Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde (MS) recomendou na tarde desta terça-feira (11) a suspensão da vacinação de mulheres gestantes que não tenham comorbidades. Aquelas que tiverem algum problema de saúde devem ser imunizadas com doses da Coronavac/ Butantan e Pfizer. Nos próximos dias será divulgado um relatório com orientações para as gestantes que já tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca, desenvolvida pela Fiocruz.

Em coletiva à imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reafirmou, na tarde desta terça-feira (11), o compromisso em salvar vidas por meio da campanha de ampla vacinação. O ministro reiterou a confiança da pasta na segurança e na eficácia das vacinas. “Vamos acompanhar todas as gestantes que foram imunizadas, como já estamos fazendo, independente do tipo de agente imunizante, para verificar se há algum tipo de evento adverso. Todo programa de imunização é coordenado por uma equipe técnica capacitada”, disse.

SES

No final de abril, o Programa Nacional de Vacinação (PNI) decidiu que grávidas e puérperas, até 45 dias depois do parto, deviam ser vacinadas devido ao cenário epidemiológico com elevada circulação do coronavírus e aumento de óbitos materno pela Covid-19. A conclusão do grupo de técnicos e especialistas foi de que o risco versus benefício das gestantes era favorável às vacinas. “A decisão de imunização foi baseada em critérios exclusivamente técnicos de amplo respaldo internacional”, afirmou o ministro Queiroga.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, afirmou que: “As gestantes com comorbidades poderão iniciar os esquemas vacinais para receber os imunizantes da Pfizer e da Coronavac”. Francieli também apresentou dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) sobre a vacinação das gestantes. De acordo com a coordenadora, pelo menos 22 mil mulheres grávidas já foram imunizadas.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, apoiou a decisão do Ministério e reforçou a importância da vacinação . “É muito importante que tenhamos um olhar para as gestantes”, disse. Também reforçou a importância da vacinação e os resultados positivos que ficam claros quando se observa a redução dos números de internações. “Reforço nossa direção no sentido de fortalecer a farmacovigilância e de fortalecer os estudos das vacinas”, disse.