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O ministro decano do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello voltou a se manifestar nesta terça-feira, 16, sobre o presidente Jair Bolsonaro, embora não tenha citado seu nome.

Rosinei Coutinho / STF

Relator da investigação sobre o presidente, o ministro não deixou de se manifestar:

É inconcebível que ainda sobreviva no íntimo do aparelho de Estado brasileiro um resíduo de forte autoritarismo que insiste em proclamar que poderá desrespeitar, segundo sua própria vontade arbitrária, decisões judiciais.

Não é um discurso próprio de estadista, comprometido com o respeito à ordem democrática e que se submete ao império da Constituição e das leis da República.

Sem juízes independentes, jamais haverá cidadãos livres nesse país.

Enquanto houver cidadãos dispostos a submeter ao arbítrio, sempre haverá vocação de ditadores. É preciso resistir, mas resistir com as armas legítimas da Constituição e das leis do Estado brasileiro.

Celso de Mello

O último parágrafo lembra o ex-ministro do STF Aliomar Baleeiro (1905-1978).

Em sessão remota do STF, antes, a ministra Cármen Lúcia deixou claro:

A ação de uns poucos não vai provocar temor ou fraqueza (aos juízes da Corte).

Cármen Lúcia

Leia a íntegra da manifestação do ministro Celso de Mello.