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A principal diferença entre Telegram e WhatsApp é a maneira como as mensagens são salvas. 

  • No Telegram, elas ficam nos servidores da empresa.
  • Já no WhatsApp, as mensagens antigas ficam salvas no próprio aparelho.

Com isso, se o usuário acessa a conta do Telegram em outro dispositivo (celular, tablet ou computador), ele pode baixar todo o histórico de conversas. 

No WhatsApp também dá para baixar o histórico de conversas. Mas esse histórico fica em um arquivo na nuvem (Google Drive ou iCloud, por exemplo), e não no servidor do WhatsApp. Ou seja, para baixar as conversar, o hacker precisa da senha do Google Drive e do iCloud, além do WhatsApp. 

O Telegram é mais seguro que o WhatsApp? 

Para Altieres Rohr, especialista em segurança digital que tem um blog no G1o WhatsApp é, hoje, muito mais seguro que o Telegram com relação a mensagens antigas

Os dois aplicativos têm modelos totalmente diferentes um do outro: 

  • WhatsApp armazena todas as mensagens trocadas em apenas um único telefone, e não “em nuvem” (servidores da empresa). As mensagens enviadas por um celular são criptografadas (isto é, protegidas) de ponta a ponta — elas não ficam nunca “descriptografadas”, nem no servidor, como é o caso do Telegram. Um hacker que invade uma linha até pode ativar o WhatsApp, mas ele vai ter acesso apenas à conta, e não às mensagens anteriormente enviadas ou recebidas. Além disso, o WhatsApp não permite que outros aparelhos de telefone sejam ativados com um mesmo número — o aplicativo exige que o usuário ative um telefone como central, que envia e recebe as mensagens. O WhatsApp pode ser usado em computador (no modo WhatsApp Web), mas essa opção não funciona se o smartphone estiver desligado ou sem conexão com internet. 
  • Telegram é um programa “em nuvem” (ou seja, todo o conteúdo das conversas fica armazenado nos servidores da empresa). As mensagens enviadas por um celular não são criptografadas de ponta a outra — elas saem criptografadas de um aparelho, mas depois são “descriptografadas” no servidor do Telegram. Um hacker que invadisse uma linha e entrasse em uma conta de Telegram teria, automaticamente, acesso ao histórico de mensagens. Além disso, o Telegram permite que uma conta seja ativada em vários aparelhos ao mesmo tempo — o aplicativo não limita o uso a um telefone que funciona como central. O Telegram funciona em computadores sem relação com o celular (e não é necessário que ele esteja conectado à internet). O único tipo de conversa do Telegram que não fica armazenado on-line é o chamado “chat secreto”.

“A maneira mais fácil de ver as mensagens antigas de outra pessoa no WhatsApp é ativando uma sessão do WhatsApp Web. Isso requer acesso completo ao aparelho celular. O mesmo truque funciona no Telegram, mas não é o único: o acesso à linha de telefone é suficiente para ativar a conta e ver todas as mensagens. No WhatsApp, mesmo que você tenha acesso à linha, você ainda terá que conseguir acesso ao backup das mensagens da vítima — e pode ser que a vítima nem tenha feito esse backup”, explica Altieres. 

Para Altieres, a decisão de usar o Telegram no lugar do WhatsApp por motivos de segurança “não tem muitos fundamentos na realidade”. 

Mas há maneiras de aumentar a segurança dos dois aplicativos (veja ao final da reportagem). 

Criado em 2013 na Rússia, o Telegram ganhou notoriedade justamente porque, além de prometer sigilo, é um dos aplicativos mais rápidos na entrega de mensagens. 

Como o Telegram pode ter sido invadido?

