Divaldo Pereira Franco, um dos maiores nomes da doutrina espírita no Brasil e no mundo, morreu aos 98 anos, na noite desta terça-feira (13). A informação foi confirmada pela Mansão do Caminho, obra social fundada por ele em Salvador (BA), que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade.
“Retornou hoje à Pátria Espiritual, às 21h45, o médium, orador espírita e embaixador da paz no mundo Divaldo Pereira Franco aos 98 anos. Divaldo dedicou sua vida à Causa Espírita e ao amor ao próximo em Salvador e no mundo”, declarou a instituição em nota oficial.
A causa da morte não foi divulgada. O médium tratava um câncer na bexiga, diagnosticado em novembro de 2024. Em fevereiro deste ano, ele relatou que teria recebido orientação espiritual para se preparar para o “desencarne” [publicamos aqui].
“Eu fui orar e os mentores me disseram que era um problema grave e eu me preparasse psiquicamente para uma possível desencarnação (…) Comecei pela escala do desapego. O que prende o espírito é o apego pelas coisas, pelas pessoas“, afirmou, à época.
O velório será realizado nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no Ginásio da Mansão do Caminho, em Salvador. O sepultamento ocorrerá na quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz.
Trajetória espiritual
Nascido em Feira de Santana (BA), em 5 de maio de 1927, Divaldo Franco iniciou suas atividades como palestrante espírita aos 19 anos, em Aracaju, na União Espírita Sergipana. Sua missão se estendeu por mais de 2.500 cidades em 71 países, com mais de 20 mil conferências realizadas ao longo de oito décadas.
Publicou mais de 260 livros, psicografados sob orientação da guia espiritual Joanna de Ângelis, com mais de 10 milhões de exemplares vendidos. Foi reconhecido mundialmente como um dos maiores divulgadores do espiritismo, sendo também embaixador da paz em diferentes fóruns internacionais.
Nos últimos anos, adotou posicionamentos públicos sobre política, tendo declarado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que gerou críticas de parte do movimento espírita, especialmente de setores progressistas.
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