SSP-SE

A Polícia Civil de Lagarto deflagrou uma operação para o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e de seis decisões judiciais de busca e apreensão nas cidades de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro. A ação policial, que ocorreu na manhã dessa quarta-feira (3), é referente à investigação de um suposto desvio de verba pública em Lagarto. A diretora de uma escola pública e um empresário foram presos.

A ação policial foi realizada pela 3ª Divisão da Delegacia Regional de Lagarto, com apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), da Delegacia Regional de Lagarto, da 2ª Divisão da Delegacia Regional de Lagarto, da Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis de Lagarto (DAGV) e da Delegacia Regional de Itabaiana. 

A investigação teve início em outubro de 2021, após notificação à delegacia acerca de suposto desvio de verba pública, montante que foi encaminhado a uma escola estadual situada no Povoado Jenipapo, no município de Lagarto. 

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Conforme informado pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe (Seduc), o valor destinado à unidade de ensino foi de R$ 120 mil, com o objetivo de ser utilizado na melhoria estrutural da escola.

Após análise dos extratos bancários da conta pública em que estava alocada a verba, a investigação identificou que, entre abril e agosto de 2021, os valores foram enviados –  através de cheques de saques e compensações bancárias – a familiares da então diretora da unidade de ensino – companheiro, filha e também uma empresa sediada em Aracaju, a qual não possuía nenhum vínculo com o Poder Público. 

Da mesma forma, a investigação constatou que, em conformidade com o depoimento de integrantes do Conselho Escolar da Unidade de Ensino, apesar do valor público ter se esgotado nas transações acima mencionadas, não houve prestação de contas da verba junto à Seduc, e nem foram efetuadas obras de melhorias na unidade educacional.

Os mandados de buscas e apreensões foram cumpridos, havendo a apreensão de outros cheques de titularidade do poder público assinados pela diretora investigada, assim como também de notas fiscais, comprovantes de transferências bancárias e aparelhos celulares. Os presos e o material apreendido encontram-se à disposição da Justiça.