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A cantora Rita Lee foi condenada a indenizar os policiais militares que xingou durante show no festival Verão Sergipe, em Aracaju, em janeiro no ano passado. Na ocasião, a cantora interrompeu a apresentação e passou a insultar os policiais que buscavam drogas entre o público. Após a confusão, ela chegou a ser detida. A decisão, expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira, é final. Não cabe mais recurso. A cantora tem prazo de 15 dias para fazer o pagamento — caso contrário, cabe multa de 10% sobre o valor.

Em abril, Rita havia sido condenada a pagar indenização por danos morais a cada PM no valor de 5 000 reais — com os valores corrigidos, a indenização a cada um dos 33 policiais militares será, agora, de 7 300 reais para cada policial, de acordo com notícia do site sergipano Infonet reproduzida pelo blog da Associação dos Militares do Estado de Sergipe.

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No Twitter, a cantora expressou insatisfação com a decisão. “A truculência que houve no meu show foi igual a das recentes manifestaçōes. Me posicionei ao lado do público. Para safado, nenhum tostāo furado. Apenas minha silenciosa manifestaçāo anti vocês-sabem-quem. Quando a ditadura é um fato, a resistência é um dever”, escreveu, sem perder a virulência que deu no que deu.

Relembre o caso – Em 29 de janeiro de 2012, Rita Lee foi detida pela Polícia Militar de Aracaju, Sergipe, durante o festival Verão Sergipe — show que deveria marcar sua despedida dos palcos, o que acabou não se concretizando, já que ela continuou se apresentando nos meses seguintes. Ela se dizia contra a presença de policiais militares, que revistavam os espectadores do show para reprimir o uso de drogas, e ironizou os soldados, pedindo para eles se acalmarem e “fumarem um baseadinho”. Como os policias não se retiraram do local, a roqueira, de 67 anos, passou a agredi-los verbalmente, usando palavras como “cachorros” e “cavalos”.

Os policias cessaram a busca. No entanto, cercaram Rita ao final do show e a convidaram a comparecer à delegacia, sob acusação de fazer apologia ao crime. A cantora se recusou a acompanhar os oficiais e também não quis falar com os jornalistas, que a esperavam para uma entrevista coletiva. Ela, então, foi processada por apologia ao crime e desacato a autoridade.