A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu, por unanimidade, romper com a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder do partido na Casa, deputado Mário Heringer (MG), confirmou o afastamento e apontou insatisfação com o tratamento dispensado ao partido pelo governo federal, além da falta de perspectiva política para as eleições de 2026.

A movimentação ocorre dias após o pedido de demissão do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que é presidente do partido. A saída dele foi motivada pelo impacto político de um escândalo envolvendo fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os desvios teriam ocorrido entre 2019 e 2024.
A bancada pedetista não aceita que a roubalheira no INSS seja debitada à “inoperância” de Lupi.
Com 17 deputados federais e três senadores, a sigla agora se posiciona formalmente fora do campo governista. A decisão agrava ainda mais a tensão entre o Palácio do Planalto e partidos outrora considerados aliados.
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