Ellen Bianca de Franca Santana Resende, moradora do município de Santo Amaro das Brotas, em Sergipe, é apontada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como uma provável “laranja” em um esquema bilionário de lavagem de dinheiro comandado por integrantes da facção criminosa PCC.

A investigação, parte da Operação Carbono Oculto, revelou que a cuidadora, de 31 anos e com um salário registrado de R$ 1.428, figurou como sócia em pelo menos 18 empresas de fachada. Essas empresas, incluindo postos de combustíveis e uma rede de padarias em São Paulo, seriam utilizadas para lavar dinheiro e ocultar o patrimônio ilícito do grupo.
“Fizemos um pente fino, porque a rede é muito grande. Numa pequena cidade de Sergipe, município de 10 mil habitantes, temos cinco pessoas dessa cidade, que têm trabalhos, atividades, inclusive sociais, que são gestoras de empresas com fundos bilionários. Uma delas, inclusive, tem uma centena de empresas no nome“, disse João Paulo Gabriel, do Gaeco de Ribeirão Preto (SP).
Segundo os promotores, Ellen Bianca teria atuado em nome de Mohamad Hussein Mourad, apontado como o principal articulador do esquema, que envolvia fraudes fiscais e a criação de camadas societárias para dificultar o rastreamento dos verdadeiros beneficiários.
As apurações indicam que, em julho de 2023, dezessete dessas empresas foram transferidas para Maria Edenize Gomes, vizinha de Ellen, em uma manobra para criar novas camadas de ocultação.

Outro lado
Em nota, elas afirmam que estão colaborando com as autoridades e questionam qualquer vínculo com as irregularidades apontadas na investigação. O espaço segue aberto para novas manifestações.
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