
A superlotação das grandes cidades, congestionamentos, horas em filas de banco tem deixado as pessoas estressadas e com problemas sérios de saúde, mas o que você não esperava saber neste momento é que a superlotação também tem matado pessoas. Para ser mais exato, 11 pessoas.
Em início de conversa, é melhor esclarecer que essa superlotação não está acontecendo em qualquer lugar, mas no ponto mais alto de todo o mundo, o Monte Everest, no Nepal. Ano após ano alpinistas desejam superar seus limites e conquistar o objetivo de estar nas alturas e esse desejo tem despertado a curiosidade mais e mais pessoas, incluindo as agências de turismo que tem levado pessoas para subir a montanha, muitas vezes sem nenhuma experiência com o alpinismo.
Esse crescimento exagerado do fluxo de pessoas na montanha tem provocado congestionamentos e filas nos 300 metros finais da subida. No pico, que estima-se ter o tamanho de duas mesas de pingue-pongue, estava lotada com 15 ou 20 pessoas se empurrando para fazer uma “selfie” e registrar o momento. Alpinistas que conseguiram chegar relatam que corpos de mortos estavam expostos no caminho de volta.
Outro grande problema se refere ao governo nepalês que, afeito aos dólares que arrecada com o Everest, emitiu mais permissões do que a área é capaz de suportar com segurança, afirmam escaladores veteranos.
De acordo com guias e alpinistas experientes, boa parte das mortes ocorridas em 2019 foram ocasionadas pelas longas filas nos últimos 300 metros da escalada, pois o engarrafamento dificulta a subida e descida suficientemente rápidas para reabastecer o estoque de oxigênio. As outras vítimas não tinham treinamento suficiente para estar na montanha.
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