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A Polícia Científica de Sergipe (PCi) confirmou, nesta quinta-feira (2), que os 200 litros de whisky apreendidos em um grande evento em Poço Redondo não continham metanol, substância altamente tóxica que causou mortes em outros estados.

200 litros de bebidas alcoólicas apreendidas em Sergipe
Polícia Civil

Apesar do resultado, a perícia confirmou que a bebida era adulterada: os comerciantes confessaram que colocavam um produto de menor valor em garrafas de marcas famosas.

As bebidas foram apreendidas em agosto pela Polícia Civil, após denúncias sobre a venda de produtos que poderiam ser nocivos à saúde. O material foi encaminhado para análise no Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF).

Fraude

Segundo o delegado Antonio Gledson, a investigação identificou os proprietários de barracas de “drinks” e seus depósitos. “Durante a operação, em alguns dos locais foram apreendidas garrafas com tampa violada, com lacres sobrepostos, ou tampadas apenas com embalagem plástica”, relatou.

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Os suspeitos confessaram a intenção de comercializar o produto falsificado na festa da cidade, alegando que apenas abasteciam as garrafas com um whisky de valor inferior.

Perícia

O perito criminal Wesley Marques explicou que foram realizadas análises físicas e químicas para verificar a conformidade da bebida e a presença de substâncias nocivas. “Em exames de análises físicas, nós avaliamos se o lacre está violado, se está na posição correta ou se estão sobrepostos. Também observamos o rótulo”, exemplificou.

Apesar de não haver metanol nesta apreensão, o perito relembrou os riscos do consumo de bebidas adulteradas, que podem levar à cegueira ou até à morte. “Já houve caso de morte após ingestão de bebida alcoólica contaminada com agrotóxico”, alertou.

Exames periciais no Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), vinculado à Polícia Científica de Sergipe
Polícia Civil

Proteja-se

O IAPF orienta os consumidores a ficarem atentos a alguns sinais para evitar a compra de produtos adulterados:

  • Lacre: Verifique se não está violado, sobreposto ou em posição incorreta.
  • Rótulo: Observe se está bem conservado, com impressão de qualidade e informações claras do fabricante.
  • Padrão: Se possível, compare a cor e o volume do líquido com outras garrafas do mesmo tipo.
  • Preço: Desconfie sempre de preços muito abaixo do mercado.

Qualquer suspeita de adulteração deve ser comunicada à Polícia Civil (181) ou à Polícia Militar (190).

Veja como foi a perícia:

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NE Notícias, com informações da Polícia Civil