Segundo especialistas em segurança, há maneiras para tentar invadir uma conta do Telegram. Dentre elas, estão: 

  • Com código de ativação – o invasor acessa pessoalmente um celular ou um computador que esteja vulnerável e desbloqueado (mas é preciso que eles já estejam conectados ao Telegram);
  • Com o número de telefone obtido na operadora – neste caso, o invasor se passa pelo dono da linha telefônica e tenta conseguir um novo chip para aquele número;
  • Com invasão do computador ou celular – aqui, o hacker envia algum tipo de programa malicioso, em um e-mail falso, por exemplo, e então consegue acesso remoto à máquina ou aparelho a ser invadido.

A invasão de Telegram com uso do código de ativação é uma das mais simples e tem três etapas principais: 

1. Primeiro, o hacker precisa ter acesso a um computador ou celular vulnerável, quer dizer, com o Telegram aberto e em funcionamento mas sem a presença do dono da conta;

2. Em seguida, o hacker tenta entrar, com um novo aparelho, naquele Telegram a ser invadido. Diante disso, o aplicativo envia um código dentro do próprio aplicativo;

3. Por fim, o hacker usa esse código para autenticar o acesso em um novo aparelho.

Para obter o número de telefone com a operadora, é preciso aplicar o golpe conhecido como SIMSwap. Nesse caso, o hacker precisa utilizar técnicas de engenharia social para se passar pelo dono da conta na operadora de telefonia e solicitar a mudança do número para um novo chip. De posse do número, é fácil ter acesso à conta do Telegram, que pode enviar um código de acesso por aplicativo ou por SMS. 

Isso também acontece no WhatsApp, com a diferença de que o código é enviado diretamente por SMS. Assim, quem tiver o número de telefone habilitado consegue ter acesso a ele. 

Já ação de hackear o computador ou celular pode ser feita por meio do envio de um e-mail de “phishing” para a vítima, por exemplo. Esse tipo de mensagem se passa por real e confiável, mas na realidade contém um software maligno escondido, que pode instalar um programa espião no aparelho. 

Como um hacker poderia ter tido acesso a conversas antigas? 

Todas as conversas feitas no Telegram aparecem sempre que um novo celular, tablet ou computador acessa a conta. Isso porque as mensagens ficam guardadas em um servidor, e não no celular do usuário. Essa é a diferença principal entre o aplicativo e o WhatsApp. 

No WhatsApp, as conversas ficam salvas no aparelho, e o usuário pode fazer backup dessas informações e salvar em serviços de nuvem. Já o Telegram funciona diretamente em uma nuvem, que está ligada aos servidores da empresa. 

“O procurador [Dallagnol] poderia ter utilizado um chat secreto do Telegram, que permite apagar as mensagens automaticamente e tem um protocolo próprio de criptografia [tão seguro] que o Telegram oferece US$ 300 mil para quem conseguir quebrar”, afirma Danilo Barsotti, diretor de cibersegurança e computação em nuvem, da empresa de serviços digitais InMetrics. 

De acordo com o especialista, o Telegram conta com mais funcionalidades de segurança que o WhatsApp. Mas, para utilizar todas elas, é preciso configurar uma a uma e ativar uma senha de segurança, que impediria que uma nova sessão fosse iniciada sem a senha. 

“É a mesma lógica do internet banking”, explica Barsotti em entrevista ao G1. “O sistema bancário no Brasil é um dos mais avançados quando é utilizado da maneira correta, com token, seguindo as orientações do banco. Aparentemente eles não estavam usando as ferramentas de segurança do aplicativo”. 

O especialista completa: “Outra possibilidade é o hacker ter instalado um aplicativo espião, o que seria um ataque direcionado e exigiria um alto conhecimento do hacker”. 

Como funciona o chat secreto do Telegram

Mensagens trocadas nesse chat privado não ficam gravadas no servidor do app, o que significa que elas não irão mais aparecer quando uma nova sessão for conectada à conta. 

Também é possível ativar uma espécie de cronômetro, que apaga as mensagens enviadas alguns segundos após ela ter sido lida pelo destinatário. As mensagens apagadas não ficam nos servidores da empresa. 

