Estreando esse espaço privilegiado do NE Notícias, sempre às terças e quintas-feiras, concedido pelo amigo Gilmar Carvalho, a quem sempre fui grato, desde o início do século 21, ano 2002, quando fui seu Produtor na Rádio Jornal, quero falar sobre a desfaçatez de alguns personagens da política, e como sergipano, nos atentemos aos nossos conterrâneos.

Se não vejamos. Estamos em 2023, a pouco mais de um ano para as eleições municipais e sempre que são questionados sobre as conversas, os principais atores desconversam, falam que não estão pensando em eleições. Mentira! Eles só pensam nisso! Estão todos pensando e se movimentando com vistas ao pleito de outubro de 2024. Não seria muito mais decente falarem a verdade, tipo: “estamos conversando, não há nada decidido, mas estamos sim pensando e conversando sobre as eleições”, de 2024 e de 2026, também.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um exemplo claro é o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, agraciado pelos aracajuanos com quatro mandatos, o que é motivo de orgulho para qualquer ser humano, prefeito de uma capital por tantas vezes. Sim, isso é um fato histórico. Sobre essas conquistas, Edvaldo só precisaria entender que, além de ser consagrado pela maioria da população que depositou os votos nas urnas, por conta do seu trabalho reconhecidamente bem feito, ele em todas as eleições precisou fundamentalmente de políticos e de grupos políticos, e é uma pena que ele nunca soube valorizar essa ajuda recebida. Edvaldo é uma pessoa quando está fora do poder, liga para conversar, tomar cafezinho e se mostra altamente companheiro. Após vencer as eleições, ele tira essa roupa e veste outra totalmente diferente, a ponto de ser completamente desatencioso com quem o ajudou a conquistar as vitórias. Por isso que não é governador de Sergipe hoje, apesar de todas as pesquisas apontarem ele como o favorito na eleição passada. Lembro que até Valmir de Francisquinho (Itabaiana) disse que se Edvaldo fosse o candidato, votaria nele, não sendo candidato. Valmir teve mais de 457 mil votos nas urnas e ganharia no primeiro turno se não fosse retirado da eleição.

Quando questionado sobre as próximas eleições, Edvaldo diz que está focado na gestão de Aracaju e que só irá pensar em eleição, no próximo ano. Se assim fosse, ele não teria viajado à Brasília, acompanhado da atual secretaria municipal de saúde, para convidar, via Marcio Macedo, para a inauguração da maternidade localizada no bairro 17 de março, o presidente Lula, a quem
Edvaldo disse que não mais influenciava nas eleições aqui em Sergipe. Diga-se de passagem, o bairro 17 de Março é uma comunidade que foi construída por Edvaldo e que deu dignidade a milhares de sergipanos, esse mérito ninguém pode tirar dele. Edvaldo já avisou que essa será a chave para que a secretaria Waneska Barbosa consiga abrir a porta da viabilidade de sua candidatura a prefeita de Aracaju. Além de Waneska, Edvaldo ainda tem na manga, o nome de Luís Roberto, atual secretário estadual de infraestrutura. O prefeito Edvaldo sabe que os aracajuanos estão propensos a elegerem uma mulher em 2024.

Aqui, não dá pra deixar de falar na oportunidade jogada fora pela delegada Daniele Garcia. Ao aceitar ser a secretária da mulher de Fábio Mitidieri, perdeu a chance de ser eleita pelos aracajuanos para administrar nossa Capital. Ela poderia ter apoiado Fábio no segundo turno, mas jamais aceitar o cargo de assessora, manteria-se independente e com liberdade para se apresentar como alternativa clara ao cargo de prefeita, afinal, foi ela que enfrentou o próprio Edvaldo, em 2020. Esse projeto, ser a primeira mulher eleita para governar a capital está sendo calculadamente realizado por Emília Correia, com ajuda de um grupo de pessoas que enxergaram a chance de tê-la como prefeita.
Finalizando esse artigo de estreia no NE Notícias, falemos sobre eleições de 2026, novamente aqui veremos figuras fugindo da resposta, a exceção de Belivaldo Chagas (igual Jackson Barreto, que não mais iria disputar eleições e que já estava na hora de ir pra casa e deixar gente nova ocupar os espaços) e Luciano Bispo, ambos já admitiram a disposição em disputar as duas vagas ao senado em 2026, todos os outros agentes políticos com bala na agulha irão negar. Pasmem, até mesmo o atual senador Alessandro Vieira, que a exemplo de Daniele também deixou a condição de líder, para liderado, quando indicou várias pessoas a participarem, legitimamente, do governo de Fábio, pois ajudaram no segundo turno, na eleição. Alessandro responde quando perguntado, que “ainda é cedo para falar sobre eleições”.
Não é verdade, plagiando a personagem “Dona Bela, da escolinha do professor Raimundo (eterno Chico Anisio), todos eles, “só pensam naquilo” (eleições).
Gratidão, compartilhe copiando o link com seus amigos e amigas. Até a próxima quinta-feira!
Marcos Aurélio
@marcosaureliose (Twitter)

O comentário é de responsabilidade do autor da mensagem; não representa a opinião de NE Notícias.