Secretários da Segurança Pública do Brasil estão reunidos em Brasília (DF) para discutir uma série de ações junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) no combate à criminalidade, prevenção da violência e fortalecimento das instituições. O secretário da Segurança Pública de Sergipe, João Eloy, está na reunião, que seguirá até esta quarta-feira (20). 

Isaac Amorim / MJSP

O encontro foi aberto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que agradeceu a presença dos secretários e disse que deve ser firmado um pacto no combate ao crime organizado e diminuição dos crimes violentos no Brasil. 

Entre as principais pautas que serão discutidas nos dois dias do evento, os secretários irão debater sobre o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), Fundo Nacional de Segurança Pública e regras de distribuição dos recursos para os estados, proposta de padronização da divulgação dos dados sobre a criminalidade no Brasil e o fortalecimento do projeto de coleta de material genético entre os presos do Brasil. 

Alguns pontos do pacote de projetos de lei, apresentado pelo ministro Sérgio Moro no início de fevereiro, também estão sendo detalhados no encontro. Segundo o secretário João Eloy, que está acompanhado por uma equipe técnica da assessoria de planejamento da SSP de Sergipe.

“Queremos entender as novas regras para contrair recursos para Sergipe. A tendência é investir em tecnologia, reforma de Delegacias e Quarteis da PM e Corpo de Bombeiros, convênios para a área de perícia, compra de pistolas e equipamentos de proteção individual. Queremos uma aproximação e um diálogo intenso com o ministro da Justiça e Secretaria Nacional da Segurança Pública”, reforçou João Eloy.

Policiais federais prenderam hoje (19) temporariamente o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, como parte da Operação Fantoche. Ele e outros dez suspeitos – que, segundo a Polícia Federal (PF), fraudavam convênios do Ministério do Turismo com entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Sebrae) – tiveram prisões autorizadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco.

Antônio Cruz/ Agência Brasil

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília. De acordo com a entidade ele está no local para prestar esclarecimentos. “A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades.”

Engenheiro mecânico, Andrade presidiu a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) entre 2002 e 2010, quando assumiu seu primeiro mandato no comando da CNI, tendo sido reeleito em 2014 e em 2018.

A operação deflagrada pela PF esta manhã conta com a colaboração do Tribunal de Contas da União (TCU). Ao todo, 213 policiais federais e oito auditores do TCU estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, da Paraíba, de Mato Grosso do Sul, Alagoas e no Distrito Federal.

Investigações

De acordo com a PF, o grupo atua desde 2002 e pode ter movimentado mais de R$ 400 milhões. O dinheiro era movimentado por meio de contratos e convênios que entidades de direito privado, sem fins lucrativos, assinavam com o Ministério do Turismo e com unidades do Sistema S. A maior parte dos contratos previa a execução de eventos culturais e de publicidade. Superfaturados, não eram integralmente executados e os valores desviados eram destinados a empresas controlados por uma mesma família – cujo nome não foi informado.

Em nota, o Ministério do Turismo informou que já tinha determinado auditoria completa em todos os instrumentos de repasse antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da PF. A análise resultou no cancelamento de um contrato no valor de R$ 1 milhão. “O Ministério do Turismo, que não é alvo das buscas e apreensões da Operação Fantoche, está totalmente à disposição para colaborar com a investigação”, assegura a pasta, ao destacar que nenhum novo convênio foi assinado este ano.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira, 19, em Aracaju, a OPERAÇÃO MULTIFACE, com o objetivo de desarticular organização criminosa responsável pela prática de fraudes visando à obtenção de empréstimos consignados indevidos junto a instituições financeiras.

Divulgação / Polícia Federal

As investigações tiveram início com a prisão em flagrante, em março de 2018, de duas mulheres que haviam acabado de sacar valores oriundos dos crimes em apuração em uma agência da Caixa Econômica Federal de Aracaju. A partir das prisões, descobriu-se que o grupo já havia praticado algumas fraudes, bem como planejava executar diversas outras.

Os trabalhos investigativos apontam que o grupo, utilizando-se de documentos de identificação (RG e CPF, por exemplo), comprovantes de residência e declarações de imposto de renda falsos, a maioria em nome de pessoas idosas, contratava empréstimos ilícitos, causando prejuízos às instituições financeiras e às vítimas indiretas, que somente tomavam conhecimento da fraude uando tinham seus nomes negativados por instituições de proteção ao crédito.

