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Sergipe é o 5º Estado brasileiro com o maior número de famílias pobres.

De acordo com o Mapa da Nova Pobreza divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 48,17% da população sergipana têm renda domiciliar per capita até R$ 497 mensais.

Os 4 Estados em situação pior do que Sergipe são: Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%) e Pernambuco (50,32%).

Ainda segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, entre 2019 e 2021, 9.6 milhões de pessoas entraram na linha de pobreza no Brasil.

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Série histórica do percentual de pobreza (dados FGV Social)

2021 – 29,62% da população na linha de pobreza

2020 – 25,08% da população na linha de pobreza

2019 – 26,05% da população na linha de pobreza

2018 – 26,86% da população na linha de pobreza

2017 – 26,79% da população na linha de pobreza

2016 – 26,51% da população na linha de pobreza

2015 – 24,93% da população na linha de pobreza

2014 – 23,72% da população na linha de pobreza

2013 – 25,48% da população na linha de pobreza

2012 – 27,36% da população na linha de pobreza

FGV

Sobre a pesquisa

O contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até 497 reais mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Este número em 2021 corresponde 9,6 milhões a mais que 2019, quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia. A pobreza nunca esteva tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica em 2012. Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas series anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados.

Além da medição da pobreza brasileira agregada e suas variantes, conferimos especial atenção a composição geográfica da pobreza para localizar os estoques e os fluxos de pobreza no território brasileiro. A Unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%) e aquela com a maior proporção de pobres foi o Maranhão com 57,90%. Lançamos mão de novas possibilidades de segmentar o país em 146 estratos espaciais: aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense com 72,59%, já a menor está no município de Florianópolis com 5,7%. Uma relação de 12,7 para um refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira.

A mudança da pobreza de 2019 a 2021 por Unidade da Federação em pontos percentuais na pandemia, revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais), e as únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95 pontos percentuais) e Piauí (0,03 pontos percentuais). Disponibilizamos um leque de rankings geográficos e de mapas de sobrevoo interativos para cada um explorar as carências sociais na sua área geográfica de interesse.

O objetivo desta nota é avaliar o nível e a evolução da pobreza durante os últimos anos no Brasil, usando os microdados da PNAD Continua Anual, recém disponibilizados pelo IBGE. Exploramos inicialmente cenário básico dos grandes números da pobreza nacional. O passo seguinte é a espacialização destes números. Na etapa final mapeamos a influência das escolhas metodológicas e de uma miríade de linhas de pobreza nacionais e internacionais nos resultados encontrados. Os maiores nível e incremento da pobreza brasileira recente se revelam robustos.