Em protesto por recomposição salarial e respeito às negociações, auditores fiscais de Sergipe paralisam as atividades por 24 horas em toda a Sefaz. O movimento, organizado pelo SINDIFISCO, busca pressionar o governo estadual e alertar para as perdas salariais da categoria.

Veja a nota completa divulgada pelo sindicato:
Acompanhada por um trio de zabumbeiros, a diretoria do Sindicato do Fisco do Estado de Sergipe (SINDIFISCO/SE) percorreu as salas da sede da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz/SE) anunciando a paralisação de 24h, que começou nesta terça-feira, 3 de junho, em todas as unidades da Sefaz/SE (sede, postos fiscais e Ceacs). A repercussão deu certo! Os auditores e auditoras seguiram o percurso no estreito corredor da Sefaz.
Do lado de fora, em uma tenda, o sindicato afixou faixas denunciando as dificuldades das negociações salariais com os representantes da Sefaz/SE e cobrando a abertura de um canal de negociação sobre a pauta apresentada no ano passado. O protesto aconteceu na manhã de segunda-feira, 2 de junho.
Atualmente, a Sefaz está localizada no 3º andar do prédio Boulevard Aracaju, no Bairro Jardins. Nas faixas, o Sindicato estampou as seguintes frases:
“Sr. Governador, Cumpra o que sua Secretária da Fazenda negociou!”; “Quem não cumpre acordo é caloteiro”; “Fisco em mobilização: Forró do Calote”.
SINDIFISCO/SE
De acordo com o presidente do SINDIFISCO/SE, José Antônio, os protestos do início deste mês foram deliberados por unanimidade em assembleia e visam sensibilizar o governo estadual a abrir um canal de negociação.
“Não podemos nos iludir com a boa vontade do governo, porque a lógica do governo é ter a maior mão de obra com o menor custo, e a nossa lógica é a recomposição salarial, que a inflação corrói diariamente, semanalmente, mensalmente… Então, é importante essa união e participação da categoria na paralisação desta terça, para dar o recado de que a gente não aceita que o Fisco seja discriminado em 2025. Teremos uma simples progressão em valor ínfimo, em julho. Isso é o que o governo quer conceder ao Fisco em 2025. Não vamos aceitar, porque temos perdas acumuladas em mais de 40%, e nem a própria promessa do governador em aproximar a média do Fisco Nacional será cumprida desse jeito. O único estado que estava atrás do nosso salário era a Paraíba, mas eles tiveram revisão salarial. Hoje somos efetivamente as lanternas do Brasil, do ponto de vista salarial. Perdemos esse posto para a Paraíba, que agora é a penúltima. Não podemos aceitar essa condição. Se, nesse momento de aumento crescente da receita estadual, não tivermos a capacidade de sensibilizar o governo para recompor essas perdas, o futuro será mais difícil. A hora é agora, o Fisco exige respeito, cumpra-se o que foi negociado”.

A liderança sindical voltou a recordar a última reunião com a secretária Estadual da Fazenda, Sarah Tarsila Andreozzi, onde foram informados de que não há ganhos para os servidores em 2025.
“É uma ilusão achar que em 2026 o governo vai ficar bonzinho. Admitir que a gente só discuta salários em 2026 é colocar os salários dos servidores no balaio das conveniências e barganhas políticas. A necessidade de revisão salarial é anual e constitucional; não podemos transformá-la em uma barganha política em ano eleitoral. A hora é agora! Estamos com uma série de mobilizações como o ‘Forró do Calote’ e a paralisação de 24h em todos os locais de trabalho na Sefaz. É importante a determinação da categoria e só assim será possível sensibilizar o governo para abrir um canal de negociação e fazer as concessões agora em 2025. As nossas perdas salariais nos levaram a ter a menor remuneração do Fisco de todos os estados da federação. Se nesse momento de aumento crescente, a gente não tiver a capacidade de sensibilizar o governo para recompor essas perdas, o futuro será mais difícil. A hora é agora, o Fisco exige respeito, cumpra-se o que foi negociado.”
Por Déa Jacobina | Ascom do SINDIFISCO/SE
O comentário é de responsabilidade do autor da mensagem; não representa a opinião de NE Notícias.