O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), está com coronavírus.
O secretário de Estado do Rio, Edmar Santos, também testou positivo.
Racha
O Governo do Rio de Janeiro parece estar rachado.
A exoneração do presidente do Detran, policial federal aposentado Antonio Carlos dos Santos, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, 16, pode ser o estopim de uma crise.

Na Assembleia Legislativa, o vice-líder do governo, Alexandre Knoploch, entregou o cargo, criticando a articulação política feita por André Moura, chefe da Casa Civil.
O deputado Rodrigo Amorim (PSL), considerado um dos mais fieis ao governador, assinou requerimento de pedido de CPI para investigar a compra emergencial de respiradores feita sob a justificativa de conter o novo coronavírus.
A aquisição feita pela Secretaria de Saúde está sendo investigada pelo Ministério Público.
Aliados do governador atribuem a André Moura e a um grupo de deputados o movimento que derrubou o presidente do Detran.
Alexandre Knoploch, que entregou a vice-liderança do governo na Assembleia, declarou que já havia dito ao governador que não concordava com a articulação política feita por André Moura.
Aliados dizem que André Moura não se empenha em defender do governo.
NE Notícias reproduz a seguir o que publica O Globo:
O vice-líder do governo, Alexandre Knoploch, entregou o cargo criticando a articulação política do governo feita pelo chefe da Casa Civil, o ex-deputado federal André Moura, filiado ao mesmo partido de Witzel, o PSC.
Tanto no Palácio Guanabara quanto na Alerj, pessoas próximas a Witzel atribuem a Moura e a um grupo de deputados, que seria capitaneado por Márcio Canella (MDB), o movimento que derrubou o presidente do Detran. O objetivo seria possibilitar indicações políticas. O sucessor, Marcello Braga Maia, é o quarto presidente do órgão em pouco mais de um ano e quatro meses de governo.
Alexandre Knoploch também criticou André Moura.
— Não concordo com a articulação política feita pelo governo na entrega de estruturas. Falei isso para o governador Wilson Witzel, com quem meu bom relacionamento permanece intacto.
No próprio Palácio Guanabara, pessoas próximas a Witzel afirmam que Moura não estaria se empenhando para defender o governo. E citam a fritura do secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, meses atrás, como exemplo.
— Parece que interessa ao André Moura que o governo fique frágil para que isso aumente o poder de barganha da Alerj — disse uma pessoa que frequenta o gabinete de Witzel.
O Globo