O vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade. A solicitação foi feita nesta quarta-feira, 7, quando Fernando — filho do ex-presidente José Sarney — requereu que o Supremo reconsidere a decisão que devolveu o comando da CBF a Ednaldo em 2023.
A situação ocorre em meio a uma ruptura interna na CBF e a suspeitas de irregularidades envolvendo o processo eleitoral de 2022, que reconduziu Ednaldo ao cargo. Há indícios de que a assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, tenha sido falsificada. A acusação foi feita pela deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) em petição enviada ao STF.
Fernando Sarney é um dos oito vice-presidentes da entidade, mas não foi reeleito em março deste ano na chapa de Ednaldo. Em 2023, ele foi removido por Ednaldo das cadeiras que ocupava nos comitês executivos da Fifa e da Conmebol, sem qualquer justificativa prévia.
A CBF se pronunciou por meio de nota oficial, na qual nega qualquer irregularidade e critica a “espetacularização” do caso:
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé em todas as suas ações e decisões institucionais. […] É absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a pedido de uma parlamentar.”
Segundo a entidade, o acordo que validou a eleição de Ednaldo foi legítimo e homologado, e está atualmente pendente de pedido de vista no STF. O relator do caso no Supremo é o ministro Gilmar Mendes.
A nova ofensiva pode abrir caminho para a retomada das disputas políticas internas na CBF e coloca a presidência de Ednaldo em risco. Este não é o primeiro pedido de afastamento contra ele.
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