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O cenário em que Sergipe era considerado o estado mais violento do país mudou drasticamente em oito anos. A divulgação feita pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEAcrim), da Secretaria da Segurança Pública (SSP), nesta sexta-feira (7), mostra que número de homicídios caiu 61,6% em comparação entre o primeiro semestre de 2016 e o de 2023, representando pelo menos 383 vidas salvas. O mês de junho de 2023 teve o menor número desde outubro de 2007

Em comparativo na série histórica, o número de homicídios no semestre é o menor desde 2005, quando foram registrados 234 homicídios. O comparativo é feito com o ano de 2016 em decorrência de ter sido o ano em que Sergipe apresentou a pior taxa de homicídios do Estado. 

SSP Sergipe

Conforme o levantamento elaborado pela CEACrim da SSP, enquanto que, no primeiro semestre de 2016 foram registrados 622 homicídios, no mesmo período de 2023 ocorreram 239 crimes. Os números indicam a retração de 61,6% registrada entre 2016 e 2023. Já em comparativo entre o primeiro semestre de 2022, em que aconteceram 291 homicídios, e 2023, com 239 casos, a queda foi de 17,9%.

Ainda segundo os dados da CEACrim, da SSP, o interior do estado apresentou a maior redução dos homicídios entre 2022 e 2023. Enquanto que no primeiro semestre do ano passado foram contabilizados 150 homicídios, no mesmo período deste ano foram registrados 118 crimes. Em termos percentuais, a redução registrada entre o primeiro semestre de 2022 e o de 2023 foi de 21,3%. 

Já na capital, ainda de acordo com o levantamento da CEACrim, ao passo que no primeiro semestre de 2022 foram contabilizados 52 homicídios, no mesmo período de 2023 ocorreram 45 crimes. Em termos percentuais, a redução foi de 13,5%. Na Região Metropolitana, aconteceram 52 homicídios no primeiro semestre de 2022 e 45 no mesmo período de 2023. A redução foi de 13,5%.

O diretor da CEACrim, Sidney Teles, destacou o marco conquistado no mês de junho. “Em junho foram 27 homicídios, é o menor número da série histórica. O trabalho que nós fazemos diariamente é estudos sobre esses dados. A redução é gradativa e a cada ano a gente vem reduzindo, nos aprimorando a cada ano para que continuemos reduzindo cada vez mais”, destacou.  

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A diretora do DHPP, unidade responsável pelas investigações de homicídios na Grande Aracaju, Juliana Alcoforado, ressaltou a reestruturação da unidade como fato importante para a redução de crimes. “Hoje temos equipes de plantão e de prontidão para que a gente possa atender a todas as cenas de crime. As equipes colhem as informações , o que possibilita a colheita de informações, o que aumenta o número de prisões e evita novos crimes”, salientou. 

O comandante da Polícia Militar, coronel Alexsandro Ribeiro, enfatizou que a queda dos homicídios reflete o reforço do policiamento. “Nós convocamos de forma extraordinária e  reforçamos abordagens a pessoas e veículos, além da apreensão de armas de fogo, fruto do trabalho intensivo da Polícia Militar, o que tem dado certo e apresentado reduções na incidência de homicídios em Sergipe”, reforçou.

O coordenador-geral de perícias, Nestor Barros, enfatizou que a reformulação da Polícia Científica também contribuiu para o enfrentamento à criminalidade. “Nós tivemos um grande número de apreensões de drogas, que são encaminhadas à perícia. Assim, emitimos laudos periciais que levam os autores dos crimes à Justiça. Hoje nós temos uma perícia que nos possibilita dar respostas rápidas às investigações”, comentou.

O delegado-geral, Thiago Leandro, concluiu reforçando que a redução dos homicídios se deve também às melhorias que estão sendo feitas para a elucidação desses crimes contra a vida. “Em 2016, não tínhamos sensação de segurança pública. E agora estamos buscando essa sensação de segurança. Nós temos que continuar combatendo a criminalidade para evitar homicídios”, finalizou.

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