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O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) aceitou a denúncia do Ministério Público Eleitoral contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e mais três políticos do Partido Liberal. Eles são acusados de disseminação de fake news durante o processo eleitoral de 2024 e ataques difamatórios ao então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição e falecido este ano.

Deputado bolsonarista Nikolas Ferreira
Kayo Magalhães|Câmara dos Deputados

Além de Nikolas, tornaram-se réus o deputado estadual Bruno Engler (PL) — que concorreu à Prefeitura —, a deputada estadual Delegada Sheila (PL) e Cláudia Araújo, candidata a vice de Engler na última disputa.

Os quatro têm dez dias para apresentar defesa, conforme despacho do juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte.

Caso condenados, poderão perder os mandatos, tornar-se inelegíveis por até oito anos e ser obrigados a pagar indenizações.

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Sobre a denúncia do Ministério Público

Segundo o Ministério Público, durante o 2º turno das eleições os acusados usaram trechos do livro “Cobiça”, de Fuad Noman, para associá-lo à pedofilia e erotização infantil. Vídeos da campanha de Engler foram anexados ao processo. O MP afirmou que os parlamentares utilizaram “meios escusos”, atribuindo à obra “um caráter difamatório”. Nikolas, de acordo com a atuação do MP, teria atuado “de forma leviana e injusta”.

O parlamentar também teria descumprido ordem judicial anterior, que determinava a exclusão dos conteúdos, mas seguiu com as publicações em tom de deboche, segundo as apurações do Metrópoles.

JP News

Outro lado

Em seu perfil no X, Nikolas Ferreira repudiou a denúncia, classificando-a como “perseguição política”. Disse o bolsonarista:

“Estão querendo cassar os meus direitos políticos por que fiz rachadinha? Por que coloquei dinheiro na cueca? Por que quebrei estatais? Não! Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar e denunciar mais, não? É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país.”