O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a deflagrar, nesta terça-feira (8), uma operação de busca e apreensão contra um deputado federal [Júnior Mano (PSB-CE)] e outros cinco investigados. Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e no Ceará.

A investigação, que tramita sob sigilo, apura o desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares e fraudes a licitações envolvendo municípios cearenses.
Com aval da Procuradoria-Geral da República, o ministro também autorizou o acesso aos dados telemáticos de celulares apreendidos e o bloqueio de ativos financeiros, no total de R$ 54 milhões, pertencentes a pessoas físicas e jurídicas investigadas.
A Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira (8), mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado Júnior Mano (PSB-CE), na Câmara dos Deputados, no apartamento funcional do parlamentar em Brasília e em endereços no Ceará, incluindo sua cidade natal e a capital, Fortaleza.… pic.twitter.com/6gUc3OpMKx
— GloboNews (@GloboNews) July 8, 2025
Além disso, Gilmar Mendes determinou o compartilhamento integral das provas com a Controladoria-Geral da União, para eventual responsabilização administrativa dos agentes públicos envolvidos.
O ministro autorizou ainda a abertura de uma investigação específica para apurar, de forma aprofundada, a possível participação de autoridades com foro privilegiado na destinação e execução ilícitas de emendas parlamentares.
Outro lado
A assessoria do parlamentar se manifestou em nota:
“O deputado Júnior Mano não tem qualquer participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.
Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.
O parlamentar reafirma sua confiança nas instituições, em especial no Poder Judiciário e na Polícia Judiciária Federal, e reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública.
Tem plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta.
Assessoria de imprensa. Deputado Federal Júnior Mano”.
Com informações do Supremo Tribunal Federal (STF)
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