Mas essa garantia só existe se a pessoa iniciar a conversa no chat privado. Todas as outras conversas — normais ou em grupo — ficam armazenadas na nuvem e podem ser acessadas por uma nova sessão do aplicativo.

Para essa função ser ativada, o usuário tem que convidar outra pessoa para participar da conversa e ela precisa aceitar. Veja algumas das funcionalidades do chat secreto do Telegram:

  • Ele é totalmente criptografado e, segundo o aplicativo, não deixa vestígios nos servidores da empresa;
  • Pode-se determinar uma quantidade de tempo para que a mensagem seja apagada automaticamente, logo após a visualização;
  • É impossível encaminhar mensagens desse chat privado para pessoas fora dele;
  • Se for feita uma captura de imagem da tela, o aplicativo vai avisar na conversa que isso foi feito;
  • O chat privado abre uma janela nova com uma pessoa. Então, é possível ter dois chats com a mesma pessoa ao mesmo tempo: o normal e o privado;

Mas, de novo, se você não iniciar a conversa usando a função “chat secreto”, as mensagens do Telegram não estão completamente protegidas. Elas ficam salvas e podem ser lidas por qualquer pessoa que conseguir iniciar uma sessão no aplicativo. 

Segurança e senhas

Diferentemente do WhatsApp, o Telegram permite que vários aparelhos estejam ativos ao mesmo tempo numa mesma conta — e que cada um deles tenha acesso ao histórico de mensagens. Um usuário que estiver sem bateria no celular, por exemplo, conseguiria ainda assim usar o Telegram Web, caso se ele já estiver logado no computador. Isso não é possível no caso do WhatsApp Web. 

É uma solução cômoda, pois permite continuar, em outro aparelho, uma conversa iniciada em um celular ou mesmo num computador ou tablet. Mas, justamente por isso, é pouco segura.

Quando uma nova sessão é solicitada no Telegram, o aplicativo envia uma mensagem, dentro do próprio Telegram, para a conta com um número de autenticação. Depois, é possível solicitar o envio do código por SMS. Já o Whatsapp envia apenas o código por SMS. 

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Tanto o Telegram quanto o WhatsApp podem ser protegidos adicionalmente com a autenticação em dois fatores

Com essa função ativada, no menu de privacidade dos aplicativos, é possível configurar uma senha extra, que será pedida toda vez que alguém tentar se conectar a uma conta do WhatsApp ou do Telegram. 

A existência dessa senha impede que alguém que só tenha o código enviado por SMS consiga acessar uma conta, pois teria que saber também qual é a senha.

Como aumentar a proteção usando o Telegram ou o WhatsApp?

Além de utilizar o chat secreto, é recomendado criar uma senha para fazer a autenticação em dois fatores. Isso pode ser feito na aba “privacidade e segurança” do Telegram. Essa função também pode ser instalada no WhatsApp.

Na aba de privacidade do Telegram, também é possível fazer outras definições como quem pode ver se você está online, a sua foto de perfil ou seu número de telefone. Também é possível definir um tempo para que todas as informações sejam deletadas, caso a conta fique inativa.

No WhatsApp, a senha de segurança pode ser ativada nas configurações, clicando nas “Configurações”, depois em “Conta”, depois em “Autenticação em duas etapas”.

O que é o Telegram?

O Telegram foi criado em 2013 pelos irmãos Nikolai e Pavel Durov, fundadores da rede social VKontakte, o Facebook da Rússia. Após a compra forçada dessa rede social pelo grupo Mail.ru, ligado ao governo russo, Pavel Durov deixou o país e usou os US$ 260 milhões que recebeu na operação para fundar o Telegram. 

A iniciativa de criar um app que permitisse a troca de mensagens protegidas dos espiões russos foi uma espécie de represália ao Kremlin. E a Rússia baniu o aplicativo no território nacional

O Telegram ganhou notoriedade porque, além de prometer sigilo, é um dos mais rápidos na entrega de mensagens. Ele tem servidores em diferentes partes do mundo. Conquistou rapidamente 100 mil usuários ativos e, em apenas um ano, superou a marca de 15 milhões de usuários. Em março de 2018, o Telegram divulgou ter ao menos 200 milhões de usuários ativos. 

