O jornal O Estado de São Paulo publica nesta quarta-feira, 3, artigo assinado do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
Embora não cite o nome do ministro decano do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, Mourão não usa meias-palavras: “irresponsável”, “intelectualmente desonesto”.
NE Notícias já havia publicado, na íntegra, nota de Celso de Mello.
Mourão também foi duro sobre as manifestações antirracistas, que há vários dias se repetem nos EUA, e as manifestações recentes de movimentos que se intitulam “pró-democracia”:
Imagens mostram o que delinquentes fizeram em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Registros da internet deixam claro quão umbilicalmente ligados estão ao extremismo internacional.
É um abuso esquecer quem são eles, bem como apresentá-los como contraparte dos apoiadores do governo na tentativa de transformá-los em manifestantes legítimos. Baderneiros são caso de polícia, não de política.
Portanto, não me dirijo a eles, sempre perdidos de armas na mão, os que em verdade devem ser conduzidos debaixo de vara às barras da lei.
(…) Aonde querem chegar? A incendiar as ruas do País, como em 2013? A ensanguentá-las, como aconteceu em outros países? Isso pode servir para muita coisa, jamais para defender a democracia.
(…) Desde quando, vigendo normalmente, ela precisa ser defendida por faces mascaradas, roupas negras, palavras de ordem, barras de ferro e armas brancas?
(…) É forçar demais a mão associar mais um episódio de violência e racismo nos Estados Unidos à realidade brasileira. Como também tomar por modelo de protesto político a atuação de uma organização nascida do extremismo que dominou a Alemanha no pós-1.ª Guerra Mundial e a fez arrastar o mundo a outra guerra. Tal tipo de associação, praticada até por um ministro do STF no exercício do cargo, além de irresponsável, é intelectualmente desonesta.
Hamilton Mourão
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