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Um homem foi preso em Aracaju acusado de aplicar golpes de venda de carros e imóveis que não eram de sua propriedade, causando prejuízo estimado em R$ 780 mil. Segundo a Polícia Civil, o investigado agia com persuasão, construía relações de confiança e já tem histórico de crimes semelhantes.

Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) da Polícia Civil em Aracaju
Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) da Polícia Civil

Os detalhes da investigação e o modo de atuação do investigado foram divulgados nesta terça-feira (3):

O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) cumpriu mandado de prisão contra um homem investigado por golpes aplicados em torno da venda de bens e veículos que não eram de sua propriedade em crimes cometidos em Aracaju. Ele estabelecia uma relação de confiança para negociar a venda de veículos, o que causou prejuízo financeiro às vítimas estimado em R$ 780 mil.

De acordo com a delegada Suirá Paim, as investigações tiveram início em abril deste ano, quando uma das vítimas procurou a unidade policial para registrar um boletim de ocorrência por estelionato que havia sofrido. “O crime ocorreu na modalidade de disposição de coisa alheia como própria”, explicou [veja mais abaixo].

No golpe, o investigado se aproximava das vítimas, construía uma relação de confiança e, a partir disso, fazia propostas de negócios muito atrativas. “As vítimas, confiando, realizavam transações comerciais de compra e venda de veículos ou imóveis. Após o pagamento, elas descobriam que os bens não pertenciam a ele, e sim a terceiros”, detalhou.

Segundo a delegada Lauana Guedes, o investigado agia de maneira articulada.

“Em um dos casos que investigamos, uma das vítimas adquiriu dois veículos que, na verdade, pertenciam a locadoras de veículos. Essas empresas também foram enganadas por ele”, detalhou a delegada integrante do Depatri.

O golpe era aplicado de diferentes formas: em relação às locadoras, ele alugava os veículos normalmente, mas não os devolvia, o que configura apropriação indébita. “Já com terceiros, ele usava os carros como garantia em negociações, e esses veículos acabavam repassados para outras pessoas, que também eram enganadas”, especificou Lauana Guedes.

Para concretizar os golpes, o investigado agia com persuasão, assim como detalhou Lauana Guedes.

“Em um dos episódios, ele convenceu a proprietária de uma locadora a reformar a casa dele. Durante a reforma, inventou uma história, envolveu um pedreiro dizendo que o homem tinha uma dívida com ele, e o pedreiro também saiu prejudicado”, relatou.

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Além do caso investigado, ele já responde a outros inquéritos. “Ele tem uma extensa ficha criminal, com passagens por estelionato e apropriação indébita. Sempre age da mesma forma: conquista a confiança das vítimas, transaciona bens de terceiros e causa prejuízos financeiros consideráveis”, salientou a delegada Lauana Guedes.

As investigações também seguem em andamento e o Depatri evidenciou que outras ocorrências semelhantes estão sendo investigadas. “Já temos notícia de outros registros envolvendo esse mesmo suspeito. O inquérito policial foi concluído, remetido à Justiça, e ele está à disposição do Poder Judiciário”, destacou a delegada Suirá Paim.

Suirá Paim concluiu ressaltando que o histórico do investigado agrava a situação criminal do investigado. “O fato de ele já ter passagens anteriores pela polícia, especialmente pela prática de estelionato, demonstra a periculosidade e a reiteração criminosa, caracterizando um comportamento contumaz nesse tipo de delito”, finalizou.


Com informações da Polícia Civil de Sergipe