Por outro lado, justamente por ser de difícil interceptação, o Telegram também acaba sendo usado por grupos que agem fora da lei, como organizações terroristas. 

Ele também se beneficia da preocupação de quem não vê com bons olhos o fato de o WhatsApp pertencer ao Facebook, empresa que sobrevive com a venda de publicidade. Isso porque não fica claro até que o ponto a empresa usa os dados, hábitos e conteúdo das conversas para faturar. 

O que diz o Telegram

Procurado pelo G1, o Telegram afirmou, em nota, que o aplicativo protege as mensagens tanto no envio quando no armazenamento nos servidores da empresa. 

Leia, abaixo, o comunicado do Telegram:

“O Telegram protege as mensagens durante o envio e enquanto elas estiverem armazenadas na nuvem. 

Nos 6 anos de nossa existência, nós compartilhando 0 byte de dados com terceiros — razão pela qual o Telegram é bloqueado na China, na Rússia e no Irã.

Apesar de um pesado escrutínio, nenhuma maneira de corromper a encriptação do Telegram foi descoberta. O código dos aplicativos é aberto e disponível para estudo e consulta, assegurando que não existem surpresas ocultas.

As duas maiores possibilidades para o que pode ter acontecido no Brasil são:

1. Os telefones foram comprometidos com malware de outra fonte. Nenhum aplicativo pode proteger seus dados se seu aparelho estiver comprometido.

2. Os número de telefone dos usuários foram comprometidos, ou as SMS foram interceptadas para conseguir os códigos de login do Telegram. Se você estiver preocupado com a segurança da sua conta do Telegram, nós recomendamos proteger o login SMS com uma senha”.

Reportagem publicada no G1

O prefeito Edvaldo Nogueira sancionou a lei 5.203/19, que proíbe o fornecimento de canudos de plásticos por estabelecimentos comerciais em Aracaju. O projeto, de autoria dos vereadores Vinicius Porto e Zezinho do Bugio e da ex-vereadora (hoje deputada estadual) Kitty Lima, tem prazo de até 180 dias para ser regulamentado pelo Poder Executivo.

Marcello Casal jr / Agência Brasil

De acordo com a legislação, fica proibido o fornecimento de canudos em hotéis, restaurantes, bares, padarias, casas noturnas, salões de dança e outros estabelecimentos comerciais. A lei também se aplica a vendedores ambulantes.

Em substituição, deverão ser fornecidos canudos em papel reciclável, material comestível ou biodegradável, embalados individualmente. Os estabelecimentos que desrespeitarem a lei serão autuados e advertidos. Caso reincidam, serão multados em até R$ 5 mil, podendo ocorrer até o fechamento administrativo do estabelecimento em situações de novas autuações.

“É com muita alegria e satisfação que sanciono esta importante lei. Aracaju entra no rol das cidades que adotaram esta medida de preservação do meio ambiente e que ajuda a evitar a poluição. Temos um prazo de até 180 dias para regulamentar, mas já determinei que isto se dê em tempo mais curto, pois entendo que esta lei é um passo significativo no sentido da sustentabilidade”, afirmou o prefeito.

A sanção da lei foi acompanhada pelos secretários Jorge Araújo Filho e Antonio Bittencourt.

Divulgação

O Show Beatles para Crianças com um espetáculo para toda a família. No repertório, sucessos como “Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band”, “She loves you”, Obladi Oblada”, “Octopus Garden” e muitas outras. Tudo isso recheado com histórias e uma produção visual criada especialmente para o show. Vídeos e animações operadas ao vivo deixam o espetáculo ainda mais atraente. 

