O Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrida nesta segunda-feira (4).

Em uma publicação nas redes sociais [veja mais abaixo], o órgão do governo Trump chamou o magistrado de “violador de direitos humanos sancionado pelos EUA” e afirmou que Moraes “continua a usar as instituições do Brasil para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”.
O Departamento de Estado também emitiu uma ameaça direta, afirmando que responsabilizará todos que forem ‘cúmplices’ da conduta do STF:
“Os EUA condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliam e incentivam condutas sancionadas.”
A crítica ocorre na esteira da sanção imposta ao ministro na semana passada, com base na Lei Magnitsky.
A decisão de Moraes foi justificada pelo “reiterado descumprimento das medidas cautelares” por parte de Bolsonaro. O estopim foi um vídeo publicado no domingo (3) pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em que o ex-presidente se manifestava durante os atos de apoio.
Além da prisão domiciliar, o ex-presidente está proibido de receber visitas, com exceção de advogados, e de utilizar celulares, mesmo que por intermédio de terceiros.
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