanto, anunciou voto contrário ao projeto.
Liminares
Por força das liminares concedidas no ano passado, R$ 9,05 bilhões desse total a ressarcir já foram abatidos de dívidas dos estados com a União em 2022. Segundo o projeto, esses valores serão baixados, na contabilidade federal, dos direitos a receber independentemente do trânsito em julgado da respectiva ação que obteve a liminar, sem prévia dotação orçamentária e sem implicar o registro concomitante de uma despesa naquele exercício.
Por parte dos estados, o dinheiro obtido com as liminares entrará nas estatísticas oficiais de 2022 e será contado como receita para todos os fins no respectivo exercício. Como as liminares continuaram valendo em 2023, até antes do acordo, outros valores também já foram repassados, conforme demonstra levantamento do Executivo, totalizando R$ 15,25 bilhões (somados os valores de 2022) ao fim de maio. O montante restante será repassado em parcelas mensais até o fim de 2023 e também em 2025.
Antecipação
Depois de negociações com associações de municípios, o governo concordou em antecipar os repasses previstos no acordo para 2024. Segundo cálculos do governo, serão cerca de R$ 10 bilhões envolvidos nesse encontro de contas antecipado. Do total antecipado do próximo ano serão descontados os valores já pagos por meio de liminar e as parcelas de dívida a vencer. Desse total, 25% ficarão com os municípios por força constitucional.
Abatimento ou transferência
Do que foi projetado para ser pago nesse período, R$ 15,64 bilhões serão abatidos dos valores de prestações de dívidas a vencer junto à União; e outros R$ 2,57 bilhões serão repassados por meio de transferência direta porque o ente federado não tem dívida, ela não vence no período ou não foi suficiente para abater com o ressarcimento.
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Comprovação mensal
O texto considera as transferências diretas dos valores referentes a 2023 como urgentes e imprevisíveis, justificando a abertura de crédito extraordinário neste ano para quitação. Como a Constituição de 1988 determina aos estados o repasse de 25% da arrecadação do ICMS aos municípios de seu território, esse percentual incidirá também nos ressarcimentos.
Sendo assim, os estados deverão comprovar mensalmente à Secretaria do Tesouro Nacional essa transferência, sob pena de suspensão dos abatimentos da dívida ou das transferências diretas. Se a comprovação ocorrer após o prazo, somente no mês seguinte serão feitos os repasses acumulados.
Quando os valores das liminares a serem repassados pelos estados aos municípios superarem os 25% aplicados sobre o valor total fixado no acordo, a diferença será abatida em 12 meses da cota municipal do ICMS nesse período. Deverá ser publicado um extrato indicando os valores repassados em razão da liminar e os valores devidos em razão do acordo.
FPM e FPE
Resultado também das negociações, haverá um repasse parcial para os fundos de participação de estados e de municípios. No caso dos estados, a União depositará no FPE a diferença entre os repasses de julho e agosto de 2022 e os repasses de julho e agosto de 2023, a fim de recompor o mesmo patamar desse período no ano passado, quando os montantes foram maiores.
Quanto ao FPM, a sistemática será a mesma, envolvendo os meses de julho, agosto e setembro dos dois anos, mas o valor de 2022 será corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para fins de comparação. Adicionalmente, quando saírem os dados de repasse total no ano fechado de 2023 (incluída a transferência referente a julho/setembro), eles serão comparados com o repasse total de 2022 corrigido pelo IPCA daquele ano. Se ainda assim 2023 tiver repasse menor que 2022, a União transferirá a diferença aos municípios.
Regras do ICMS
Faz parte do acordo também a revogação de trechos da lei complementar que impõem travas às alíquotas do ICMS sobre combustíveis. Na Lei Complementar 192, de 2022, que regulamentou a incidência monofásica (quando o imposto é recolhido uma única vez, no início da operação), o projeto retira a carência de 12 meses entre a primeira fixação das alíquotas monofásicas e o primeiro reajuste delas, assim como intervalos de seis meses entre um reajuste e outro. Os estados não precisarão mais manter o peso proporcional do tributo na formação do preço final ao consumidor.
Por fim, acaba a proibição de se fixar alíquotas reduzidas sobre combustíveis, energia elétrica e gás natural em patamares maiores que aqueles vigentes em junho de 2022, mês de publicação da Lei Complementar 194, de 2022.
Conceito da dívida
As compensações tratadas no projeto serão realizadas considerando-se as prestações calculadas com encargos contratuais de normalidade. Se forem dívidas honradas devido à garantia concedida pela União em outros contratos, serão considerados os valores pagos aos credores originais acrescidos da remuneração dos contratos de contragarantia.
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