As crianças são apresentadas também a novos e diferentes instrumentos musicais, tais como banjo, gaita, sanfona, escaleta e muitos outros.  É recomendado se preparar para uma bagunça musical inesquecível e divertida junto com a galera do BPC.

A apresentação ocorrerá no Teatro Atheneu, dia 6 de julho, às 17h.

Na tarde desta terça-feira (11), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) não conheceu o recurso embargos de declaração com pedido de efeito modificativo interposto pelo deputado estadual Samuel Carvalho dos Santos Júnior (PPS), referente a irregularidades na prestação de contas das eleições de 2018, conforme a decisão da então juíza da Corte Dauquíria de Melo Ferreira, na época, relatora do caso.

Samuel Carvalho – Rede Alese / Divulgação

O atual juiz do processo, Leonardo Souza Santana Almeida, considerou a decisão anterior e votou pelo não conhecimento do citado recurso. Os juízes Diógenes BarretoMarcos Antônio Garapa de Carvalho, a jurista Sandra Regina Câmara Conceição, o jurista Joaby Gomes Ferreira, a juíza Áurea Corumba de Santana e o presidente do Tribunal, Des. José dos Anjos acompanharam o voto do relator.

O deputado estadual eleito, Samuel Carvalho (PPS), teve as suas contas reprovadas pelo TRE-SE por irregularidades na locação de veículos para a campanha: ele extrapolou os limites de gastos com locação de veículos. O embargante pretendia que o Tribunal reformasse a decisão, que desaprovou as contas de campanha e determinou a devolução do valor de R$ 25.846,00, utilizado na locação de veículos, e também aplicou a multa de 100% sobre o valor que excedeu o limite de gasto com a referida locação: R$ 40.224,28.

O TRE-SE entendeu que não houve omissão, contradição e obscuridade na decisão embargada e, por esta razão, também reconheceu como meramente protelatórios os embargos interpostos e aplicou ao embargante a multa no valor de R$ 1.000,00.

Publicado em TRE-SE

Samuel Carvalho emitiu nota de esclarecimento sobre a decisão

O deputado Samuel Carvalho (Cidadania23), por meio da assessoria jurídica, informa ter total consciência da licitude da sua prestação de contas, bem como da seriedade com a qual trata o posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral.

Contudo, por discordar do teor da decisão que reprovou as contas referentes as eleições de 2018, informa que apresentará os recursos cabíveis em tempo hábil, demonstrando assim sua probidade e boa-fé.

“Nossa campanha seguiu rigorosamente a legislação vigente, os princípios éticos e a mais absoluta transparência, seja na arrecadação como na ordenação de despesas”, assegura Dr. Samuel Carvalho. Ciente de sua inocência o deputado irá recorrer da decisão até a última instância para que todos os sergipanos sabiam que não houve ilícitos nas contas de campanha.

Assessoria Jurídica do deputado estadual Samuel Carvalho

A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou mais um recurso do Governo do Estado e reafirma que aposentadorias do magistério devem ser pagas dentro do mês.

Para o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Roberto Silva dos Santos “essa é mais uma vitória da luta cotidiana das professoras e professores que não desistiram do seu direito, que é receber proventos e pensões dentro do mês”, afirma o vice-presidente do SINTESE, Roberto Silva dos Santos.

Marco Vieira / PMA (arquivo)

Publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (10), a decisão da 2ª Turma do STF composta pelos ministros Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Carmem Lúcia negou o agravo regimental impetrado pelo governo do Estado de Sergipe. Os ministros explicaram que o pedido do Poder Executivo não tinha “argumentos capazes de infirmar a decisão agravada”.

A decisão citada pelos ministros foi proferida monocraticamente pelo ministro Gilmar Mendes em dezembro do ano passado, que por sua vez, confirmou a decisão do Tribunal de Justiça, a partir de ação judicial impetrada pelo SINTESE, que as aposentadorias e pensões de integrantes do magistério devem ser pagas dentro do mês.

