NE Notícias

O voto do ministro Gilmar Mendes, na Segunda Turma, do STF, para restaurar a cassação do mandato do deputado federal Valdevan Noventa (PL) pode ter reflexos na escolha de ministro do STJ.

Carlos Moura / STF

É o que informa a jornalista Bela Megale, em seu blog, no Globo:

O nome apoiado por Gilmar que integra a lista quádrupla enviada ao presidente, o do desembargador Ney Bello, está na corda bamba. Ele era dado como certo para ocupar uma das duas vagas no STJ, mas perdeu pontos entre integrantes do governo após o episódio. 

Depois da decisão do ministro, membros do Palácio do Planalto passaram a fazer uma campanha contra Ney Bello. Antes do julgamento, chegou a Bolsonaro a informação de que Gilmar deveria dar o voto de Minerva a favor do bolsonarista, mas o fato não ocorreu. Ele deu o voto na Segunda Turma para derrubar a restituição do mandato de deputado federal restabelecido por Kássio Nunes Marques.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pessoas próximas ao ministro relataram que Gilmar nunca mandou recados nessa linha ao governo, apesar da pressão para que decidisse a favor de Valdevan. O magistrado tem mostrado que vê com preocupação as ameaças feitas à segurança das eleições e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e atua para fortalecer a corte eleitoral. A reversão da cassação de Valdevan derrubaria uma decisão do TSE.

Nesse cenário, auxiliares do presidente afirmam que o desembargador Paulo Sergio Domingues, que tem o ministro Dias Toffoli entre os seus padrinhos, sai fortalecido. Outro nome que segue forte é o do presidente do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF-2), Messod Azulay, que tem entre seus defensores o senador Flávio Bolsonaro.    

Bela Megale, O Globo