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Através do advogado Fábio José Trindade Santos, que representa um empresário sergipano, foi protocolada na Superintendência da Polícia Civil de Sergipe, uma denúncia contra o delegado Sérgio Ricardo Leite Barbosa. A mesma denúncia também foi encaminhada ao Ministério Público Estadual. 

Segundo relatou o advogado, o empresário realizou um empréstimo de R$ 100 mil com outra pessoa, sendo que desse valor, R$ 30 mil deveriam ser repassados para Sérgio Ricardo – em R$ 15 mil de entrada, e o restante dividido em sete parcelas de R$ 2 mil reais e última parcela de R$1 mil reais

Mohamed Hassan / Pixabay

Após o pagamento da entrada, o empresário começou a receber intimações do delegado Sérgio Ricardo. Em certa ocasião, o delegado foi à casa da irmã da vítima, e disse que se ela não assinasse a intimação direcionada ao irmão, que não estava presente, ela seria presa.

O mesmo aconteceu no imóvel da mãe do empresário, que estava em reforma. O delegado disse ao pedreiro que ele teria que “dar conta do endereço do empresário”, do contrário, ele seria conduzido à delegacia. A vítima também reclama de outros abusos do delegado, entre os quais, a tentativa arbitrária de apreender um jetski.

“(…) Provei que fiz a quitação total do bem (Jet ski), porém o mesmo (delegado Sérgio Ricardo) cedeu a viatura da 8DM para seu agente conhecido como “Capitão do Mato” e para o advogado da parte do processo (que se identificou como delegado de polícia) ir “tomar na tora” sem sequer um mandado de busca e apreensão (…).”

O empresário também afirma que o delegado recebeu R$ 10 mil para que o jet ski fosse apreendido e devolvido aos interessados.

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“São diversos relatos de abuso de autoridade, peculato, corrupção passiva e extorsão por parte deste criminoso delegado de polícia, que é condenado pela Justiça sergipana em duas instâncias à prisão e perda de cargo (…).”, disse a vítima na denúncia. Como o delegado está no comando dos processos do empresário, e diante dos fatos narrados, o mesmo solicitou o afastamento dele. 

OUTRO CASO 

Em 2012, Sérgio Ricardo foi acusado de favorecer o preso Osman dos Santos, conhecido como “Cherry”, com permissão de saída da delegacia do conjunto Bugio, onde era delegado. As imagens das câmeras de segurança da delegacia mostraram as saídas realizadas pelo detento condenado a oito anos de prisão por abuso sexual contra menores. O detento fazia vendas de produtos fitoterápicos a pedido do delegado, em vários locais de Aracaju. O delegado foi condenado a um ano e três meses de prisão.