O caso se desenrola desde 2015, quando o Governo do Estado passou a efetuar o pagamento das aposentadorias e pensões com até 15 dias de atraso e o SINTESE impetrou ação judicial.

“Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal dá razão ao SINTESE. É outra vitória para todos aqueles e aquelas que há quase quatro anos tiveram suas vidas totalmente desestabilizadas com os parcelamentos e atrasos no pagamento dos proventos. O STF novamente compreendeu que o sindicato tem razão e reafirmou que a lei deve ser cumprida. Esperamos que de uma vez po0r todas, que o Governo do Estado cumpra a decisão e pague dentro do mês”, afirma a presidenta do SINTESE, Ivonete Cruz.

Na manhã desta terça-feira (11), equipes do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Depec/Seit) auxiliaram a Defesa Civil Municipal de Nossa Senhora do Socorro, Grande Aracaju, no trabalho de contenção de uma encosta que deslizou nesta madrugada. A ação ocorreu na Rodovia Manoel do Prado Franco, conhecida popularmente como “Rodovia da Indústria”, onde, além do deslizamento do solo, uma árvore e parte da cerca foram derrubadas pela força da chuva. 

Pritty Reis / ASN

De acordo com o sub-coordenador da Defesa Civil de Socorro, Emerson Campos, o apoio da Depec foi imprescindível para o sucesso da operação. “Solicitamos o apoio da Defesa Civil Estadual porque não possuímos lona de contenção. Além disso, cerca de dez residências se encontram nos arredores da encosta. Então precisamos fazer a devida orientação às famílias da região, que já estão em alerta”, disse.

O engenheiro do Depec, Alex Carvalho, coordenou as orientações. Segundo ele, como havia muitos resíduos do deslizamento, foi necessário um direcionamento específico para a limpeza da área. “Chegando ao local, orientamos as equipes que tirassem a árvore e a cerca que caíram, pois somente depois disso pôde ser feita a instalação da lona, para evitar um novo deslizamento do solo. Doamos um rolo de lona ao município, para efetuar essa ação de contenção”, explicou.

Como o período chuvoso deve se estender até o próximo dia 15, conforme previsão do Centro de Meteorologia de Sergipe, a Defesa Civil Estadual mantém a recomendação de se evitar enfrentar o mau tempo. É preciso redobrar a atenção às alterações nas encostas e evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada. Quem desejar receber os alertas de desastres da Defesa Civil via SMS, deve enviar mensagem para o número 40199, informando o CEP da localidade sobre a qual deseja ser informado. Situações de emergência devem ser informadas pelo telefone 193. Na capital, intercorrências também podem ser comunicadas pelo número 199.

Foto de campanha / Reprodução

O prefeito de Canhoba, Manoel Messias Hora Guimarães, foi condenado por improbidade administrativa em ação movida pelo Ministério Público Estadual.

O prefeito teve contas rejeitadas pelo TCE.

Segundo o Ministério Público, o prefeito contratou pessoas para prestação de serviços sem atender à legislação.

O prefeito foi condenado à perda função pública, suspensão dos direitos políticos por dez anos, e fica proibido de receber recursos públicos em qualquer esfera.

Diretor Diogo Machado – Cohidro / Arquivo

Diogo Menezes Machado, preso na manhã desta terça-feira, 11, na Operação Xeque Mate, é diretor administrativo-financeiro da Cohidro.

Diogo é filho do ex-prefeito de Carira João Bosco Machado e esteve no comando da administrativo municipal no quadriênio que terminou em 2015.

A Operação Xeque Mate prendeu:

João Bosco Machado

Diogo Menezes Machado

Antonio Carlos dos Santos

José Messias dos Santos (laranja)

José Alves de Menezes (Zé das Cotias)

Robson Lopes de Menezes

Marcelo Oliveira Menezes

Na manhã desta terça-feira, 11, o Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública da Polícia Civil (Deotap) apresentou durante coletiva à imprensa detalhes da operação “Xeque-Mate no Sertão“, que desarticulou a organização criminosa composta por sete pessoas que utilizavam do poder político, por meio de licitações fraudulentas, para desviar dinheiro público em Carira.

