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NE Notícias reproduz a seguir nota de movimentos do PDT-SE publicada no blog do jornalista Cláudio Nunes:


Em cima do muro, Fábio Henrique?

Querendo contentar a multidão, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado. 

(Marcos 15:15)

O Brasil vive um momento delicado. As piores crises econômica e sanitária das últimas décadas encontraram um governante totalmente despreparado guiando a nação. Os resultados têm sido trágicos: mais de 215 mil mortos, milhões de desempregados, preço dos alimentos e combustíveis disparando, Amazônia e Pantanal devastados.

Bolsonaro tem culpa pela situação do país. Mesmo antes da pandemia, as condutas do presidente abalaram a credibilidade do governo: interferiu na PF para proteger seu filho das investigações, ameaçou o STF diversas vezes, respaldou ataques contra a democracia. Diante da Covid-19, não seguiu as recomendações da comunidade científica, negligenciou os riscos à
saúde pública, demitiu dois médicos do comando do Ministério da Saúde, incentivou aglomerações e atrasou a vacinação.

Políticos de diferentes espectros ideológicos consideram que Bolsonaro abusou do poder, atentou contra a segurança do país, agiu de modo incompatível com o decoro do cargo, estimulou ataques contra a ordem democrática e expôs os cidadãos à morte pelo coronavírus.

O instrumento constitucional adequado para lidar com um presidente que comete crimes de responsabilidade é o impeachment. Na Câmara Federal, já foram protocolados 61 pedidos de impeachment. O primeiro partido político a apresentar um desses pedidos foi o PDT. 

Lideranças pedetistas importantes – como Ciro Gomes, Carlos Lupi, André Figueiredo e Antônio Neto – defendem publicamente que o presidente seja impichado.

Assim, nada justifica as declarações recentes do Deputado Federal Fábio Henrique(PDT/SE). Em entrevista à rádio Xodó FM, questionado sobre sua posição acerca do impeachment de Bolsonaro, respondeu que o momento não é de pensar em impeachment, mas no auxílio emergencial. Ora, por acaso não seria possível apoiar o auxílio emergencial e o impeachment? 

Geralmente, a omissão de um líder costuma ser um erro político. Entretanto, na atual conjuntura, pode adquirir a gravidade de um pecado histórico. Mesmo convencido da inocência de Jesus, Pilatos escolheu agradar a plateia e lavou as mãos. As realizações de Pôncio Pilatos como governador da Judeia caíram no esquecimento. Mas sua atitude omissa face à condenação de Cristo será eternamente lembrada.

Assinam esta nota:
EmFrente/Sergipe
Juventude Socialista/Aracaju
PDT Diversidade/Aracaju
Socialismo Moreno
Turma Boa de Sergipe