UFS

Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, 20, o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Valter Santana, e a reitora do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Ruth Sales, apresentaram o quadro orçamentário das duas instituições, com destaque para o bloqueio de recursos imposto às duas entidades. O evento ocorreu no Auditório dos Conselhos Superiores da UFS e foi transmitido pelo canal da universidade no YouTube.

O governo federal comunicou no final de maio o bloqueio de R$ 3,2 bilhões da verba do Ministério da Educação (MEC) prevista para 2022 — ou 14,5% do orçamento. Apesar de posteriormente recomposto na metade do valor contingenciado, na UFS o bloqueio representa R$ 3,7 milhões; no IFS, equivale a R$ 2,6 milhões. Segundo os reitores, o bloqueio impede o andamento de diversas atividades e pode ainda comprometer o ano letivo.

“Conseguimos idealizar para a UFS um planejamento para 2022, através do qual apoiamos ações estratégicas da nossa instituição, onde inserimos dentro do nosso contexto o desafio de retornar às atividades presenciais, dando condições [de permanência] para muitos alunos em condição de vulnerabilidade socioeconômica [perfil majoritário do corpo discente]”, diz Valter Santana. “O bloqueio nos deixa muito preocupados, temos que replanejar, e algumas dessas ações entram em risco de não serem executadas”, completa.

“Na assistência [estudantil], caímos para quase um terço [do valor disponível] — a redução, em termos numéricos: tínhamos R$ 5 milhões, passamos a ter R$ 1,4 mi. O IFS está presente em todas as regiões do estado, em 9 campi. Dos nossos discentes, 79% necessitam desse apoio, seja como auxílio transporte, auxílio moradia, auxílio alimentação, monitoria”, conta Ruth Sales.