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Senadores líderes dos maiores partidos no Senado sinalizam posição contrária à volta das coligações proporcionais – deputados federais e estaduais, e vereadores -, como quer a Câmara.

Relatora da PEC das coligações, a deputada Renata Abreu (PL-SP) já fala em risco de ruptura institucional.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sinaliza a possibilidade de não colocar a PEC em votação.

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial – Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No PT, o senador Paulo Rocha (PA) não esconde a posição do partido:

Nós, do PT, somos contra (a volta das coligações proporcionais). É um retrocesso. Seria um retorno dos partidos cartoriais, que existem só para fazer coligação. Partidos que não têm força nenhuma pegam carona naqueles que têm força política e organização perante a sociedade.

Paulo Rocha

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), também se posicional contra a PEC:

“Causa suspeita quando se faz reforma política de dois em dois anos. Fica parecendo que o Congresso fez de cobaia os vereadores na eleição de 2020. Sou favorável à análise de uma reforma política, inclusive com a questão das coligações, mas sou contra aprovar qualquer mudança às pressas, até outubro deste ano, para que já entre em vigor no pleito do ano que vem. Acho que para haver reforma política tem que ter diálogo e sintonia entre Câmara e Senado.”

Eduardo Gomes

No Congresso, parlamentares dizem que “até parece que fizeram os vereadores de Tobias”, impondo a proibição nas eleições de 2020.