As investigações serão aprofundadas com a análise dos materiais e documentos apreendidos nas buscas, e estima-se que a fraude perpetrada e evitada tenha valor superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais).

São cumpridos 03 (três) mandados de busca e apreensão expedidos pela 3a Vara Federal da Subseção Judiciária de Sergipe, e os envolvidos poderão responder pelos delitos de participação em organização criminosa (artigo 2o, § 4o, II, da Lei 12.850/13), falsificação de documento público, falsidade ideológica e estelionato (artigos 297, 299, 171, § 3o, do Código Penal), além de lavagem de dinheiro (artigo 1o da Lei 9.613/98).

Pixabay

O julgamento do recurso de agravo do prefeito afastado de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, que seria realizado nesta terça, 19, foi adiado em decorrência do falecimento do advogado Caio Marcelo, que passou mal e faleceu durante um passeio de bicicleta na companhia de seu filho.

A previsão é de que o julgamento será pautado para a sessão da Câmara Criminal do dia 26 de fevereiro.

A exoneração do advogado Gustavo Bebianno Rocha do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República foi publicada hoje (19) no Diário Oficial da União. O general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto assumirá a pasta.

José Cruz / Agência Brasil

Ontem (18), o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, anunciou a exoneração de Bebianno e informou que foi uma “decisão de foro íntimo” do presidente Jair Bolsonaro.

Minutos depois, a Presidência da República divulgou um vídeo, de pouco mais de um minuto, em que Bolsonaro agradece a colaboração do ex-ministro e atribui a mal-entendidos os motivos pelos quais ele foi exonerado.

Floriano Peixoto, secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, assumirá de forma definitiva o comando a secretaria. A pasta é responsável pela implementação de medidas para modernizar a administração do governo e avançar em projetos em curso. É uma das pontes entre o Palácio do Planalto e a sociedade.

Bebianno, presidente do PSL na época da campanha eleitoral, é suspeito de irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para candidatas do partido.

Em nota divulgada na semana passada, ele negou as irregularidades. “Reitero meu incondicional compromisso com meu país, com a ética, com o combate à corrupção e com a verdade acima de tudo”, disse.

Reprodução / Redes sociais

Um grupo de trabalhadores desempregados interditou na manhã desta terça-feira, 19, o trevo e acesso ao município de Carmópolis, na BR-101.

A interdição ocorre no sentido Aracaju-Maceió.

O gruo protesta contra a Petrobras, acusada de não empregar trabalhadores residentes no município.

Dorivan Marinho / STF

Aos brasileiros, uma CPI do Judiciário

As altas cortes do Judiciário são o poder intocado da nossa República. Esforços de transparência e combate à corrupção têm avançado gradualmente no Executivo, no Legislativo, em empresas e nas primeiras instâncias da Justiça. É natural, portanto, estender esse empenho na transparência à esfera mais elevada do Judiciário. 

Foi com essa visão que colhemos assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado voltada para as cortes superiores. 

A proposta não tem o objetivo de “intimidar” juízes. Essa CPI serve a um novo projeto de Brasil. Pretende romper a última fronteira do setor público que resiste à transparência, ao qual as investigações sobre desvios, como a corrupção, jamais chegaram. Essa CPI é fundamental à segurança jurídica, à previsibilidade e contra abusos eventuais no nosso sistema judicial. É a CPI da igualdade perante a lei, da validade da lei para todos — base de qualquer democracia consolidada.

Buscamos atender a uma forte demanda da sociedade. As reações, como se constatou, chegaram rápido e de forma antagônica. De um lado, acusaram a iniciativa de provocar “instabilidade” no início do governo. De outro, afirmaram que seria um ato de “revanchismo” da base governista contra o STF—insensatez, pois a proposta e o seu autor nada têm a ver com o governo. Acumularam-se ameaças veladas e interpretações alarmistas. Mais importante, porém, é que nenhum dos lados questionou a necessidade de uma apuração dos fatos determinados sobre desvios no Poder Judiciário.

É preciso ter clareza e encontrar, no ambiente de intensa polarização em que vivemos no país — e no Legislativo —, a indispensável posição de equilíbrio e independência.