Delegada Katarina Feitoza durante coletiva à imprensa / SSP

As fraudes ocorreram no período de aproximadamente 20 anos na Prefeitura de Carira. Dois ex-prefeitos, João Bosco Machado e Diogo Machado (pai e filho) estão entre os detidos José Alves de Menezes e mais quatro empresários. A polícia aguarda ainda a apresentação do irmão ex-prefeito Diogo, identificado como Diego Machado.

Segundo informações da delegada geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, o grupo atuava em diversas frentes da administração pública com o objetivo de fraudar licitações.

“Era um grupo político que se valia do seu poder para desviar dinheiro público da prefeitura. No inquérito policial já apuramos um desvio aproximado de R$ 7 milhões. Nos inquéritos civis, feitos pelo Ministério Público, é apontado desvio de mais de R$ 20 milhões“.

Katarina Feitoza

De acordo com informações obtidas na investigação iniciada pelo Ministério Público e depois encaminhada ao Deotap, o principal articulador do sistema de fraude à licitação foi o ex-prefeito de Carira, João Bosco Machado. “O dinheiro saía dos cofres da Prefeitura de Carira, seguia para a empresa Angular e retornava para a conta do ex-prefeito João Bosco Machado, como também para a conta de seu filho Diogo Menezes, que era o prefeito na época”, destacou a delegada Lara Schuster, que coordena as investigações.

As prisões ocorreram nos municípios de Salvador (BA), Tobias Barreto e Carira. Neste último, cinco prisões foram confirmadas. Segundo ela, a quadrilha agia por meio de uma empresa denominada ‘Angular’, na qual foram constatadas uma sucessão de sócios que agiam como laranjas para movimentar dinheiro e fazer retornar aos irmãos Diogo e Diego.

Além do ex-prefeito e seu filho, Diogo Menezes Machado, mais sete pessoas foram acusadas de participar da organização criminosa, sendo que Antônio Carlos dos Santos, conhecido por “Carlinhos”; José Messias dos Santos, José Alves de Menezes e Robson Lopes de Oliveira já estão presos identificados como “laranjas” da organização criminosa.

A “Operação Xeque-Mate no Sertão” contará ainda com diversos desdobramentos para elucidar, a exemplo de quanto tempo o suspeito João Bosco exercia essa prática criminosa, quais possíveis outras empresas de fachada estavam envolvidas no desvio do dinheiro público e a procura de outros “laranjas”.  “Se durante a investigação for identificado o envolvimento de mais suspeitos, iremos pedir novas prisões. Inclusive o Judiciário do município de Carira decretou o sequestro e a disponibilidade de todos os bens dos acusados e o bloqueio de 20 milhões da conta”, finalizou o promotor de Justiça Bruno Melo.

Apoio

Além do Detop e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a operação conta com o apoio do Complexo de Operações Especiais (Cope), Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc), Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Divisão de Inteligência da Polícia Civil (Dipol), Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) e Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC).

https://www.facebook.com/MaisCarira/videos/2830806756961988/

Errata: O NE Notícias havia divulgado release da SSP sobre Operação Xeque-Mate com a informação de que o vereador José Alves também teria sido preso. O vereador não foi preso, um cidadão homônimo está entre os detidos.

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Sobre hackeamento de aplicativos: existem várias técnicas que possibilitam esta ação.

A mais comum é a chamada engenharia social, onde o hacker obtém dados mediante alguma simulação e os utiliza para ingressar nos perfis. No caso específico, até onde se sabe, foi explorada uma falha de segurança no sistema de telefonia, chamada falha SS7.

É mais sofisticada e exige um determinado conhecimento técnico, ainda mais para atacar tantos alvos específicos simultaneamente.