O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) manteve a condenação do ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita Santos, por lavagem de dinheiro, mas reduziu a pena original.

O crime, segundo a Justiça, ocorreu entre 2007 e 2012 e envolveu a movimentação irregular de mais de R$ 12,8 milhões oriundos de verbas federais.
A decisão fixou a nova pena de Sukita em 9 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, a ser cumprida em regime fechado. Anteriormente, a sentença ultrapassava 10 anos. Além da prisão, o ex-gestor foi condenado ao pagamento de 235 dias-multa e fica impedido de exercer qualquer cargo ou função pública pelo período de 18 anos e 9 meses.
A investigação apontou que os recursos desviados tinham origens diversas, incluindo o Fundo Nacional de Saúde, programas educacionais e até verbas assistenciais como o Bolsa Família. A lavagem do dinheiro, segundo o processo, era realizada por meio de saques e depósitos fracionados em empresas de familiares.
Outros Condenados
A sentença também atingiu pessoas próximas ao ex-prefeito. Clara Miranir, irmã de Sukita, recebeu pena de 7 anos, 11 meses e 162 dias-multa em regime semiaberto. Já o ex-secretário de finanças do município, José Edivaldo dos Santos, foi condenado a 7 anos e 11 meses, também no semiaberto.
A ex-esposa do político, Silvany Yanina Mamlak, teve uma condenação parcial. Ela foi absolvida de algumas acusações e teve a pena fixada em 4 anos e 9 meses no regime semiaberto, sem o acréscimo de continuidade delitiva.
Defesas
Em nota, a defesa de Silvany destacou que a absolvição da maioria das acusações confirma sua aptidão para exercer cargos públicos e que contestará o único ponto remanescente nas instâncias superiores. Até o momento, o ex-prefeito Sukita e os demais citados não se manifestaram a respeito da condenação.
Todos os acusados ainda possuem o direito de recorrer da decisão.
Este espaço permanece aberto para manifestações das partes interessadas sobre o assunto.
NE Notícias, da redação

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