Não se trata de atacar ministros ou de questionar prerrogativas constitucionais do Judiciário. Muito menos de criar fatos políticos pró ou contra o governo — e cabe esclarecer que sou filiado ao PPS e não integro a base parlamentar do presidente Bolsonaro, assim como não apoio casuísmos ou arbítrios. 

Trata-se, sim, de cumprir o meu dever de servidor da sociedade brasileira, que espelha uma vocação de vida, a de combater a desigualdade e a corrupção. E de cumprir a obrigação institucional de reforçar o sistema de pesos e contrapesos vital à democracia. Quem pode frear eventuais abusos do Judiciário se não o Congresso, eleito pelo povo?

Queremos transparência no Judiciário. A CPI vai investigar suspeitas de desvios operacionais como os excessivos pedidos de vista em processos que retardam ou inviabilizam decisões; desrespeito cotidiano aos colegiados; casos similares com diferença abissal no tempo de tramitação; obscurantismo no sistema de distribuição processual, entre outros. 

Aos que argumentam afirmando que isso seria inconstitucional, vale lembrar que o próprio STF e seus ministros já endossaram uma CPI do Judiciário, em 1999, cujos trabalhos deram importante contribuição para desbaratar um milionário esquema de corrupção em tribunais.

A CPI também pretende investigar possíveis desvios individuais, ação também reconhecida como legítima pelo STF. Nas casas guardiãs da legalidade sobram palestras remuneradas por empresas sob suspeição, empreendimentos societários e outras atividades econômicas em desvio à legislação. 

Há indícios de nepotismo, a exemplo da indicação de filhos de ministros para tribunais. Regras são manipuladas para que uma decisão liminar seja usada como poder de barganha, em prol do aumento de remuneração corporativa. 

Alguns alegaram que o pedido de CPI não apontava um fato determinado. É verdade. Não indicou uma, mas 12 dessas evidências de desmandos —e pode expor inúmeros outros. A sociedade exige mudanças e elas começam pela transparência nos atos dos três Poderes republicanos. Falta o Judiciário.

Link para o artigo na Folha

Carlos Gibaja / Governo do Ceará

Está marcado para o próximo dia 11 de março o encontro pedido pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) com dirigentes dos demais poderes.

Para a reunião, o governador promete escancarar as contas do Estado.

Será pedido aumento anual no pagamento de aposentados e pensionistas, que, atualmente, é de 10% ao ano.

O governador também vai pedir que os poderes concordem em receber o duodécimo no dia 30 de cada mês, e não no dia 20, como manda a Constituição.

A saúde pública em Aracaju vive um dos piores momentos de sua história.

Os atrasos na marcação de consultas e exames, que já eram enormes, ficaram piores depois que a Secretaria de Saúde do município mudou o sistema.

André Moreira / PMA

Com se não bastassem os problemas causados pela mudança do sistema, a Unidade de Pronto Atendimento Fernando Franco, da Zona Sul, não tem serviços de pediatria e clínica cirúrgica desde o primeiro dia de 2019.

Os problemas no Fernando Franco têm contribuído para a superlotação na Unidade de Pronto Atendimento Nestor Piva, na Zona Norte, com pacientes sofrendo no chão, como ocorreu na tarde desta segunda-feira, 18.

Na tarde desta segunda-feira, 18, o deputado estadual Gilmar Carvalho (PSC) propôs a formação de comissão suprapartidária para discutir ideias, sugestões que possam ser encaminhadas ao governo como possíveis saídas para a situação financeira gravíssima em que se encontra o Estado.

Jadilson Simões / Alese

Em discurso na Assembleia Legislativa, Gilmar disse que poderia apenas cobrar do governador pelo fato de estar no comando administrativo do Estado desde o início de abril de 2018, mas “isso não tiraria o povo da situação em que está, os servidores do atraso permanente no pagamento de salários, com anúncio, pelo governo, de que poderá atrasar ainda mais”.

“Propondo a instalação nesta Casa do ‘Pensar Sergipe’. Vamos convidar pessoas que tenham verdadeiro amor a Sergipe para discutir no Parlamento a indicação de ideias que possam ajudar o Estado a sair do caos financeiro em que se encontra”.

Gilmar Carvalho, deputado estadual

O deputado promete trabalhar para que a comissão seja formada ainda esta semana e que se reúna para definir uma pauta de convites e discussões.